Fanfic: Solo Dios Lo Sabe/ Nani. | Tema: A Feia Mais Bela

Eu rio. Não aguento segurar mais. Mas, rio gostoso. Chego a inclinar um pouco o meu corpo pra baixo, buscando ar e forças pra gargalhar assim. Quando volto com o corpo ao normal, Jaime estava com o seu corpo mais perto do meu e sério. Tento me controlar levando uma das minhas mãos contra a minha boca, tentando parar de rir. Ele estava sério. É muito ruim quando ele faz isso. Eu me divertindo aqui e ele sério desse jeito. Ninguém mandou falar suas besteiras agora. Decido falar ao tirar a minha mão da minha boca.

Angélica: Você realmente acha que eu acredito em você? – Termino junto com a fala o meu riso. Ainda respirando forte enxugo as breves lágrimas de riso que incomodavam o interior do meu olho.

Jaime: Mas é pra acreditar! Não to brincando. – Ele continuava sério e firme nas suas palavras. Agora estou acreditando que ele ta falando sério. E isso me deixa brava.

Angélica: Pelo amor... Você não brincou o suficiente comigo não? – Eu correspondia o olhar firme.

Jaime: Angélica, quando você vai entender que eu não te trai? – Ele ergueu um pouco o tom da sua voz.

Angélica: Quando você vai entender que eu não sou idiota? Para, vai... Isso já fez a gente parar de se falar uma vez. –Eu também sei aumentar o tom da minha voz. Ele faz uma expressão feia em seu rosto como de desaprovação.

Jaime: Eu seria a ultima pessoa desse mundo que faria alguma coisa desse tipo com você! – Sinceramente? Eu to cansando fácil quando tocam nesse assunto. Por isso, reviro os olhos e viro meu corpo pra dar os breves passos que faltavam pra chegar ao carro. Não queria falar sobre isso. Sou impedida com a sua mão segurando o meu braço novamente. Dessa vez ele me segura e ao virar o meu corpo, ele estava praticamente colado em mim, com o seu rosto inclinado pra baixo. Me olhando.

Angélica: Não começa com isso, Jaime... – Tento me soltar dele dando passos para trás e ele continua segurando firme o meu braço, acompanhando os meus passos. Então continua, mas agora com uma voz mais baixa.

Jaime: Eu preciso que você acredite em mim! Não tem um dia que eu não pense na gente desde aquela noite, Angélica. – Sou surpreendida com as minhas costas batendo na lateral do carro. Não tinha mais pra onde fugir e ele aproveitou disso para encostar o seu corpo no meu. Já disse que assim não consigo me concentrar. Ele solta o meu braço e na primeira tentativa de sair dali, ele coloca as suas mãos apoiadas sobre o carro. Então fico com o meu corpo novamente encaixado pelo conjunto dos seus braços e do seu peitoral. Ele ta muito perto. Af. Foca. Foca. Foca. Respiro fundo.

Angélica: A gente já conversou demais sobre isso! Não vejo necessidade de fazê-lo agora. Aqui. – Ele continua na mesma posição. Prendendo o meu corpo com o dele.

Jaime: Já falamos tanto sobre isso e você continua com essa ideia. Não sei mais o que fazer para te provar que não fiz nada. Que eu não sei o que aconteceu aquela noite! – Tenho que segurar o riso, porque ele só pode estar brincando com a minha cara. Ele percebe que eu estava quase rindo e instantaneamente fecha a sua cara. Aproveito e digo.

Angélica: Eu to cansada disso... Me leva pra casa. – Pra variar ele me surpreende ao não se mexer. E tudo isso acaba me deixando triste. Não é uma historia que quero lembrar. Pra que ficar remoendo isso agora?  

Jaime: Não! Você não vai pra lugar nenhum até a gente resolver isso de uma vez. – Aquele nó na garganta invade a minha. To com vontade de chorar. De verdade. Não quero falar sobre isso.

Angélica: Jaime... – Minha voz acaba saindo falha quando meus olhos enchem de lágrimas. Abaixo o meu rosto por que não gosto que me vejam chorando. Ainda mais ele. Ainda mais por esse motivo. Porque não esquecem disso de uma vez? Se não é a minha mãe, é ele que fica me torturando com isso.

Jaime: Ei... – Ele sussurra enquanto tira as suas mãos apoiadas do carro e as leva na altura do meu pescoço, as deixa apoiadas ali quando seus dedos guiam o movimento que faz com o meu rosto. O ergue para cima, voltando a olha-lo. Ele traz seus polegares sobre as minhas bochechas e limpa o caminho de algumas lágrimas que já tinham escorregado. Continua com os seus lábios bem próximos do meu, dizendo baixinho: Acredita em mim! Eu amei você... Eu amo você. E sempre vou amar você. Não te trairia com mulher alguma. Não daria o privilégio de outra pessoa ter você que não fosse eu. Não seria louco de te trair e te perder assim do jeito que perd,i Angélica. Ou você acha que eu gosto de saber que você quer engravidar de outro cara? Claro que não. E acredite, isso ta me matando!  - Ele mantinha fixa suas mãos segurando o meu rosto e o seu olhar no meu. Já estava em prantos praticamente. Não sabia se chorava mais pelas lembranças que me veio por falar sobre isso ou pelas coisas que ele esta dizendo. Não sabia o que te responder. Não sabia se podia acreditar nas suas palavras novamente. Estava completamente confusa.

Por estar confusa que me deixei levar quando ele inclinou a sua cabeça em direção a minha e deitou um pouco o seu rosto pra encaixar nossos lábios. Introduziu a sua língua pela minha boca e eu correspondo ao beijo esfregando a minha língua pela dele. É um beijo calmo. Sem pressa. Diferente do que aconteceu no banheiro ontem. Lá poderíamos ser pegos a qualquer momento e deixou toda atmosfera tensa. Agora está diferente. Nossas línguas se acariciam bem devagar e eu me entrego completamente com meus olhos fechados. Por mais que eu quisesse lutar contra esse beijo, eu não iria conseguir. Não tem como.

Ele deixa uma das suas mãos fixas em meu pescoço, apenas acompanhando os movimentos da minha cabeça enquanto escorrega a outra mão pela lateral do meu corpo até conseguir segurar a minha cintura. Ao fazê-lo, ele aperta firme aquela região e a puxa pra si, fazendo a minha cintura se encaixar na dele. Aproveito e deixo as minhas mãos apoiadas em seu peitoral, alisando aquela região até deixa-las apoiadas sobre os seus ombros. Aperto ali com as pontas dos dedos e desço apertando sua pele até as laterais dos seus braços, puxando também pra mim o corpo dele. Eu estava com uma saudade sem fim de senti-lo assim. De sentir seus braços. Suas mãos. Seu calor... Nossa. Nunca canso de sentir esse calor do corpo dele.

Ele me beija mais firme agora. Sua língua explorava todos os cantos da minha boca e eu correspondia. Sua mão que até agora estava só apoiada no meu pescoço desliza pra trás da minha cabeça, na altura da minha nuca. A deixa ali enquanto a outra escorrega pelo lateral da minha cintura pras minhas costas. Ele tem que forçar um pouco aquela região para conseguir encaixa-la nas minhas costas pelo fato de estar encostada no carro, mas com isso, minha cintura pressiona a dele. Sorrio durante o beijo porque sabia a sua intenção fazendo aquilo. Ele sorri de volta. Agora eu que deslizo uma das minhas mãos pela lateral do seu braço, ombro, pescoço até parar atrás da sua cabeça. Diferentemente dele, eu enfio as pontas dos dedos pelos seus cabelos e acaricio suavemente com as pontas das unhas. Ele suspira.

Ele resolve descer a sua mão das minhas costas e deixar sobre a pompa da minha bunda, dando uma breve apertada ali. Isso me faz soltar uma risada abafada pelo seu beijo e aos poucos paro esse beijo, terminando com selinhos enquanto trago as minhas mãos pro seu peitoral, voltando a alisar aquela região. Ao apertar mais uma vez a minha bunda, ele pressiona a sua cintura contra o meu corpo e é nítido o volume do meio das suas pernas pressionar o ventre da minha barriga. Solto nossos lábios, encostando suavemente a ponta do meu nariz na ponta do nariz dele. Digo baixinho.

Angélica: Jaime... – Ele me ignora e inclina seu rosto na direção do meu pescoço. Ali deposita beijinhos que deslizam pela minha pele até meu ombro. Isso faz com que eu contraia o meu ombro com o arrepio que isso me causa. Não só ali, mas em todo o meu corpo que corresponde aos toques dos seus lábios e das suas mãos em meu corpo. Tenho que ser forte para respirar fundo e voltar a chamá-lo: Jaime!

Jaime: Hm? – Ele apenas murmura enquanto volta pelo mesmo caminho que fez com o seus lábios pro meu pescoço. Deixando cheiradas e beijos por ali. Inclino um pouco a minha cabeça pro lado, a deixando um pouco encostada na dele. Acabo fechando os meus olhos. Era muito pra eu aguentar. Mas, tento.

Angélica: A gente ta no meio do estacionamento... Para! – Agora pressiono com um pouco mais de firmeza as minhas mãos espalmadas no seu peitoral. Ele é grande perto de mim. Não tenho sucesso com isso.

Jaime: E daí? – Ele ri baixo e abafado com a sua boca na pele do meu pescoço. Aos poucos sobe a sua mão da minha bunda e junto com a outra apoia na lateral da minha cintura. Isso da um descanso pro meu corpo que estava completamente prensado entre o carro e o corpo dele.

Angélica: Vamos embora, vai. – Não sei por que, mas essa frase anima ele, pois afasta um pouco o seu rosto para deixa-lo rente ao meu, sorrindo. Sorrindo. Sorrindo. Ai.

Jaime: Onde quer ir? Posso escolher? – Eu rio. Como é tarado. Não canso de olhar seu sorriso e seus olhos alegres.

Angélica: Não! Não falei nesse sentido. – Ele acaba rindo. Eu poderia morrer ali que morreria completamente feliz. Nos braços dele. Com o gosto do beijo dele. Com o som do seu riso.

Jaime: Eu tenho saudade de você, pequena... – Ele diz isso aproximando seus lábios novamente dos meus e deposita um selinho bem demorado enquanto seus polegares acariciam as laterais da minha cintura.

Angélica:Eu também...- Falo em tão baixo que não sei  como ele conseguiu escutar, mas escutou. E falar isso fez com que ele voltasse com o seu rosto novamente rente ao meu e ao mesmo tempo leva as mãos na altura das minhas orelhas e com as pontas dos dedos faz cócegas atrás delas. Isso me faz contrair os ombros, rindo. Ele pegou essa mania chata desde as gravações da novela.

Jaime: Ahmmm, danadinha! – Ele ria novamente. Hoje eu não saio viva daqui. Claro que eu correspondia ao seu riso.

Angélica: Para, idiota... – Começo a dar tapas no seu peitoral e assim ele também se contrai e afasta do meu corpo rindo, parando de fazer cócegas ao tirar suas mãos de mim. Agora sim consigo me recompor. Abaixo meu rosto e arrumo a minha roupa que estava um pouco amarrotada na altura da cintura. Não sei por quê. Ele fica agora com o corpo um pouco afastado do meu.