Fanfic: Solo Dios Lo Sabe/ Nani. | Tema: A Feia Mais Bela

Amanheço com o pescoço queimando. Percebo que dormi toda torta na poltrona do quarto de recordações. É um quarto que fica ao lado do meu. Nele, guardo todos os presentes e prêmios que ganho. Seja do que for. Seja de quem for. Fica tudo guardado aqui. Suas paredes são claras com prateleiras também claras espalhadas por elas. Nestas prateleiras é onde ficam os prêmios; algumas com fotos de momento especiais e marcante para mim. Ao lado da poltrona que estou, tem um baú onde guardo os presentes que recebo. Os que podem quebrar ficam ao lado, separados em cima de uma mesinha. Esse lugar me conforta. Me sinto bem e depois de ontem, vim direto pra cá. Sabia que aqui ia conseguir colocar meus pensamentos no lugar, mas antes que pudesse tentar fazer isso, acabei dormindo. Não quis voltar pro quarto. O Otto deve ter aparecido por aqui pelo fato do abajur ao meu lado estar apagado.

Estou de lado em cima da poltrona, com as minhas pernas juntas do meu corpo. Tem uma janela atrás dessa poltrona que faz meu corpo sentir um breve calor pelos raios de sol que entram por ela e tocam a minha pele. Respiro bem fundo soltando o ar pelo nariz conforme me movimento bem devagar, sentindo meu corpo doer pela forma que dormi ali. Não tenho mais idade pra essas coisas. Sento normal na poltrona esticando meu pescoço pro lado, tentando alonga-lo. Faço uma expressão de dor conforme me levanto. Caminho pra fora do quarto, o atravessando. Viro e entro no meu quarto. Otto não esta em casa. Não faço ideia que horas são, mas com certeza já saiu faz tempo de casa pro seu trabalho. Ou pro banco, vai saber. Dou de ombros. Não quero pensar nisso agora. Aliás, to com tanta vontade de fazer xixi e com fome, que não consigo pensar em mais nada nesse momento além de suprir essas necessidades.

Saio do banheiro e desço com uma certa rapidez pra comer alguma coisa. Estou desde ontem sem comer nada. Desde a tarde com o Jaime e olha que cansei ontem. E muito. Lembrar dele nesse momento me faz abrir um rápido sorriso. Entro na cozinha e percebo que ainda da tempo pra tomar um bom café da manha. Não esta tão tarde assim. Converso algumas coisas rápidas e breves com a Paula. Ela até assustou por me ver ainda de camisola. Me avisa que Otto não vai almoçar em casa. Até acho isso bom; não quero vê-lo até resolver dentro de mim o que to sentindo em relação a tudo que me contou e a tudo que disse pra ele também. Termino meu café, agradeço a Paula e subo novamente pro meu quarto.

Antes de entrar pro banho, decido olhar minhas redes sociais e mandar meu bom dia. Ao deslizar meu dedo pela tela, vejo algumas notificações com o nome do Jaime. Além das notificações das minhas redes sociais. Claro que meu coração pulsa mais forte que o normal ao ver o nome do Jaime ali. Porém, olho primeiro as dos meus fãs, me fazendo até rir por vezes. É cada montagem que inventam. Fico impressionada com a criatividade deles. Depois de fuça-los um pouco, abrir sites de fã clube e mandar meu bom dia, decido olhar as mensagens do Jaime. Na verdade, só tem uma. Ele sim me ligou mais de uma vez. Leio a mensagem após selecioná-la.

~ Jaime Camil diz: Te extraño, hermana!

Respiro fundo. Como seria boa a presença dele agora. Por mais que eu esteja segura da minha decisão de não querer mais a presença do Otto aqui em casa, eu fico triste. Triste e decepcionada, na verdade. Mais decepcionada. Triste por isso ter acontecido justo com ele. Uma pessoa que querendo ou não, sempre esteve do meu lado desde que o conheci. E decepcionada por ele não ter compartilhado nada disso comigo. Se desde o começo tivesse conversado, talvez, nada disso estaria acontecendo agora...Sento na cama ainda segurando o celular na mão. Não tem porque ficar me privando de ligar pra ele agora. Até não me importo se a Heidi descobrir. Praticamente não tenho mais nada com o Otto... Dou de ombros conforme seleciono o seu nome na tela do meu celular. Tem até a possibilidade dele não me atender, estar trabalhando. “Porque pode até não parecer, mas ele trabalha”. Pra minha surpresa, ele atende.

Jaime: Bueno? – Ele diz sem firmeza. Estranho. Atende como se não tivesse lido o número que está chamando.

Angélica: Ei, ta ocupado? – Acabo me sentindo mal por ter ligado. Posso tê-lo atrapalhado. Minha preocupação disso ter acontecido é nítida na minha voz.

Jaime: Ah... Oi, pequena. Não. Não to ocupado. – Percebo que se concentra no celular agora. Sua voz é mais direta.

Angélica: Tem certeza? Posso ligar mais tarde. – Ainda fico receosa.

Jaime: Não... – Ele responde rápido, quase instantaneamente e firme: Não to ocupado mesmo. De verdade.

Angélica: Ok. Eu só liguei mesmo pra retornar as ligações que me fez. – Eu digo tranquila. Ainda fico um pouco tensa ao escutar sua voz assim na minha orelha, ainda mais depois de ontem, mas me sinto um pouco triste. Não sei. To sei lá.

Jaime: Quero saber como está e eu nunca sei se prefere que eu ligue, mande mensagem. – Ele fala normalmente. Até sinto um sorriso do outro lado. Sorrio breve.

Angélica: Agora tanto faz. Pode fazer o que achar melhor. – Acabo dando de ombros, como se ele pudesse ver. Ele fica em silêncio por alguns instantes.

Jaime: Como assim tanto faz? – Responde curioso.

Angélica: Nada, deixa pra lá! Era pra isso que me ligou? – Fico um pouco impaciente. Ou talvez, curiosa pra saber por que me ligou.

Jaime: Pequena... Aconteceu alguma coisa? – Percebo sua voz preocupada. Não quero intrometer o Jaime nessa historia. Isso não tem nada a ver com ele. Pior que dessa vez não tem nada a ver com ele mesmo. O que eu fiz e o fato de estar assim são por causa do Otto. Somente dele.

Angélica: Não... Não aconteceu nada! Ta tudo bem. Ta no set, é?  – Desconverso. Finjo um tom alegre e interessado pra saber onde está. Apenas pra mudar de assunto.

Jaime: Não... Na verdade não. To em casa. Entro hoje depois do almoço!

Angélica: Nossa, Jaime! Eu não sabia que ia estar na sua casa. A gente se fala depois então...–  Deixo a frase solta enquanto me levanto. Fico de pé ao lado da cama. Isso me deixa um pouco apreensiva.

Jaime: Por quê? Se for por causa da Heidi, não tem nada a ver. Até porque ela está na academia agora. – Ele diz tranquilo como se fosse normal ela estar na academia de manhã.

Angélica: Melhor falarmos mais tarde, James. – Digo e ele respira fundo do outro lado do telefone.

Jaime: Eu vou deixar passar dessa vez, porque te conheço. Vai ficar ai toda estranha e não conversar direito! Então, na primeira oportunidade te ligo. Melhor assim? – Isso me faz sorrir. Confirmo sua pergunta e assim desligamos.

Deixo o celular sobre o criado mudo, na sua posição inicial. Incrível o poder que só a voz dele tem em mim. Já me sinto bem melhor só de escutar sua voz. Suspiro. Caminho pro banheiro e lá tomo um banho com um astral completamente diferente de quando entrei no quarto. Jaime me faz muito bem. Ainda depois de tudo que a gente já passou, tê-lo como amigo é essencial pra mim. Só eu sei o quanto foi difícil o seu afastamento desde meu casamento, na verdade, desde o casamento dele. Não prolongo muito esse banho. Termino e já desço para ajudar a Paula com o almoço. Cada dia que passa gosto mais de passar o tempo com ela. Ela me faz uma companhia muito boa.

Ajudá-la a cozinhar, me faz lembrar o restaurante que provavelmente não vou conseguir comprar. É tão frustrante parar sua vida, seus planos e seus projetos por causa de erro de outra pessoa. O problema ainda não é a questão do dinheiro, e sim a falta de confiança e de lealdade que senti vir do Otto sobre isso. Isso me desanima, e acabo comendo pouco durante o almoço. Fiz a Paula almoçar comigo como sempre faço quando Otto não está em casa. Ela fala bastante e isso acaba me distraindo. Depois de terminar o seu almoço, me avisa que vai pegar não sei o que lá trás, na área de serviço. Não prestei muito atenção por que estou mais avoada que o normal.

Por causa disso, demorei pra me tocar que a campainha esta tocando e demorei mais ainda pra perceber que não daria pra Paula atender a porta. Paro de brincar a toa com um garfo que seguro e o solto. Levanto da cadeira, dou a volta na mesa, saindo da cozinha. Caminho em passos largos pelo corredor em direção à porta. A abro e instantaneamente abro a minha boca de surpresa ao ver o corpo do Jaime parado ali. Esta de calça jeans e uma camisa social, com alguns botões abertos perto do colarinho. Seu cabelo esta com um topete todo trabalhado que acredito fazer parte do seu visual da série. Suas mãos junto com os seus braços estão atrás do seu corpo, não conseguia vê-las. Ele sorri, substituindo esse sorriso em seguida em uma risada baixa. Com certeza ri da cara de idiota que fico pra ele. Antes que pudesse escuta-lo, digo.

Angélica: Mas, que por... – Sou cortada com a voz da Paula entrando pelo corredor principal ao sair da cozinha. O Jaime desvia seu olhar do meu para olhar a Paula.

Paula: Dona Angélica, onde que a senho... – A Paula para de falar e sou obrigada a virar meu corpo para olhá-la quando escuto barulho de roupas caindo no chão. Ela com certeza esta mais surpresa do que eu. Mantém seus olhos bem abertos sem piscar e a boca também aberta. Suas mãos estavam segurando o ar, como se ainda estivesse alguma peça de roupa para segurar. Eu reviro meus olhos rindo baixo. Já conheço essas reações.

Angélica: Só você sabe como lidar com as suas “camilocas”, se vira. – Dou um passo pro lado, dando espaço para que o Jaime entre dentro de casa. Estico meu braço, indicando o interior da casa.

Ele passa por mim, inclina o seu corpo junto com a sua cabeça em direção a minha e por alguns instantes fico tensa com isso. Mas, deposita um beijinho rápido na minha testa. Traz seu braço direito pra frente do seu corpo onde sua mão segura uma rosa branca. Sorrio. Sorrio totalmente boba por ele. Não tava me importando com a presença da Paula. Não tem como não sorrir pra esse homem depois de um mimo desse. Seguro a rosa com as pontas dos dedos, tirando da mão dele bem devagar. Ele mantém seu olhar no meu enquanto sorria. Ele não cansa de ser lindo por isso não para nunca de sorrir. Fato.

Voltamos a nossa atenção pra Paula depois que ele finalmente entra em casa. Fecho a porta atrás de mim, encostando as costas ali conforme acompanho os movimentos dele até chegar perto da Paula. Ao fazê-lo, observo o que sua outra mão ainda segura atrás das suas costas. Balanço a cabeça negativamente. Meu Deus. Como é galanteador! Eu me aproximo aos poucos dos corpos deles levando minha mão junto com a rosa próxima do meu rosto. Sinto seu cheiro. Por outro lado, não quero perder as caras que a Paula fará. O Jaime para em frente ao corpo dela, coloca sua mão livre na lateral do seu braço, apenas apoiando-a ali. Abaixa um pouco o seu rosto para olhá-la bem e diz.

Jaime: Obrigado por me ajudar ontem. De verdade! – A expressão da Paula é indescritível. É um misto de felicidade e cara de choro. Se não fosse realmente chato, eu riria nesse momento. Mas, pela forma que ela olha pra ele, ela é realmente sua fã. Não sei por que nunca me disse antes.

Pra piorar toda a situação, o Jaime leva agora sua outra mão na frente do seu corpo e entrega pra ela a outra rosa, só que vermelha. Ela desvia seu olhar pra mão do Jaime em sua frente. A boca da Paula se fecha conforme vai abrindo um sorriso bem largo nos lábios. Leva suas mãos de encontro com a rosa e em seguida, em um breve pulo, passa essas mãos junto com os braços envolta do pescoço do Jaime. Agora eu rio. Ele ri. Ela ri. Todo mundo rindo pela situação. As fãs dele são muito engraçadas. Elas têm um momento de não acreditar que é realmente ele ali e depois quando caem suas fichas, surtam. Simples assim. A Paula abraça o Jaime bem forte e ele corresponde deixando as suas mãos apoiadas no começo das suas costas, bem embaixo dos seus ombros.

Paula: Obrigada, seu Jaime! – Ela começa a soltar seus braços do pescoço do Jaime. Ele teve que inclinar o seu corpo pra frente e pra baixo, por isso, volta com ele ao normal conforme ela o solta de vez.

Jaime: Opa, ela fala! – Eles cruzam seus olhares enquanto a Paula não parava de rir. Qualquer coisa que ele falasse ela riria. Outra situação engraçada das fãs dele.

Paula: E o senhor não precisa agradecer de nada não... – Ele que ri agora.

Jaime: Senhor? Ta certo. To bem na parada nessa casa, viu...Nossa. – Abaixa seu corpo até agachar na frente da Paula, pega as roupas que ela deixou cair e ao subir com o seu corpo novamente, entrega pra ela. Ela segura sem parar de sorrir pra ele.

Paula: Obrigada! – Ele agora coloca cada mão em um braço dela, abaixa um pouco o tronco do seu corpo para olhá-la firme nos olhos novamente.

Jaime: Ontem tive um dos melhores dias da minha vida e isso devo a você. Obrigado. – Ele sorri e eu acabo suspirando pra mim mesmo. Solta o corpo da Paula e ela então decide me olhar.

Paula: Depois...Er... É. – Ela me olha envergonhada e antes que pudesse respondê-la, vira seu corpo e anda rapidinho pelo corredor até sumir pela cozinha novamente. Observo seu caminho com o olhar e rio quando volto a olhar pro Jaime ao escutar sua voz.

Jaime: Eu não sabia que tinha duas admiradoras nessa casa. – Ele vira seu corpo em direção ao meu e se aproxima com uma cara de exibido.

Angélica: Duas? Só sei da Paula. – Sorrio de canto sem mostrar os dentes conforme seu corpo fica rente ao meu. Daquele jeito de sempre que consigo sentir o seu calor.

Jaime: Não foi isso que me disseram ontem, sabe... - Pela posição ele tem que abaixar o seu rosto e eu inclinar o meu pra cima. Ele sorri de canto também.

Angélica: Que seja! O que veio fazer aqui, afinal? – Ele me olha feio por alguns instantes e sei que é pelo fato de ter mudado de assunto. Volta a me olhar firme quando diz.

Jaime: Como o que? Quero saber o que ta acontecendo por essas quebradas de Westwood... Estava estranha no telefone. – Ele inclina sua mão na altura do meu rosto e antes que colocasse o meu cabelo atrás da orelha, esquivo dele, dando um passo pra trás.

Angélica: Não estamos sozinhos, Jaime. – Falo em um tom mais baixo. Inclino minha cabeça em direção a cozinha. Evidenciando a presença da Paula na casa.

Jaime: Eu ainda vou ficar de avental pra essa mulher... Ela não vai dizer nada. – Ele abre um pouco os seus braços com as mãos. Ainda parece indignado que vai ter que ficar de avental. Essa lembrança me faz rir baixo.

Angélica: Mesmo assim. – Ele cruza seus braços, um pouco emburrado. Eu reviro os olhos pra esse mimo.

Jaime: Ta bom... Mas só te deixo em paz e saio daqui se vir jantar na minha casa hoje. - Eu pisco forte pra ele por alguns instantes e não aguento segurar mais. Rio, abaixando um pouco o meu tronco.

Angélica: O que você ta bebendo agora? Ta louco? Vai ser lindo eu de vela entre você e a sua mulher. – Levanto o corpo aos poucos e ele continua com os braços cruzados, mas agora ri baixo. Mantém seus olhos em mim.

Jaime: Ela viajou. Foi pra não sei a onde encontrar com os pais. – Ele da de ombros. Paro de rir. Ele ta falando sério mesmo.

Angélica: Sem chances. – Olho pra ele balançando negativamente a minha cabeça.  

Jaime: Ela não vai chegar hoje. Já avisou que só volta amanhã. Quero ficar em um lugar tranquilo com você... – Ele aproxima mais seu corpo do meu quando da um breve passo que separava nossos corpos. Tenho que inclinar mais a minha cabeça pra cima sem tirar os olhos dos dele.

Angélica: Jaime... – Deixo a minha frase solta porque não tinha mais argumentos contra ele. Aliás, não adianta ter argumentos, ele sempre vai dar um jeito das coisas serem do seu jeito.

Jaime: Por favor, vai... – Ele diz aproximando mais seu rosto do meu. Percebo nossas respirações se misturarem. Esfrega suavemente a pontinha do seu nariz com o meu. Respiro fundo e afasto novamente meu rosto do dele.

Angélica: Af, eu te odeio. Sério! – Antes que ficasse bravo pela esquivada, ele sorri quando confirmo indiretamente o que queria.

Jaime: Às 19:00 passo aqui, e...  – Eu o corto. Sim. Eu to cortando agora. Adquiri essa moda.

Angélica: Não senhor! Eu vou com o meu carro ou nada feito. – Agora é a minha vez de cruzar meus braços contra os meus seios. Seguro meu riso pela cara que faz. Ele força seus olhos pra mim, balançando suavemente sua cabeça.

Jaime: Olha... – Ele solta seus braços quando inclina uma das suas mãos na minha direção, apontando seu dedo pra mim. Logo, continua: Olha... Você para de ser assim. Fica me controlando desse jeito! – Rio. Mal sabe ele o quanto ele me controla.

 Ele ri e inclina seu tronco pra baixo junto com a sua cabeça, depositando um selinho bem rápido nos meus lábios. Nem deu tempo de pensar em esquivar disso. Volta com o rosto pra trás com uma expressão de vitorioso conforme caminha pra trás, com o seu corpo ainda de frente pra mim. Diz durante seu percurso.

Jaime: Ta na minha hora, mas te espero, hein... – Diz conforme se aproxima da porta, sorrindo. A abre e passa pela mesma, fechando em seguida.

Eu acompanho todos seus movimentos com o olhar, ainda com os braços cruzados. Sorrindo. Sorrindo. Sorrindo. Ele ta mais impossível agora do que a vez que o namorei. Deve ser por isso que estou toda perdida na forma de lidar com ele. Com esse jeito todo lindo e galanteador. Até com a minha empregada. Rio sozinha conforme saio do meu transe e caminho em direção a cozinha, andando pelo corredor principal. Antes de entrar na cozinha, escuto alguém mexer na porta e abri-la. Paro meu corpo e fico com o rosto junto com os meus olhos fixos na direção da porta, esperando quem ia entrar. Tomo um susto quando vejo só a cabeça do Jaime e seu sorriso de criança que vai aprontar.