Fanfic: Solo Dios Lo Sabe/ Nani. | Tema: A Feia Mais Bela

Angélica: Você não tem que trabalhar não em vez de ficar mandando na minha empregada? – Cruzo meus braços contra meus seios, olhando-o nos olhos quando vira seu rosto pra mim ao escutar minha voz.

Jaime: E você tem que comer e não é por isso que o faz. – Ele cruza seus braços também. Me imitando. Continua: E hoje eu trabalho só depois do almoço. Para de me expulsar.

Angélica: Não to expulsando! – Reviro os olhos. Se eu ainda não estivesse me sentindo mal, riria desse drama.

Jaime: Claro que tá! Desde que cheguei já veio toda brabinha pra cima de mim. – Nossos olhos mantêm-se cruzados. Isso me lembra do motivo de estar chateada com ele. Sua mulher ta grávida e ele aqui.

Angélica: Não tava brabinha, to... – Sou cortada pela entrada da Paula no quarto segurando uma bandeja de cama. Faço uma cara assustada vendo aproximar-se de mim: Meu Deus, Paula! Quantas árvores de fruta você trouxe ai? – O Jaime ri baixo junto com a Paula. Isso me faz sorrir de canto.

O Jaime se levanta e encontra com o corpo da Paula o meio da caminho. A agradece e pega a bandeja das mãos dela. Volta com o corpo próximo da cama e o inclina conforme coloca a bandeja na altura das minhas coxas. Olho pra bandeja em minha frente. Tinha alguma variedade de frutas cortadas e suco. O Jaime volta a sentar do meu lado na ponta da cama, mas agora próximo dos meus pés. Fica com o corpo meio virado pra mim e com o olhar fixo em meu rosto. Da uma bufada quando percebe que não me movimento.

Jaime: Angélica... Nem tem tanta coisa assim, vai. Pode parar com essa frescura! – Ele fala firme agora.

Angélica: Não é frescura. – Realmente tava me sentindo mal.

Jaime: Come nem que seja um pouco. Às vezes ta desse jeito porque não comeu nada. – Ele gesticula direcionando uma das suas mãos em direção à bandeja.

Abaixo aos poucos meu olhar pro prato e respiro fundo conforme seguro o garfo e como alguns pedaços de fruta. Faço esse movimento no máximo três vezes, mas bebo o suco todo. O Jaime ficou acompanhando meus movimentos com o olhar. Ficou quieto lá. Por ora seu celular recebia alguma notificação e ele respondia. Outras, só olhava e voltava a guardar o celular. Fica mais difícil ainda ter fome com ele ali. Deixo o garfo de lado.

Angélica: Sua mulher, né? – Ele entorta sua boca com a minha pergunta. Fico com o olhar no dele.

Jaime: Primeiro não é minha mulher mais. Segundo, é ela sim. Antes não tinha desejo de nada, agora ta com essas histórias estranhas de desejo. – Balança a cabeça negativamente. Isso quase me fez vomitar tudo que comi.

Angélica: Mulher grávida tem esses desejos mesmo. – Abaixo meu rosto conforme me ajeito na cama. Apoio as minhas mãos ao lado do meu corpo, empurrando meu corpo pra trás e sentando direito com as costas encostadas nos travesseiros.

Jaime: Angélica... – Ele se aproxima de mim, deslizando seu corpo pela b0unda na cama. Leva suas mãos em cada lado da bandeja e a tira de cima de mim, deixando do outro lado do meu corpo. Assim, fica com o seu corpo quase de frente pro meu. Diz com sua voz tranquila: Saber dessa gravidez não mudou nada pra mim.

Angélica: Pode não ter mudado nada pra você, mas mudou pra mim. – Eu decido olhá-lo novamente. Ele ta tão perto agora. Af. Como é lindo.

Jaime: Mudou o que pra você? – Ele mantém seus olhos nos meus.

Angélica: Agora tem uma criança no meio, Jaime. – Ele fica esperando que eu dissesse mais alguma coisa pela sua cara. Ao ver que não o faço, diz.

Jaime: Ela vai ser amada de qualquer jeito, Angélica. Comigo casado ou não com a Heidi, eu vou amar e cuidar da criança. Eu não vou ficar casado com alguém que não gosto por causa de uma criança. – Ele diz sério.

Angélica: Para de ser egoísta. – Também digo séria pra ele.

Jaime: Não é ser egoísta. Pelo ao contrário. Tenho o exemplo disso na minha vida pelos meus pais terem se divorciado quando eu ainda era pequeno. Eles não estavam mais felizes, isso era fato. Se continuassem juntos por minha causa, eu nunca me perdoaria. Você sabe de tudo isso! – Ele da uma pausa acompanhando as expressões do meu rosto com o seu olhar, logo continua: Talvez se ficassem juntos, eu não me tornaria o que sou hoje porque cresceria em um ambiente conturbado de brigas. A criança sente e eu não quero que a minha sinta isso vindo de mim e da Heidi. Ela não é a mulher da minha vida, não era com ela que queria ter filhos, mas fazer o que... Não posso culpar só ela. Eu também errei! – Ele desvia por alguns instantes seu olhar.

Fico em silêncio depois de escutar isso que me diz. Ele até que ta certo. Meus pais também se separaram. Eu não era tão criança como o Jaime era quando os seus pais o fizeram, pelo ao contrário, tinha 14 anos, mas agora que a gente cresce, entende que temos que estar feliz no relacionamento e na vida pra passar essa felicidade e tranquilidade pra criança. Por mais que finja estar bem, a criança sente quando não está. Exatamente como ele disse. Por isso, paro de uma vez por todas de tentar lutar contra esse homem. Meu silêncio o fez me olhar. Abro um sorriso que se estende em meus lábios conforme ele também abre seu sorriso destruidor. Inclino o meu corpo pra frente, esticando meus braços pra ele me abraçar.

Ele o faz sorrindo. Inclina o seu corpo de encontro com o meu e passa seus braços envoltos da minha cintura, os apertando firme ali. Eu enrosco os meus no seu pescoço, apertando firme da mesma forma. Viro um pouco o meu rosto pro lado e esfrego suavemente a pontinha do meu nariz na altura da sua orelha, sentindo seu perfume que é embriagante. Ele então começa a voltar com o seu corpo pra trás sem soltar o meu, pelo ao contrário, leva meu corpo junto. Assim, ajeito meu corpo e fico sentada no seu colo, com o meu corpo de lado pro dele. Frouxo meus braços do seu pescoço, até afastar nossos rostos e poder olha-lo nos olhos. Ele faz o mesmo com os seus braços na minha cintura. Antes que dissesse alguma coisa, ele inclina seu rosto em direção ao meu. Esfrega brevemente nossos lábios e como sempre, percebo nossas respirações se misturarem. Fico com o meu olhar fixo nos seus lábios até sentir a sua língua forçando os meus.

Encaixo meus lábios nos dele conforme deito um pouco a minha cabeça. Ele deita a sua pro lado oposto ao começar o beijo com sua língua esfregando pela minha. Da volta por ela, explorando-a. Levo uma das minhas mãos pro seu pescoço e ali seguro o seu rosto, fazendo carinho na sua bochecha com o polegar. Ele escorrega uma das suas mãos pra minhas costas enquanto a outra fica firme segurando a minha cintura. Pressiona seus dedos ali, sem deixar de puxar o meu corpo pra mais perto do dele. Em sintonia, nossos rostos se movimentavam durante o beijo. Somos interrompidos por um suspiro que vinha de trás do meu corpo. Solto meus lábios dos do Jaime e da mesma forma que ele, viro meu rosto pra ver o corpo da Paula parado rente a porta, com um sorriso largo nos lábios nos olhando. Ver essa cara boba dela me fez rir baixo.

Paula: Er... Vim pegar a bandeja, Dona Angélica. – Ela não parava de sorrir. Eu acompanho seus movimentos com o olhar conforme entra pelo quarto.

Angélica: Obrigada, Paula! – Ela já tinha tirado os olhos de nós, mas continuava sorrindo. Chega perto dos nossos corpos na cama pra pegar a bandeja e antes de virar seu corpo, disse ao vira-lo pra nós.

Paula: Tem certas coisas na vida que é nosso. E nada e ninguém tiram! – Ela sorri terna pro Jaime e em seguida sorri pra mim. Claro que sorrio de volta. Em seguida, ela termina de virar seu corpo e sai do quarto carregando a bandeja.

Jaime: Nunca escutei tantas verdades. – Viro meu rosto pra olhar o Jaime novamente. Ele já estava com seu olhar sobre mim. Ele sorria.

Angélica: Cada dia que passa, a Paula me surpreende com alguma coisa. – Escorrego minha mão do pescoço do Jaime, deixando-a apoiada sobre seu braço.

Jaime: Já que você é minha e nada e muito menos ninguém tira isso de mim, tá mais do que na hora de assumirmos isso de uma vez. – Ele tira sua mão da minha cintura e a inclina em direção do meu rosto, colocando um pouco do meu cabelo atrás da minha orelha.

Angélica: Assumir mais? – O questiono curiosa.