Fanfic: Solo Dios Lo Sabe/ Nani. | Tema: A Feia Mais Bela

Maria: Eu fico muito feliz por isso, minha filha. Muito! – Ela permanece do lado oposto do balcão com um sorriso largo em seus lábios. Logo, ela continua: E ele vai almoçar com a gente?

Angélica: Na verdade eu não sei, mãe. – Continuo olhando-a nos olhos e em desvio meus olhos pro corpo da Paula atrás do da minha mãe, em frente a pia: Aliás, Paula, não segura nada de vidro até ele ir embora, por favor.

As três riem. Com essa mania que a Paula tem de derrubar tudo que segura quando o vê pode ser até perigoso. Minha mãe volta a ajuda-la com algumas coisas de frente pra pia e assim ambas ficam de costas pra mim enquanto termino de comer minha maça. Minha mãe aproveita pra me contar o que está achando de LA, da casa, de tudo. Ainda não tive um tempo pra ficar tranquila com ela e nem pra levá-la em um passeio interessante pra conhecer mais de LA. Aproveitar que hoje é domingo pra fazer isso. Ainda mais que não pretendo fazer nada. Termino minha maça e antes que pudesse descer do banco em frente ao balcão, sinto as mãos do Jaime segurando a minha cintura por trás e depositando um rápido beijo próximo da minha orelha. Em seguida, diz.

Jaime: Bom dia, meninas! – Ele está de banho tomado e mais uma vez seu perfume é embriagante. Minha atenção é desviada pra Paula quando ela derruba alguns talhares dentro da pia.

Angélica: Fico feliz por não ser vidro, Paula. Obrigada! – Todos riem novamente. Jaime me solta e fica do meu lado no balcão, esticando o seu corpo até alcançar uma maça também.

Maria: Vai almoçar com as meninas, Jaime? – Ela diz conforme vira seu corpo pra olha-lo.

Jaime: Infelizmente não! Além de ter que passar em casa, tenho um encontro de moto hoje. – Ele diz e em seguida vira seu rosto pra me olhar, continuando: Já está marcado há dias, não vou conseguir desmarcar agora.

Angélica: Não se preocupa com isso. – Sorrio terna pra ele que corresponde esse sorriso. Volta a virar seu rosto em direção a minha mãe ao dizer.

Jaime: Bom, com a benção de todas, eu vou. Mas eu volto... – E mais uma vez, vira seu rosto pra mim. Que coisa. Diz um pouco mais baixo agora: Sempre volto! – Sorri. Inclina seu rosto pra baixo e deposita um breve selinho nos meus lábios. E eu já estou sorrindo feito idiota.

Maria: Então tá, querido. Volte e nos acompanhe na janta, sim? – Minha mãe sorri quando ele cruza seu olhar com o dela.

Ele movimenta sua cabeça positivamente e dessa forma sai da cozinha. Acompanho seus movimentos até perdê-lo de vista e só então decido por fim sair daquele banco. Aproximo meu corpo do da minha mãe junto com o da Paula e assim também as ajudo com o almoço. Só agora que tenho noção do horário e percebo que realmente já está perto do almoço. Sempre me impressiono como perco a noção do tempo e de tudo ao lado do Jaime. É uma sensação que só tenho com ele. E me faz sentir como uma adolescente.  Eu gosto disso. E falando em gostar, lembro de um detalhe que ainda não foi muito bem esclarecido pra mim desde ontem. Por isso, viro meu corpo em direção ao da Paula.

Angélica: Viu, Paula, você por acaso sabe de alguma coisa como uma cama nova foi parar no meio do meu quarto? – Meus olhos rapidamente desviam pro da minha mãe quando ela faz uma expressão surpresa em seus olhos, desviando-os em seguida para a Paula também.

Paula: Talvez... – Mais uma vez as três riem. Coloco as minhas mãos em minha cintura como um sinal pra que ela continuasse. Ela então, desvia seu olhar pro meu: A única coisa que eu fiz, foi receber uma cama, dona Angélica.

Angélica: Recebeu uma cama assim do nada e não achou estranho? – Continuo com as minhas mãos na cintura e segurando um pouco o riso pela cara que ela faz em seguida.

Paula: Bom, achar estranho eu achei, né? Mas quando disseram que a cama estava no nome do Seu Jaime, ficou um pouco mais claro. – Ela para um pouco de dizer como se estivesse pensando em algo. Logo, continua com uma expressão divertida em seu rosto: Geralmente eles mandam flores no outro dia, Dona Angélica. Camas eu nunca vi. – Eu e minha mãe rimos gostoso.

Angélica: Ele quis mudar a cama por causa do Otto. – Minha mãe volta sua atenção pra mim novamente, um pouco confusa.

Maria: Como assim, filha? – Solto minhas mãos da cintura e mais uma vez direciono meu corpo e atenção pra ela.

Angélica: Ele não quis dormir na cama antiga pra respeitar o espaço que Otto tinha nela. – Minha mãe pisca um pouco lentamente pra mim. Acho que está assimilando.

Maria: Uau... Mas que linda atitude. – Ela diz com o seu sorriso aumentando: Você melhor do que eu sabe que o Jaime de uns anos atrás não teria uma atitude nobre dessa.

Angélica: Eu sei... – Digo quase em um suspiro apaixonado enquanto volto minha atenção pros afazeres em cima da pia com um sorriso bobo nos lábios.

Ele realmente não faria alguma coisa desse tipo se fossem anos atrás. A ultima coisa que lhe importava, era se alguém tinha algum espaço; ele não teria esse respeito que teve com o Otto. E isso só me faz pensar mais em como ele mudou e amadureceu de lá pra cá. Uma hora isso tinha que acontecer e eu agradeço muito por estar fazendo parte agora da vida dele. Com ele tendo atitudes de homem de verdade. Às vezes me custa aceitar que um homem maravilhoso desse faz o que faz e diz o que diz por mim. Mas, faz tempo que a minha baixa estima não me atinge e não vai ser agora nesse momento que estou completamente feliz que isso vai acontecer.

Tenho que parar com meus pensamentos quando percebo todo o almoço pronto. Finalmente. Aquela maça já não tava mais fazendo efeito dentro do meu estômago. Um exemplo do tamanho da minha felicidade desses dias é o fato de estar dormindo bem e em qualquer canto pra descontar os sonos atrasados e a volta da minha fome. Que aliás voltou com tudo. Sentamos as três pra almoçar e claro que não demorou nada pras fofocas começarem a rolar ali. O principal assunto era o Jaime, claro. Minha mãe como a Paula queria saber como estão as coisas; como me sinto, como ele diz que se sente, como vai ser daqui pra frente. E praticamente surtam quando conto que anunciamos hoje de manhã pro mundo e principalmente para os nossos fãs que estávamos juntos. Minha mãe mais uma vez admirou a atitude dele.

Maria: Cada minuto esse rapaz me surpreende mais. – Ela diz deixando seu prato e talhares de lado com um sorriso nos lábios enquanto me olha.

Angélica: Imagina como eu fico com tudo isso. Eu nunca vi ele desse jeito, mãe. Por ninguém... E olha que o conheço tempo suficiente pra já ter visto de tudo. – Da mesma forma que ela, termino meu almoço e sorrio.

Maria: Deve ta uma loucura o twitter, meu amor. – Ela ri e eu rio também, mas acredito que rio de nervoso por pensar nisso.

Angélica: Na verdade eu não sei como tá. Não vi nada ainda, mas sim, deve ta uma loucura. Até porque eles sempre souberam... – Minha voz é cortada com o barulho da campainha o que me faz ter um breve susto. Meus olhos caem sobre a Paula que está almoçando e, então, digo rapidamente: Deixa que eu vejo quem é, Paula.

Sorrio conforme me levanto da mesa. Ela acompanha meus movimentos com um sorriso nos lábios também. Sai da cozinha e as deixo sozinhas enquanto caminho pelo corredor até chegar ao hall principal e assim, alcançar a porta. Penso na hipótese de ser o Jaime, mas ele não toca mais campainha pra entrar. E essa hipótese é logo descartada quando abro a porta. Confesso que um dia meu coração não aguenta. Acabei de levar um susto com a própria campainha tocando e agora mais esse. Nossos olhos se cruzam e acabo vendo um sorriso vindo dos lábios em minha frente.