Fanfic: Solo Dios Lo Sabe/ Nani. | Tema: A Feia Mais Bela

Permaneço com a expressão assustada com o olhar fixo no olhar também assustado do Jaime. Se eu não estivesse morrendo de vergonha, riria pela cara engraçada que ele faz. Rapidamente decido me desvencilhar do seu corpo. Solto as minhas mãos dele enquanto me inclino pra trás, saindo do seu colo. Levo minha mão pro meu braço oposto para subir a alça do meu vestido e assim arrumá-lo em seguida. Deslizo pela cama, saindo da mesma. Acredito que o Jaime estava ainda em transe porque praticamente não se mexeu, apenas acompanhava meus movimentos com o olhar. Parei ao lado da cama, buscando pela a minha calcinha quando escuto a sua voz acabando de uma vez com esse silencio que só me deixa mais constrangida.

Jaime: Você faz ideia de quantos anos esperei pra escutar isso? – Eu não vou respondê-lo. Não era nem pra eu ter soltado aquilo alto. Acho a minha calcinha e a coloco de costas pra cama. Escuto seus movimentos e não demora pra ele estar atrás de mim, continuando: Angélica... – Reviro os olhos enquanto viro meu corpo de frente pro dele.

Angélica: Primeiro de tudo. Não da pra te levar a sério assim... – Inclino minha cabeça pra baixo, querendo demonstra-lo que não ia conversar com alguém completamente nu na minha frente. Mesmo que seja o Jaime. Isso além de me distrair, não é propicio pra esse tipo de conversa.

Ele da mesma forma que eu, revira seus olhos enquanto afasta do meu corpo pegando pelo caminho as suas peças de roupas. Desvio meu olhar pra suas costas e desço esse olhar pra sua bunda. Sorrio quase rindo pela forma que ela se mexe sem roupa. Balanço a minha cabeça negativamente acompanhando seus movimentos ao colocar sua cueca junto com a calça. Ele percebe meu riso e vira seu corpo em direção ao meu quando chega do outro lado da cama, onde estava sua camisa. A pega do chão e começa vesti-la, sem tirar os olhos dos meus enquanto passa seus braços pelas mangas.

Jaime: Para de ficar olhando pra minha bunda. – Ele faz uma cara que confirma que esta segurando o riso. Termina de vestir sua camisa.

Angélica: Como sabe que eu tava olhando pra sua bunda? – Coloco uma das minhas mãos na minha cintura, sem deixar de olhá-lo. Sorrio.

Jaime: Tem certas coisas que não mudam, pequena... – Ele diz isso aproximando novamente seu corpo do meu; dá a volta pela cama e para em minha frente novamente. Leva sua mão na altura do meu rosto e como sempre, coloca um pouco do meu cabelo atrás da orelha antes de continuar: Não é? Você acabou de me provar isso.

Angélica: Jaime... Eu não sei se quis dizer isso. – Inclino o meu rosto pra cima para olhá-lo melhor. Ele inclina o seu para baixo.

Jaime: Você pode negar o quanto quiser, mas nessa cama, tive a prova de que me ama. – Ele da um passo pra frente, aproximando nossos corpos. Abaixa mais seu rosto, ficando com o mesmo rente ao meu.

Angélica: Eu to confusa com tudo isso... E eu te neguei até não conseguir mais. Isso que aconteceu hoje não conta. – Sorrio sem mostrar os dentes. Ele apoia sua mão no meu ombro e dali a desce pra lateral do meu braço.

Jaime: Tá confusa com o que? Você não quer assumir, isso sim. Esse é o seu problema... Tá com medo! – É tão desnecessário ele esfregar certas coisas na minha cara. Respiro fundo enquanto dou passos largos pro lado, saindo da frente do corpo dele. Caminho em direção à porta.

Angélica: Ah, agora você sabe o que eu sinto? – Digo, parando com o corpo rente a porta.

Jaime: Sempre soube. Eu te conheço. Tá com medo de ser feliz... – Ele vira seu corpo conforme acompanha os meus movimentos. Percebe que não vou respondê-lo sobre isso. Pelo menos não assim e agora. Tenho muitas coisas na minha cabeça pra resolver. Por isso, continua: Que seja. Quando você estiver realmente pronta pra me dizer isso novamente, saiba que estarei todo ouvido. – Ele sorri se aproximando de mim. Isso me faz ficar um pouco tensa, porque a ultima vez que essa cena aconteceu, me entreguei completamente pra ele.

Angélica: Certo.- Decido mudar de assunto e não bater mais nessa tecla. Principalmente, não animá-lo pra mais nada hoje. Prossigo: Antes de irmos... Me diz, como vai ser com a Heidi? – Não tem um assunto mais broxante que a mulher dele. Esse pensamento me faz sorrir.

Jaime: Não se preocupa com ela. Ela não vai chegar perto de você e nem do Otto. Se a sua preocupação é ele... – Ele revira seus olhos ao parar em minha frente. Não me toca. Ele faz aquela típica cara quando está com ciúmes. Sorrio com um suspiro.

Angélica: Minha preocupação não é só ele. É você também... – Falo quando inclino as minhas mãos na altura do seu peitoral. O aliso com uma certa intensidade conforme aproximo mais meu corpo do dele, encostando as nossas cinturas. Continuo: Não quero que ela estrague esse momento que está vivendo.

Jaime: Não tem como alguém ou alguma coisa estragar esse momento que estou vivendo. – Ele sorri com os meus movimentos de aproximação e termina a frase com um sorriso largo nos lábios. Suas mãos esfregando as laterais dos meus braços. Me aconchego em seu peitoral.

Angélica: Ai ai... Galanteador como sempre! – Ele ri. Eu rio. Todos riem. Tudo lindo. Não demoro para retrucar novamente:  Vamos embora, vai. Não faço ideia de quanto tempo ficamos aqui. – Digo isso me soltando do seu corpo.

Tiro as minhas mãos do seu peitoral e quando viro o corpo para abrir a porta, sinto sua mão segurando firme o meu braço e o virando pra si junto com o meu corpo. Me da assim um tranco pra voltar a ficar com o corpo de frente pro dele e encostado no dele. Isso me assusta. Antes que pudesse dizer ou fazer alguma coisa, ele toma meus lábios com os seus. Inicia um beijo intenso, com a sua língua esfregando firme pela minha. Suas mãos caem e segurando a minha cintura, puxando mais meu corpo para encaixar no dele. Deixo as minhas mãos apoiadas em seus ombros, dando breves apertadas ali conforme ele inclina o seu corpo sobre o meu, fazendo com que as minhas costas envergasse pra trás. Trago seu corpo junto e ficamos mais encaixados dessa forma. Ele desce suas mãos da minha cintura pra lateral da minha bunda, pressionando seus dedos naquela região. Isso me faz sorrir durante o beijo, em seguida, para este beijo com selinhos, dizendo baixinho entre eles.

Angélica: Se... Controla... James... – Ele ri novamente. Volta as suas mãos pra minha cintura enquanto meu corpo volta ao normal.

Jaime: Eu ainda to com saudade, Angélica. – Abro meus olhos. O vejo com um bico nos lábios e uma expressão triste no rosto com os olhos firmes nos meus. Filho da puta. É difícil ter alguma conversa com alguém tipo ele. Ainda mais sendo o ator que é.

Angélica: Olha, eu não sou obrigada... – Rio conforme afasto o meu corpo do dele. Dessa vez, ele facilita quando solta a minha cintura. Viro meu corpo e abro a porta, saindo seguida do corpo dele.

Caminho pelo corredor enquanto escuto a porta do quarto sendo fechada por ele. Antes de chegar à frente do elevador, ele passa suas mãos junto com os seus braços pela minha cintura, me abraçando por trás. Continuo o caminho que faço com as minhas costas encostadas e aconchegadas no seu peitoral e em seus braços. Ele caminha assim comigo até pararmos em frente do elevador. Eu tava me sentindo tão tranquila. Com uma sensação de uma paz sem fim dentro de mim. Isso era nítido com o meu sorriso. Logo, vejo esse mesmo sorriso nos lábios do Jaime quando a porta do elevador se abre e somos refletidos abraçados assim no espelho em nossa frente. Fico admirando essa imagem por alguns instantes, mas me desvencilho do corpo dele antes que a porta fechasse. Ele acompanha meus passos. Entramos no elevador.

Pedi pro Jaime não parar na frente de casa, mas é como pedir pra uma porta. Ele fez questão de parar ali só pra me deixar mais tensa, ainda mais sabendo que o Otto poderia estar lá dentro. Já esta bem escuro, isso pode amenizar um pouco a situação. Soltamos nossos cintos quando ele finalmente estaciona e desliga o carro. Viro o rosto para olhá-lo e confesso ter que me segurar bastante pra não beijá-lo novamente. Ele esta com um ar diferente depois dessa tarde. Tá com um olhar diferente. Uma expressão serena em seu rosto que me faz sorrir sem menos ele dizer alguma coisa. Antes que fosse pega o admirando assim, lembro-me de questioná-lo.

Angélica: Esqueci de te perguntar uma coisa. Como ficou sabendo onde eu tava com a Bárbara? – Ele me olha quando escuta a minha voz e ri baixo com a minha pergunta. Me olha de um jeito como se estivesse com óculos e me olharia por cima das lentes.

Jaime: Você precisa saber o que conta e o que não conta pra suas empregadas. – Volta a me olhar normalmente, sem deixar de sorrir. Sorrir. Sorrir.

Angélica: Não me fala uma coisa dessa... Eu gosto tanto da Paula. Mas se ela é de contar as coisas fáceis assim. Complica tudo. – Por um momento fico chateada em saber sobre isso. Eu gosto bastante da Paula. Já to acostumada com ela. Não quero despedi-la por causa de fofoca. E pelo jeito, qualquer pessoa conseguiria uma informação minha se ligarem e perguntarem pra ela.

Jaime: É brincadeira, hermana... Eu tive que insistir bastante. Bastante mesmo! Coitada. Falando nisso... – Ele para de dizer quando inclina o seu corpo entre os nossos bancos, esticando seu braço até alcançar alguma coisa nos bancos de trás. Fico o observando até voltar com seu corpo normal e sobre o volante, escrever alguma coisa em um papel. Entrega o papel pra mim em seguida. Era uma dedicatória para a Paula com o seu autógrafo no final. Fico estupefata.

Angélica: Você chantageou a minha empregada, Jaime? – Ele faz uma cara surpresa e eu fico ainda mais surpresa por ele ficar surpreso por isso. Eu rio. As caras de surpresa dele são as melhores. Não acredito que ele chantageou ela em troca de um autógrafo. Por isso, continuo: Um autógrafo? Sério?

Jaime: Ué... Tudo por você. E não vai achando que foi só isso não. Ainda tenho que ir na sua casa qualquer diz desses pra tirar uma foto com ela e de avental sem camisa. – Ele faz uma cara de inconformado, entortando seus lábios, mas logo ri. Nossas risadas se misturam. Só de pensar nessa cena dele de avental já me faz rir mais.  

Angélica: A Paula é das minhas. Sabe bem como negociar... – Vou parando de rir aos poucos. Tenho que pegar o ar no final da risada.

Jaime: Você curte ver a minha desgraça, né? – Ele inclina uma das suas mãos até encontrar com uma das minhas. A segura firme e a leva na altura do seu rosto quando morde um dos meus dedos. Solto um gritinho de dor, forçando a minha mão pra trás.

Angélica: Para com essa sua mania... Louco! – Rio baixo enquanto trago a minha mão junto ao meu corpo, aproveito e o viro para abrir a porta do carro e assim sair dali. Quando a fecho e começo a andar em direção à entrada principal de casa, o escuto gritar.

Jaime: Ei... – Tenho que parar para virar o meu corpo e assim olha-lo dentro do carro já um pouco longe: Eu também te amo. – Ele grita mais alto.