Fanfics Brasil - Capítulo 35: Solo Dios Lo Sabe/ Nani.

Fanfic: Solo Dios Lo Sabe/ Nani. | Tema: A Feia Mais Bela


Capítulo: Capítulo 35:

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 Os dias passaram tão devagar que ainda não acredito que estou em frente ao espelho do closet, pronta para o encontro surpresa do Jaime. A sua mensagem aquele dia foi o nosso último contato. Desde então, passei a priorizar os emails que a Marta mandava pra mim com alguns projetos. Praticamente não gostei de nenhum, pois acumularia muito do meu tempo no México. E não sei. Não queria voltar pra lá. Sinto que consigo e que tenho potencial pra ficar em LA e crescer como profissional aqui também. O Otto melhorou bastante. Conversa mais e chega mais tranquilo do trabalho. Não toquei mais no assunto da Karla, mas ele ainda recebia certas ligações estranhas durante os finais de semana, que era quando ficava mais tempo comigo. Sinceramente, eu não me importava mais com isso. Há tempos que eu aprendi a me valorizar. Não tenho mais problemas de ciúmes desnecessários.


LA hoje está bem quente. Por isso, decidi vestir um short de algodão curto e preto com algumas estampas em branco. A blusa era estilo “meio estação”, ou seja, a manga vinha até os cotovelos e era dobrada nessa região. Era branca e tinha um decote em “V”.  Nos pés calcei um sapato ligeiramente alto com o salto mais quadrado. Não era fino, mas também não era totalmente quadrado. Era o meio termo. Isso não cansava meus pés com facilidade. As tiras eram brancas e grossas, o que me dava segurança para andar com ele. Otto entra no closet mais uma vez me apressando. O respondo olhando-o pelo reflexo do espelho em minha frente. Ele estava com uma calça jeans clara e uma blusa branca. Dou uma ultima olhada no espelho, ajeitando meus cabelos em cima dos ombros. Não exagero na maquiagem, passo apenas uma base, rímel, blush.


Era fim de tarde, então tínhamos que nos apressar para não chegar depois do aniversariante. Já estamos na frente da casa do Jaime. Heidi não me ligou mais, mas comunicou-se comigo pelas redes sociais em mensagens privadas. Explicou como funcionaria hoje e o lugar apropriado que era para parar o carro. Otto seguiu suas instruções e em seguida caminhávamos pela caminho próprio entre o jardim inicial da casa. É uma típica casa americana. Jaime morava em um bairro muito conhecido de LA. Era um espaço residencial bem arborizado com casas imensas. Toda a extensão da casa era cercada por um portão e muros altos. Já tínhamos passado por esse portão ao parar com o carro em um espaço dentro da propriedade deles. Tinha um jardim extenso que era cortado por um caminho de piso até a entrada. Era um sobrado branco com os telhados preto. Algumas cadeiras de descanso brancas acompanhavam a decoração externa da casa. Chegamos ao hall de entrada e apertamos a campainha. Não demorou muito para sermos atendidos.  


É ela. É Heidi quem nos atende. Loira e magra como sempre. Abriu um sorriso amarelo quando nos viu. Vestia um vestido curto até o meio das coxas, todo soltinho, de alcinhas bem finas. Os pés estavam com saltos. Ela correu seu olhar pelo Otto, seguindo a olhar pra mim. Ficou me olhando por alguns instantes. Eu sorri sem mostrar os dentes. Ela deu um passo pra trás dando espaço para que entrássemos na sua casa. Não disse nada. Apenas movimentou o seu braço junto com a sua mão pra dentro da casa, como estivesse dizendo que éramos pra entrar. Otto entende e da os primeiros passos, entrando na casa. Passa por ela e a cumprimenta. Trocam breves “oi, tudo bem.” Eu sigo os passos dele e ao me aproximar mais dela, cruzamos os nossos olhares. Então, inclino meu rosto para cumprimentá-la com um rápido beijinho em sua bochecha. Na verdade, só encostamos as bochechas. Ao afastar o rosto, voltamos a nos olhar e ela disse.


Heidi: Obrigada por vir. – Volta a sorrir amarelo depois de dizer isso. Não sei qual o problema dela de ser simpática assim comigo. Provavelmente, é o fato de não estar sozinhas. Enfim. Sorrio ainda sem mostrar os dentes para ela. Me afasto do seu corpo virando e entrando pela casa do Jaime.


É. Não estávamos sozinhas, mas também não estávamos rodeadas de pessoas. Na sala principal, tinha algumas pessoas que nunca vi na vida. Devem ser amigos novos do Jaime ou dela. Não sei. Mas, de qualquer forma, os cumprimentei e para a minha surpresa, ou não, eram todos mexicanos e que me conheciam. Isso facilitou o entrosamento para começar um diálogo e conversar. Otto estava sempre do meu lado. Comentando alguns assuntos e até conversando com essas pessoas. Ele sempre me dizia que se sentia excluído com os amigos que eu e Jaime tínhamos, mas agora, estou na mesma situação que ele. Até estava me sentindo bem com o seu corpo ao lado do meu.


A sala em que estávamos era bem ampla e arejada pelos grandes janelões que a acompanhava. Da mesma forma que a minha, acredito que era destinada para as visitas. O piso era de madeira com as paredes brancas. Tinha alguns quadros pendurados.  Ao centro, tem dois sofás grandes e brancos que ficam perpendiculares entre si. De frente pra um desses sofás, tem duas cadeiras espaçosas de madeira. Com um design diferente. Uma mesa de centro também grande complementava o jogo de sofás e as cadeiras. Em frente ao outro sofá, tem uma lareira que fica numa parede entre os janelões que são de vidro com o parapeito da mesma madeira e da mesma cor que o piso.


Estava concentrada no assunto em que o Otto conversava com um tal de José. O pai desse José serviu o Exército. Pronto. Meu marido estava em casa. Conversavam sobre coisas que não dominava muito bem, mas era interessante. Tinha duas pessoas servindo algumas bebidas e salgadinhos. Não era necessário mais que isso já que na sala estávamos em uns 15 no máximo. “15 foi o que eu consegui contar.“ Logo, somos surpreendidos pela presença da Heidi nos dizendo que Jaime tinha chegado. Nos posicionamos em um lugar estratégico da sala em que no momento que ele aparecesse ali, nos veria. Essas coisas de surpresas sempre me deixam nervosa. Acho que fico mais nervosa que o próprio aniversariante.


Ficamos em silêncio total ao escutarmos alguém mexendo na porta para abri-la. Ela é então aberta e em seguida fechada. Uma chave é deixada de lado sobre uma mesinha de saída. Escutamos passos que logo foram se aproximando, até o Jaime aparecer na sala em que estávamos e todos dizer “feliz cumpleaños”. Alguns dos seus amigos assobiaram e bateram palmas. Eu só soube rir da cara de susto que ele fez. Tive que colocar uma das minhas mãos contra a minha boca, tentando abafar esse riso que logo a abaixo. Eu o conheço e sei muito bem quando ele está assustado. E ele está. Faz sempre essa cara engraçada.


Ele estava com uma calça moletom preta e uma blusa preta. Seus cabelos estavam largados. Ele tava com um aspecto um pouco cansado. Por alguns instantes até senti dó dele. Coitado. Deveria estar exausto e ainda tem que aguentar festas surpresas que a sua mulher inventa. Falando nela, ela não demora muito para se aproximar dele e o abraçar forte pelo pescoço. Ele corresponde esse abraço deixando as suas mãos na sua cintura. Ao cruzarem seus rostos por causa do abraço, os olhos dos Jaime caem sobre mim. Ele sorri. Sorri. Sorri largo para me fazer sorrir da mesma forma. Seus olhos percorrem o meu corpo e ao voltar a me olhar nos olhos, desvia para o corpo do Otto ao meu lado. Seu sorriso torna-se amarelo enquanto vai soltando o corpo da Heidi quando ela finalmente o solta.


Ela da espaço para os amigos dele o cumprimentarem. Sem querer, tinha que seguir a fila para cumprimentá-lo também. Nesse momento eu percebo que só tem eu e a Heidi de mulher. Ela foi realmente bem seletiva. Ou, não queria mais mulher por aqui mesmo. Não seria de estranhar essa atitude. Até agora não sei como ela me chamou. Enfim. O José estava em minha frente cumprimentando o Jaime. Eu desviei o meu olhar para meus pés. Fiquei mirando-os por alguns instantes. Era estranho, mas eu estava bem envergonhada nesse momento. A ultima vez que o vi, eu o beijei. Tive um final de semana maravilhoso do lado dele e é muito estranho agora fingir que nada aconteceu.


Percebo que o José saiu da minha frente, pois não via mais os seus pés na frente dos meus. Por isso, levanto o meu rosto para olhar o Jaime. Ele sorri. Ele tem que parar de sorrir dessa forma. Eu sorrio. Claro. Bem largo. Mesmo com a Heidi estando ao seu lado o tempo todo, eu continuo sorrindo quando inclino os meus braços e envolvo seu pescoço com eles. Ele rapidamente enlaça a minha cintura, me abrando bem forte por ali. Apertando seus braços. Nossos corpos enfim se unem novamente. Ele estava com o seu típico perfume entorpecedor. O calor do seu corpo me fez relaxar em seus braços. Acabo até soltando um suspiro baixinho. Antes de afastar nossos rostos, digo baixinho próximo da sua orelha.


Angélica: Feliz cumpleaños, hermano! – Agora eu solto meus braços do seu pescoço e ele demora um pouco mais para fazer o mesmo com os seus braços na minha cintura, mas o faz. Deslizo as minhas mãos pros seus ombros e as tiro rapidamente dali enquanto ficamos frente a frente. Ele me olha fixamente nos olhos.


Jaime: Depois eu que sou cheio das surpresas por aqui, não é? Gracias, hermana! – Eu sorrio largamente pra ele com os meus olhos fixos nos seus. Tenho que sair desse momento para dar espaço pro Otto cumprimenta-lo também. Acabo parando com o corpo ao lado da Heidi que estava ao lado do corpo do Jaime. Não tiro os olhos deles.



O Otto se aproxima com um sorriso pequeno e o Jaime corresponde esse sorriso. Se cumprimentam dando as mãos e em seguida se abraçam por um braço só, dando aquelas breves batidinhas nas costas um do outro. Aquele jeito homem de se cumprimentar. Trocam breves palavras. Eu observo esse momento com mais atenção. Os homens mais importantes da minha vida estavam exatamente nesse momento em minha frente. Claro que eles já haviam feito isso várias vezes, mas depois dessa viagem que fiz pro México, muitas coisas mudaram. Acredito que eles também mudaram, porque antes se cumprimentavam com mais entusiasmo. Eram amigos. O que diferentemente eu não conseguia ser da Heidi. Por mais que tentasse. Por pensar nela, viro um pouco o meu rosto para olha-la. E sempre agradeço por não ter problemas do coração, porque ela estava olhando fixamente pra mim. Sem piscar. E tenho a impressão que estava fazendo isso há um bom tempo. Não sei por que, mas esse seu olhar me arrepia.




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Autor(a): nani.

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Depois dos cumprimentos, eu e Otto voltamos a conversar com algumas pessoas que estavam por ali e que ainda não tínhamos conversado. É chato ficar em um ambiente com poucas pessoas assim e não conversar nem que seja um pouco com cada uma delas. E o fizemos. O Otto estava tranquilo e até que estava conversando bastante. Não conversei ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • martaduarte Postado em 07/06/2015 - 09:38:28

    Li e Reli sua fic 04 vezes... linda. Parabéns, perfeita..? Acho que merece uma continuação. Como estaria a vida deles pós matrimonio, filha, carreira?? PENSA COM CARINHO

  • flavia1909 Postado em 29/10/2014 - 21:37:39

    to viciada*..... ;)

  • flavia1909 Postado em 29/10/2014 - 21:37:10

    nani por favor nao para de escrever nao......posta mais capitulos pra gente....to viciado nessa fanfic....e nao deixa a angie ficar brava com o jaime nao pelo amor de Deus...e faz a heide se fuder hehehehe...brigadoooo

  • angelicamil Postado em 17/10/2014 - 18:29:09

    e ai kd vc madame esqueceu da gente hem ? queremos mais por favor nao nos deixe

  • yaramoura Postado em 22/09/2014 - 00:06:13

    Uaaaal amei esse capítulo. Plis não demore tanto a postar nani bjus

  • angelicamil Postado em 07/09/2014 - 22:23:38

    gente essa fic é luxo , nota 1000 nao perco uma quero sempre mais parabéns

  • iza2500 Postado em 11/08/2014 - 20:06:17

    amando essa fic, tão lindo esses dois. tomara que se resolvam logo. postaaaaaa mais!!!!!!!!!

  • liluni_cham Postado em 11/08/2014 - 20:03:22

    ( capitulo 4 ) Ai minha nossa... O Jaime mandando mensagem no cel da angie.. E a coitada da esta com o emocional tao a for da pele q acho que nao vai demorar muito pra ela cair de amores de novo pelo Jaime... Isso e, se esse amor nunca morreu de verdade. Indo para o proximo capitulo

  • iza2500 Postado em 11/08/2014 - 00:58:11

    Que romantico eles na torre, postaaaa maos!!!!!!

  • liluni_cham Postado em 10/08/2014 - 20:46:06

    A riqueza de detalhe na estoria esta fabulosa nani.. Eu to tao concentrada na estoria que nao resisto e vou ler e comentar tudo... Eu sou uma apaixonada por fanfics... E quando se trata da feia mais bela entao eu adoro.. E com personagem original do Jaime e da angie ficou bem melhor... Eu sou uma valecamil assumida... E que se dani os outros.. Esses dois tinha que ficar juntos msm.. Mais infelizmente o destino nao quis assim.. Mas ainda bem que existe as fanfics pra poder unir esses dois lindos que eu amo de paixao... A angelica falando "foca Angelica, foca" foi muito engracado kkkkk coitado do oto ficou boiando e nao entendendo nada.. Essas riquezas de detalhes nani na fic e realmente fantastico sabe? Desde uma toalha na cabeca ate um cursar de pernas... Adoro fanfic assim bem escritas que faz com que o leitor se sinta na estoria... Imaginando a cena descrita. Nani porque vc nao coloca parentezes onde tem os nomes dos personagens? E que quando to lendo eu fico confundindo o nome junto com a estoria kkkkkkk desde o cap um eu to meio confusa juntando os dois kkkkkkk ah me tira uma duvida... O oto trabalha com oque? E impresario? Indo pro proximo cap.


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