Fanfic: Solo Dios Lo Sabe/ Nani. | Tema: A Feia Mais Bela
Fecho a porta principal da minha casa atrás de mim. Inclino meu corpo e deixo minha bolsa no gancho de entrada. Estico o outro braço pra continuar puxando a minha mala pelo corredor. Deixo ela no pé da escada. Decido primeiramente procurar por alguém pela casa, portanto, caminho em direção à cozinha. Entro por ela e estava vazia. Estranho. Ainda não era a hora da Paula ir embora. Viro o corpo e então decido ligar para a minha mãe, voltando em direção ao corredor principal, mas agora indo em direção a sala. Ali pego o telefone e rapidamente disco o numero para falar com ela. Ao atender, digo que cheguei bem e que o voo foi tranquilo. Nos falamos rápido, logo desligamos. Deixo o telefone na sua base e decido subir para tomar um banho. Chego próximo à escada e escuto uma voz vindo do escritório do Otto. Isso acaba me deixando curiosa e assustada, porque ele nunca esta em casa nesse horário. Decido me aproximar da porta, mas me nego a escutar a conversa, por isso, dou duas batidas na porta. Não me respondem. Apenas escuto passos de alguém se aproximando da porta e a abrindo.
Otto: Espera só um minutinho... – Ele falava com alguém pelo celular e pediu para que esperasse. Estava realmente surpreso a me ver. Era nítido na sua expressão e em seus olhos arregalados por baixo dos seus óculos. Mas, rapidamente, me diz: Oi, meu amor! Que bom que chegou. Espera aí... – Ele voltou a sua atenção pro celular, dizendo: Posso te ligar depois? ... Ta certo. – Tirou o celular da sua orelha e trouxe pra frente do seu rosto, podendo finalizar a ligação, deslizando o dedo pela tela.
Ao deslizar, guardou o celular atrás do seu bolso e deu breves passos em minha direção, sorrindo. Abriu seus braços e os envolveu em minha cintura. Ele estava em casa a essa hora. Se isso já não fosse estranho o suficiente para uma segunda feira, ele ainda estava com o seu pijama. Os cabelos estavam um pouco bagunçados. Mesmo achando tudo isso muito estranho, acabo correspondendo ao seu abraço, passando os meus braços envolta dos seus braços. Não prolongo muito esse abraço, logo o soltando para olhá-lo melhor. Ele também me solta, mas antes que afastasse por completo o seu rosto do meu, me surpreende por um selinho bem demorado. Não, Angélica. Não ouse comparar. Não. Digo logo alguma coisa para não comparar com os lábios do Jaime.
Angélica: Oi, amor... Ta tudo bem? O que ta fazendo em casa? – Eu realmente demonstrei preocupação em minha voz e acredito que em meu rosto também, porque Otto a observa e em seguida soltou uma risada baixa.
Otto: Estou bem sim, meu amor! Melhor agora que chegou... Vem, me deixa ajudar a subir sua mala. – Ele da passos para se afastar de mim, mas eu o seguro pelo braço, não deixando que saísse da minha frente. Ele fica surpreso com essa minha reação e eu realmente estava interessada em saber. Ele me olha curioso.
Angélica: Não foi trabalhar hoje por quê? – Buscava com o meu olhar pelo seu rosto algum sinal ou alguma expressão que me ajudasse a decifra-lo nesse momento. Mas, ultimamente ta tão difícil saber o que passa com ele. Voltar pra LA me fez voltar também pra minha insegurança ao lado dele por não saber o que tanto lhe aflige.
Otto: Amor... Você acabou de chegar e já esta me perguntando sobre essas coisas? – Ele muda a expressão dos seus olhos. Ficou triste. Tá. Tá bom. Eu não precisava falar sobre isso agora. Depois ele me contaria sobre as coisas que estão acontecendo para ele ficar em casa em uma segunda de tarde. Enfim. Decido abrir um sorriso um pouco amarelo, tentando me conformar que teria que deixar essa conversa para depois.
Angélica:Tudo bem. Me ajude a subir com a mala então, por favor! – Acabo soltando o seu braço e ele continua o seu percurso que atrapalhei. Passa pelo meu corpo e caminha decidido até o pé da escada onde segura a minha mala e começa a subi-la. Acompanho seus movimentos e subo atrás dele pela escada, enquanto escutava sua voz.
Otto: To curioso pra saber como foram as coisas... – Ele contava pelo caminho até o nosso quarto como foram as repercussões nas redes sociais falando sobre a homenagem. Me disse que não conseguiu acompanhar as reportagens pela televisão, mas na internet saíram muitas fotos, matérias, homenagens; e claro, muita repercussão pelos fãs de todos os países que acompanharam essa novela. Falar deles me deu uma dor estranha no peito. Acho que era saudade de ficar tanto tempo longe do carinho e do amor que eles transmitem pra mim.
Com esse pensamento, continuava escutando o que ele me dizia enquanto me aproximava da minha mala que ele deixa apoiada sobre o baú no pé da nossa cama. Abro a minha mala ao me aproximar dela e busco pelo meu celular ali dentro. Ao acha-lo, me direciono até o criado mudo ao lado da minha cama e abro um sorriso, balançando negativamente a minha cabeça ao ver o meu carregador no mesmo lugar de sempre. Realmente não lembrei dele. Coloco meu celular pra carregar e voltar a minha atenção pro Otto que estava sentado no seu lado da cama, com o corpo um pouco virado pra mim. Da mesma forma, inclino o meu corpo até me aconchegar e sentar na cama. Fico sentada na forma de índio com as pernas, com o corpo completamente virado pra ele. Continuamos conversando sobre a homenagem. Contei pra ele como foi bom reencontrar as pessoas que não via há tanto tempo. Ele quis saber tudo. Todos os detalhes. É claro que certos detalhes sobre a festa eu não contei, mas de resto, contei tudo. Ele estava feliz por mim. Era nítido em seus olhos. Ao terminar de contar, aproveitei o tema para começar.
Angélica: Sabe... Toda essa atmosfera da novela me deixou com vontade de voltar a trabalhar com isso. Sei lá, fazer alguma peça de teatro. Voltar aos poucos. O que você acha? – Ele manteve seus olhos nos meus olhos. Eu ainda estava na mesma posição, sentada de frente pra ele e de índio, ele já estava com as suas costas encostadas em alguns travesseiros e as pernas esticadas na cama. Tinha que ficar com o rosto um pouco virado pra me olhar. Demorou um pouco para me responder.
Otto: Você acha necessário isso agora? – Ele não estava bravo. Não estava chateado. Realmente estava curioso. Pelo menos era o que me demonstrava.
Angélica: Não sei... Eu conversei com muitas pessoas. Percebi que muitas delas sentem a falta do meu trabalho, e foi muito bom saber disso. – Não desviava meus olhos dos dele. Ele continuava calmo. Alias, fazia tempo que não o via tão tranquilo.
Otto: Mas sempre teve pessoas que te diziam que sentiam falta do seu trabalho. Alguém em especial te disse isso ou alguém fez algo para pensar sobre isso agora? – Ele manteve seu olhar em mim. Eu não ia conseguir dizer sobre o Jaime nesse momento. Não agora que ainda estou sensível com a presença dele desses dias. Por isso, acabo abaixando o rosto e me interesso com as pontas dos meus dedos mexendo na coberta da nossa cama.
Angélica: Ninguém em especial... Foi todo o conjunto desse final de semana que me fez voltar com esse pensamento. – Mentira. Eu sabia que era mentira. Foi o Jaime quem me fez abrir os olhos pra isso. Pra perceber o quanto que tudo isso me faz falta. Volto a olha-lo e ele ficou me observando por alguns instantes antes de me responder. Respirou fundo e soltou o ar pelo nariz.
Otto: Isso quer dizer que está adiando nosso combinado? – Continuo olhando-o nos olhos. Ele demonstra estar desapontado pelo tom da sua voz ao me perguntar isso. Antes de tudo que aconteceu nesse final de semana, eu pensava em nosso combinado como um sonho. Por dias, chegava a sentir cheiro de bebê pela casa. Estava alucinada para ter um filho com o meu marido. Aí, aparece o Jaime novamente na minha vida e praticamente tudo que eu pensava mudou. Esse poder que ele tem sobre mim até hoje, chega a me assustar. Tanto é que não penso mais no nosso combinado como um sonho. Já penso sobre isso como uma obrigação. E filho nunca pode ser uma obrigação. Tem que ser um querer. Um poder. Querer ter um filho; poder ter um filho.
Angélica: Acredito que sim. Se tudo der certo como espero que dê, melhor adiarmos isso por um tempo. Quero pelo menos tentar... Ver se alguém se interessa pelo meu trabalho! – Ele me olhava e ao terminar de dizer, abriu um sorriso de canto e amarelo. Inclina um pouco o seu corpo pra frente levando as suas mãos de encontro com as minhas. Ele é mais tranquilo e delicado que o Jaime. Não. Não. Não, Angélica. Foca no Otto. Abro um sorriso quando ele leva as minhas mãos na altura do seu rosto e da um rápido beijinho nelas. Diz com o olhar fixo no meu.
Otto: Tudo bem então, meu amor. Eu vou te apoiar nisso. Pode contar comigo! – Ele disse e novamente depositou breves beijos em minhas mãos. Agora já estava sorrindo largamente. Antes que pudesse lhe agradecer, ele continua: Vou tomar um banho agora, tudo bem? Depois podemos sair pra jantar. O que acha? – Ele solta as minhas mãos conforme se move na cama para sair dela. Já estava de pé calçando seus chinelos.
Angélica: Obrigada, amor! E sim... Vamos jantar.Vou ligar reservando a mesa. – Sabia qual restaurante ele queria ir. Geralmente vamos sempre no mesmo. Acompanho seus movimentos até perde-lo de vista. Ao escutar fechar a porta do banheiro, acabo me ajeitando na cama e da mesma forma que ele, ajeito alguns travesseiros para encostar as minhas costas.
Fico encarando a parede do nosso quarto em minha frente. Levo as minhas mãos em meu rosto e dou uma esfregada em meus olhos com as pontas dos dedos, deslizando pra minha testa, até abaixar as minhas mãos sobre o meu colo. Eu tenho que parar com isso de ficar comparando o Otto com o Jaime. Faz tanto tempo que não faço mais essas coisas. Parece até que comecei a namorar ontem com o Otto e ficava comparando tudo que ele fazia com o Jaime. Isso já me deixou muitas vezes em situações constrangedoras, mas na época, eu não estava casada. Nós apenas namorávamos. Agora, estou casada com ele, não posso desrespeita-lo mais do que já o fiz. Ao lembrar disso, levo novamente as minhas mãos para esfregar a minha testa. Porque eu ainda não estou com peso na consciência sobre tudo que aconteceu? O que ta realmente acontecendo comigo, afinal?
Sou tirada dos meus pensamentos com o meu celular no criado mudo tocando. Inclino minhas mãos junto com o meu corpo em direção a ele sem muito interesse para atendê-lo. De certo era a minha mãe que... Porra, Jaime! Agora você quer me ligar? Em casa? Com o Otto a metros de mim? Meu coração estava na boca. Tenho sorte nesses momentos por não ter problemas de coração. Porque olha... Ultimamente. Seguro o meu celular rente ao meu rosto e decido atendê-lo ali mesmo. Não vou ficar me escondendo pela minha própria casa só pro Otto não escutar. Deslizo o dedo para atender a ligação.
Angélica: Chega de surpresas, por favor. – Disse me encostando novamente nos travesseiros, esticando as minhas pernas. Acabo sorrindo mesmo sem escutar a sua voz. Só o fato de ele estar me ligando, já me deixa assim. Toda boba.
Xxxxx: Nossa, finalmente. Estava desde manhã tentando falar com você, fofa. – Sento-me rapidamente na cama, com os olhos arregalados, assustada, ao escutar essa voz. Novamente agradeço por não ter problemas do coração.
Autor(a): nani.
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Angélica: Ah... Oi, Heidi. – Acredito que a respondi no automático. Sei que saíram palavras da minha boca, mas não consegui realmente escutá-las. Continuo sentada na cama, mas agora me concentro no que me dizia. Heidi: Oi, Angélica. Como você está? – Sempre achei que Heidi tinha algum problema de personalida ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 14
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martaduarte Postado em 07/06/2015 - 09:38:28
Li e Reli sua fic 04 vezes... linda. Parabéns, perfeita..? Acho que merece uma continuação. Como estaria a vida deles pós matrimonio, filha, carreira?? PENSA COM CARINHO
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flavia1909 Postado em 29/10/2014 - 21:37:39
to viciada*..... ;)
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flavia1909 Postado em 29/10/2014 - 21:37:10
nani por favor nao para de escrever nao......posta mais capitulos pra gente....to viciado nessa fanfic....e nao deixa a angie ficar brava com o jaime nao pelo amor de Deus...e faz a heide se fuder hehehehe...brigadoooo
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angelicamil Postado em 17/10/2014 - 18:29:09
e ai kd vc madame esqueceu da gente hem ? queremos mais por favor nao nos deixe
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yaramoura Postado em 22/09/2014 - 00:06:13
Uaaaal amei esse capítulo. Plis não demore tanto a postar nani bjus
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angelicamil Postado em 07/09/2014 - 22:23:38
gente essa fic é luxo , nota 1000 nao perco uma quero sempre mais parabéns
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iza2500 Postado em 11/08/2014 - 20:06:17
amando essa fic, tão lindo esses dois. tomara que se resolvam logo. postaaaaaa mais!!!!!!!!!
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liluni_cham Postado em 11/08/2014 - 20:03:22
( capitulo 4 ) Ai minha nossa... O Jaime mandando mensagem no cel da angie.. E a coitada da esta com o emocional tao a for da pele q acho que nao vai demorar muito pra ela cair de amores de novo pelo Jaime... Isso e, se esse amor nunca morreu de verdade. Indo para o proximo capitulo
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iza2500 Postado em 11/08/2014 - 00:58:11
Que romantico eles na torre, postaaaa maos!!!!!!
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liluni_cham Postado em 10/08/2014 - 20:46:06
A riqueza de detalhe na estoria esta fabulosa nani.. Eu to tao concentrada na estoria que nao resisto e vou ler e comentar tudo... Eu sou uma apaixonada por fanfics... E quando se trata da feia mais bela entao eu adoro.. E com personagem original do Jaime e da angie ficou bem melhor... Eu sou uma valecamil assumida... E que se dani os outros.. Esses dois tinha que ficar juntos msm.. Mais infelizmente o destino nao quis assim.. Mas ainda bem que existe as fanfics pra poder unir esses dois lindos que eu amo de paixao... A angelica falando "foca Angelica, foca" foi muito engracado kkkkk coitado do oto ficou boiando e nao entendendo nada.. Essas riquezas de detalhes nani na fic e realmente fantastico sabe? Desde uma toalha na cabeca ate um cursar de pernas... Adoro fanfic assim bem escritas que faz com que o leitor se sinta na estoria... Imaginando a cena descrita. Nani porque vc nao coloca parentezes onde tem os nomes dos personagens? E que quando to lendo eu fico confundindo o nome junto com a estoria kkkkkkk desde o cap um eu to meio confusa juntando os dois kkkkkkk ah me tira uma duvida... O oto trabalha com oque? E impresario? Indo pro proximo cap.