Fanfic: Solo Dios Lo Sabe/ Nani. | Tema: A Feia Mais Bela

Perai... Se eu estou aqui parada e olhando pra ele estupefata desse jeito é porque penso nessa hipótese. E qual seria a chance de tirar a minha roupa aqui em cima dessa torre e fazer sexo com ele? Quase nula. Digo quase, porque com o Jaime, sempre tem uma chance de fazer sexo com ele onde quiser. Mas, não aqui. E muito menos, casada com outra pessoa. Já fui longe demais tendo encontros no banheiro, encontros em estacionamentos e agora com esse encontro aqui na nossa torre. Nesse momento foco meu pensamento no Otto, por que se dependesse do Jaime e desse seu olhar, eu não responderia por mim. Por isso, respiro fundo, fecho meus olhos e ao abri-los, estico o meu braço até chegar com a ponta dos dedos no botão do elevador. O aperto, deixando meu dedo ali por mais tempo que precisava.

Era nítida a decepção nos seus olhos, mas ele logo sorri. Isso me faz sorrir também. Sempre que ele sorri, eu sorrio. Decido não falar nada. Era melhor. Se eu fosse falar alguma coisa, com certeza iria ficar toda confusa e ele me levaria com as suas palavras fazer o que ele quer. Pra minha sorte, ele também não diz nada, apenas vira seu corpo em direção ao elevador, esperando da mesma forma que eu que chegasse ao nosso piso. Não demora pra isso acontecer. Ao abrir a porta, ele me deixa entrar primeiro e logo sou seguida pela seu corpo apertando o botão do térreo ao entrar. Não me encosto nas laterais do elevador, fico com o meu corpo no meio, mas ele passa pra trás do meu corpo. Não me encosta, mas da pra sentir que estava perto. Principalmente com a sua respiração batendo na minha orelha. Não demoro pra escutar a sua voz.

Jaime: A Julia não faria isso. Fique sabendo! Esse pedaço de mal caminho aqui ela não dispensaria. – Não aguento e volto a rir novamente. Não vejo, mas sinto seu sorriso atrás de mim. Continuo da mesma forma enquanto chegamos ao térreo. Digo antes de sair.

Angélica: Cala boca... – Digo isso rindo e começo a dar breves passos para sair do elevador, mas sou parada ao sentir a mão do Jaime segurando uma das minhas mãos bem firme. A puxa pra trás, pro seu corpo, e isso faz com que o meu corpo leve um “tranco”, voltando pra trás. Tenho que virar o meu corpo de frente pro dele por causa do tranco e ele rapidamente segura firme a minhas cinturas com as suas mãos pra que eu não desequilibrasse ali. Deixo as minhas mãos apoiadas em seu peitoral. Tentando de alguma forma me recompor desse tranco enquanto lhe escuto.

Jaime: Sabe que é você quem manda, né? – Ele não me espera responder e termina de encostar o seu corpo no elevador, puxando o meu pra mais perto do teu com as mãos na minha cintura. O meu corpo fica de costas pra porta que mantém aberta pelo fato de não ter mais ninguém lá em cima para pedir o elevador. Em seguida, a minha boca é invadida novamente pela sua língua.

Ele estava mais decidido a esfrega-la com mais intensidade pela sua, deixando o beijo intenso. Minhas mãos que estavam apoiadas em seu peitoral, escorregam pros seus braços onde os aperto firme, podendo pressionar mais o meu corpo contra o dele. Sinto meus seios esmagarem contra o seu peitoral. Ele me queria. E não era só por causa das suas palavras que penso nisso. Mas, também por sentir mais uma vez o volume da sua calça pressionar o ventre da minha barriga. Depois de tudo que aconteceu e de tudo que foi dito essa noite, essa sensação faz o meu corpo dar uma breve estremecida. Ainda mais do que acabou de me dizer antes de estar nesse elevador. Não posso passar de certos limites, mas também não significa que sou de ferro. É o Jaime! Eu sei do que ele é capaz. Sinto meu corpo arrepiar com as suas mãos percorrendo as laterais do meu corpo, subindo até as laterais dos meus seios e descendo até as laterais do meu bumbum. Ele não demora pra deslizar ambas suas mãos sobre o meu bumbum e apertar forte ali. Encaixa a minha cintura na dele, deixando mais nítido seu volume. Acabo soltando um gemido bem baixinho e abafado pelo seu beijo.

Seu suspiro em seguida me surpreende da mesma forma que sou surpreendida com seus lábios se soltando dos meus. Ele tira suas mãos da minha bunda e as sobe pro meio das minhas costas onde alisa com as palmas das mãos aquela região. Sem desgrudar os nossos corpos. Ele para o beijo com selinhos rápidos e deixa a sua testa encostada na minha. Abro meus olhos para olha-lo, mas desvio meu olhar pros seus lábios quando ele ainda mantinha os seus olhos fechados. Sua respiração estava um pouco pesada ao dizer baixinho.

Jaime: Meu Deus, Angélica... Eu disse que não ia te pressionar! – Sorrio largo. Levo as minhas mãos pra lateral do seu pescoço e ali consigo fazer carinho em suas bochechas com os polegares. Sinto sua respiração voltar ao normal e se misturar com a minha. Ele decide me olhar. E sorri. Sorri. Sorri.

Angélica: Muitas coisas em você estão me pressionando no momento! – Tento descontrair o clima para que ele consiga sair do elevador. Com sucesso, ele ri. Aos poucos frouxa suas mãos das minhas costas e assim posso desencostar o meu corpo do dele. Desço minhas mãos pro seu peitoral novamente e o aliso. Agora nossos olhares estavam se cruzando.

Sinto meu coração bater bem forte, quase saindo pela boca, quando a porta do elevador se fecha atrás do meu corpo. O corpo do Jaime, da mesma forma que o meu, fica tenso por isso. Estávamos sozinhos na torre, para o elevador começar a subir como se alguém tivesse pedido lá de cima. Ele rapidamente passa o seu corpo pelo meu com breves passos e fica na minha frente. Eu acompanho esses movimentos e fico com o corpo atrás do dele, encostando agora no elevador. Era um misto de medo e ansiedade. E tudo tão repentinamente. Inclino um pouco o meu tronco pro lado, deixando a minha cabeça em uma posição ao lado do braço do Jaime pra que consiga ver quem estava ali. A porta enfim, se abre.

Estava vazio. Não tinha ninguém esperando pelo elevador. Senti uma brisa suave entrar pela porta. Olhava fixamente pro nada em minha frente. Só via ao fundo as luzes da cidade. Percebo que o Jaime ia dar breves passos para sair do elevador, mas o seguro firme com as minhas duas mãos em um dos seus braços, não deixando que saia. O puxo pra mim com uma certa força, parando o seu corpo. Digo baixinho.

Angélica: Não sai, por favor... Vamos descer! – Ele mantinha o seu corpo tenso em minha frente. Não me disse nada quando esticou o seu braço e apertou o botão para o térreo novamente. Soltei um suspiro aliviada ao olhar a porta se fechar. Solto o braço do Jaime e me aconchego na parede do elevador atrás de mim. Ele vira o seu corpo por alguns instantes pra me olhar e dizer.

Jaime: Isso foi muito estranho. Espero que tenha sido um simples problema no elevador. – Antes que pudesse respondê-lo, a porta do elevador se abre novamente, mas agora estávamos no térreo. Ele vira seu corpo e estica seu braço pra trás, buscando pela minha mão com a sua mão. O ajudo com isso e seguro sua mão para sair do elevador seguida dele.

Saímos decidido dali. Não procuramos pelo segurança pra saber se tinha acontecido alguma coisa com elevador por esses tempos que não víamos aqui. Caminhamos em direção as escadas, as descendo e ao chegar no pé da mesma, soltamos nossas mãos. Andamos um do lado do outro com certa rapidez. Não olhamos pra trás em momento algum. Confesso que estava com medo de fazê-lo. Poderia ser qualquer coisa ou qualquer pessoa que estava lá. Poderia ter sido um erro técnico, claro. Mas, também poderia ser alguém que estava nos vigiando. Ou até pior, alguém que nos machucaria. Credo. Ele percebe minha expressão de preocupação, pois se aproxima de mim e passa o seu braço pelas minhas costas. Fico com a lateral do meu corpo encostado na lateral do dele.

Jaime: Ta tudo bem, pequena! Não se preocupa. – Ele fala com o rosto virado pro meu e o inclina ao terminar dando um breve beijo no topo da minha cabeça. Era impossível não se sentir protegida nesse momento. Estar assim em seus braços e em sua companhia fazia me sentir muito bem e segura. Logo, ele continua: Talvez fosse a Julia esperando o momento certo. Sei lá. Tcs. – Ele termina sua frase com esse estralo em sua língua e isso tudo me faz rir novamente. Como ele é tonto. É tonto, mas me acalma. Faz minha preocupação e a minha tensão passar em questão de segundos.

Nos aproximamos do carro e então ele solta o meu corpo. Cada um caminha pra sua respectiva porta e após ser destrancada, entramos. Não ousei olhar a torre, por isso, abaixo meu olhar pra rádio e acabo apertando play pra saber o que ele estava escutando. Começa uma música que conheço, mas não consigo identificar qual era. Ele já estava dirigindo, mas vira a cabeça pra me olhar por alguns instantes e dizer.

Jaime: Interessante tocar essa música justo agora. Ela sempre me faz lembrar você! – Não podia ficar me olhando muito, então volta pro seu olhar pra rua. Aproveito que ele não esta olhando para sorrir boba pra ele ao virar o meu rosto para olha-lo. Digo em seguida.

Angélica: Quem canta? Ela não é estranha. – Mantinha meu olhar na lateral do seu rosto, acompanhando os movimentos que fazia com seus olhos durante o percurso.