Fanfic: Solo Dios Lo Sabe/ Nani. | Tema: A Feia Mais Bela

Ele aperta bem forte seus braços envolta da minha cintura ao escutar o que digo. Vira um pouco o seu rosto e esfrega a pontinha do seu nariz pela lateral da minha nuca. Respira fundo ali. Aos poucos frouxa seus braços. Traz suas mãos pra minha cintura e a segura firme. Eu faço o mesmo, trazendo minhas mãos pros seus ombros e saindo das pontas dos pés. Ficamos frente a frente. Ele abaixa seu rosto pra me olhar com um sorriso bobo e eu correspondo esse sorriso. Com nossos olhares cruzados, diz.

Jaime: Depois você não reclame por eu querer ficar gritando por aí que também te amo. – Deslizo minhas mãos pras laterais dos seus braços, apertando sua pele por esse trajeto. Fico com o corpo todo encostado no dele.

Angélica: Olha, fique sabendo que agora não me importo mais com esses gritos. – Sorrio, aliás, sorrio o tempo todo.

Jaime: Tem alguns gritos seus que eu também não me importo em escutá-los. – Demoro pra entender o que ele quis dizer. Acredito que fico vermelha porque ele começa a rir depois que entendo. Dou breves tapas nos seus braços conforme afasto nossos corpos.

Angélica: Mas que tarado. O que ta acontecendo com você? – Ele contrai um pouco o seu corpo por causa dos meus tapas. Rindo.

Jaime: Você sabe há quanto tempo não faço relações com uma mulher de verdade? Agora que voltei a ter, não quero perder tempo. – Seu riso cessa quando decide sorrir de canto com uma expressão sem vergonha em seu rosto. Começa a se aproximar de mim novamente.

Angélica: Jaime... – Eu sei bem quais são suas intenções. Digo seu nome conforme dou breves passos pra trás.

Por estarmos no hall de entrada, não tinha muito pra onde fugir. Mesmo assim não paro meus passos pra trás e com isso já estávamos na sala de visitas. Sou parada com o meu corpo encostando-se ao sofá atrás de mim. Minha bund@ fica apoiada no encosto do mesmo enquanto o Jaime continuava dando seus passos na minha direção. Ele é tão maravilhoso. Mas, tão! Mesmo caracterizado com o seu personagem, continua lindo. Meus olhos caem pras suas mãos que agora percorrem o seu terno e o tiram ao esticar seus braços pra trás, deixando cair pelo caminho.

Jaime: Sabe o que isso me lembra? – Sua voz me faz voltar olhá-lo nos olhos. Ele mantinha seu sorriso de lado em seus lábios.

Angélica: O que? – Ele para com o seu corpo rente ao meu quando finalmente o alcança encostado no sofá. Inclina um pouco o seu corpo pra baixo e assim deixa suas mãos apoiadas ao lado do meu corpo. Me encurralando ali.

Jaime: Quando íamos pra minha casa depois das gravações da novela... – No fundo eu sabia que ele ia falar sobre isso. Ele não termina sua frase, mas inclina seu rosto em direção do meu pescoço onde começa a depositar seus breves beijinhos. Isso me faz contrair o ombro por ficar arrepiada.

Angélica: Eu gostava dessa época. Mas confesso que estou preferindo mais a de agora, até por que... – Minha voz é cortada pelo toque do seu celular. Escuto uma bufada vinda da sua boca contra o meu pescoço. Isso faz arrepiar mais ainda aquela região. Contraio meu ombro conforme digo baixinho: Atenda.

Ele me ignora. Apoio minhas mãos nas laterais dos seus braços pra ali força-lo contra o meu corpo. Ou pelo menos tentar. Rio baixo ao perceber que ele não me ajuda. A pessoa que esta ligando é bem insistente até porque espera até o ultimo toque possível pra desligar. Em seguida, o toque começa novamente. Respiro fundo quando seus lábios trocam de lado do meu pescoço, me fazendo inclina-lo pro lado e assim oferecer mais da minha pele. No fundo eu não queria, mas tive que novamente insistir.

Angélica: Jaime... Pode ser do seu trabalho! – Dessa vez escuto algum tipo de murmuro vindo da sua boca contra a pele do meu pescoço. Ele então, inclina seu corpo pra trás junto com o seu rosto. Leva sua mão rapidamente pro bolso dianteiro da sua calça e tira seu celular, nem olhando direito a tela ao deslizar seu dedo por ali.

Jaime: Bueno... – Fico observando os movimentos dos seus lábios ao falar: Ah, como você está, cara? – Ele abriu um breve sorriso ao identificarem quem é. Afasta um pouco seu corpo do meu: Sei... Sei... – Por ora seus olhos desviavam dos meus: Entendi... Por mim ta tranquilo. – Solta uma risada baixa que instantaneamente me faz sorrir. Termina sorrindo: Beleza então. A gente vai se falando. – Se despede, finaliza a ligação, guarda seu celular e volta a olhar pra mim.

Angélica: Boas notícias? – Eu continuo sorrindo pra esse homem. Nossos olhares se cruzam.

Jaime: Ótimas...Um dos editores que me ajudaram no clipe dos meninos da Barston, disse que está tudo pronto. – Ele diz com um brilho encantador nos olhos. Isso me faz sorrir mais ainda. Antes que dissesse, ele continua: Agora só correr pro sucesso. Da mesma forma que eu vou fazer agora. – Ele termina de dizer mais uma vez com um sorriso de canto nos seus lábios. Eu rio dessa péssima comparação.

Volta a aproximar seu corpo do meu. Da o ultimo passo que separava nossos corpos. Ao fazê-lo, deixo as minhas mãos apoiadas em seu peitoral e dali as escorrego pra lateral da sua cintura conforme seu corpo pressiona o meu contra o sofá. Seus lábios não demoram pra tomar conta da pele do meu pescoço novamente. Agora esses lábios deslizam pro meu ombro, que por estar com uma blusa de regata fina, facilita o contato com a minha pele. Viro um pouco meu rosto pra dar breves beijinhos próximos da sua orelha que é facilitado pela posição do seu rosto.  

Ele levanta seu rosto e o deixa rente ao meu. Abaixo meu olhar pros seus lábios enquanto os aproxima, esfregando-os suavemente pelos meus. Aperto as pontas dos meus dedos nas laterais da sua cintura e dessa forma puxo mais seu corpo pra mim. Fico praticamente coberta pelo seu corpo contra o meu. Inclino meu rosto pra cima conforme ele encaixa nossos lábios. Dessa vez sou eu quem solto uma bufada ao escutar novamente o toque do seu celular. Ele ri baixo, mas acredito que ri de raiva. Inclina um pouco o seu rosto e assim deixa nossas testas encostadas enquanto movimenta sua mão pra dentro do bolso, tira o celular e sem olhá-lo, desliza seu dedo para atender. Ele mantém seu olhar nos meus lábios.

Jaime: Bueno? – Agora ele diz um pouco impaciente. Isso me faz sorrir. Frouxo meus dedos da sua cintura: Oi, Heidi. – Ele afasta nossos rostos ao escutar a voz dela do outro lado do telefone. Aquela vontade de sorrir acabou. Abaixo um pouco meu olhar pra não ficar prestando atenção na conversa, mesmo sendo praticamente impossível: Hm... Sei... Mas falou o quê? – Respiro fundo. Essa conversa vai demorar pelo jeito. Decido sair dali da frente do seu corpo, mas ele trava sua cintura contra a minha. Fico presa e o olho com uma expressão feia em meu rosto: Não. Não to mais no set... Você sabe onde eu to. – Ele revira os olhos ao escutar alguma coisa que ela diz.

Acredito que também começa a se irritar com ela, pois não prendia meu corpo da mesma forma. Aproveito pra me desvencilhar dele. Melhor deixar que resolvam suas coisas a sós. Consigo sair da frente do seu corpo ao dar breves passos pro lado. Caminho pra fora da sala, passo pelo corredor e vou até a cozinha. Não sei bem porque decido ir pra lá, mas vou. Aproveito e bebo um pouco de água caminhando até ficar de frente pra pia. Viro meu corpo ainda bebendo água ao perceber que Jaime entra na cozinha. Acabo abrindo um sorriso nos lábios com a expressão engraçada que traz em seu rosto. Era um misto de raiva e confusão. Digo conforme deixo o copo em cima da pia.

Angélica: Boas notícias? – Não aguento e solto uma risada baixa.

Jaime: Muito engraçado, viu? Quem tem vontade de comer bolo de canela? – Ele leva uma das suas mãos na altura da sua testa e esfrega com as pontas dos dedos. Ainda confuso.

Angélica: Bom, eu não espero nada dela... – Deixo a frase subentendida quando dou breves passos em minha frente até parar com meu corpo na frente do balcão. Inclino minha cintura até conseguir sentar no banco.

Jaime: Que seja... Aproveitar que ela estragou tudo, e te dizer uma novidade. – Ele se aproxima do balcão também com uma expressão divertida em seus olhos. Parece uma criança às vezes.

Angélica: Certo. Estou acompanhando. Prossiga. – Imito suas palavras de ontem na piscina enquanto acompanho seus movimentos com o olhar até sentar na minha frente.

Jaime: Então, sócia... – Ele coloca seus braços apoiados no balcão ao começar: Depois do ocorrido de ontem e que foi embora, resolvi fazer algumas ligações. – Ele sabe que gosto de saber das coisas tudo de uma vez, sem mistérios. Por isso, não para durante suas falas: Consegui falar com a Bárbara que me passou o mesmo telefone que pra você. Liguei no número, conversei com um cara lá no México e ele disse que o representante da filial vai estar aqui em LA amanhã. Eles já têm um espaço em mente, que nos mostrará amanhã cedo. – Diz com o olhar no meu, mantendo seu sorriso nos lábios.

Angélica: Mas olha só... Quanta eficiência em um homem! – Apoio meu braço no balcão e trago minha mão na altura do meu rosto. Apoio meu queixo nela, sorrindo boba pra ele.

Jaime: Eu sempre fui assim, você que está mal acostumada aí. – Ele ri inclinando um pouco o seu corpo pra frente.

Angélica: Então ta! Amanha cedo vamos encontrar com esse representante e depois de tarde tenho que buscar minha mãe no aeroporto. – Por mais simples que pareça, ainda é estranho ter ele nos meus planos diários.

Jaime: Hm, sogrona estará no pedaço, é? – Ele sorri divertido com uma das suas sobrancelhas erguida.  

Angélica: Sim. Ela não quer me deixar sozinha por esses dias. Pelo menos até eu me acostumar com essa vida de solidão. – Tento fazer um drama, mas acabo sorrindo.

Jaime: Ela ta certa. Mas a única coisa que vai ter que se acostumar é comigo por aqui agora. E não mais ele. – Ele diz sério com os olhos firmes nos meus.

Angélica: Mas a gente não precisa acelerar as coisas assim, Jaime. – Acabo ficando séria também. Acho que nunca vou me acostumar com essas emoções “8 ou 80” com ele.

Jaime: Qual foi a parte de “te quero como minha mulher” você não entendeu, hein? – Tiro meu braço do balcão ao inclinar um pouco o meu corpo pra trás.

Angélica: A parte que ainda não somos solteiros pra decidirmos isso agora. Bem essa parte. – Forço um pouco os meus olhos pra ele. Com um sorriso amarelo nos lábios.

Jaime: Mas pelo menos viajar comigo você pode? – Ele cruza seus braços, também afastando seu corpo do balcão, em um tom divertido.

Angélica: Viajar? – Isso me deixa confusa.

Jaime: A estreia do clipe vai ser essa semana. Vou estar corrido com isso, com as gravações... Não sei se vou poder te ver. Então pensei em viajar no próximo final de semana. Só eu e você! – Tem certos sorrisos nessa vida que é nosso e ninguém tira dos meus lábios. Tipo esse meu que nunca cansa de sorrir ao ser surpreendida assim.