Fanfic: Solo Dios Lo Sabe/ Nani. | Tema: A Feia Mais Bela
Os dias passam lentamente em um hospital. Mesmo eu dormindo a maior parte do tempo que estou aqui, já quero ir pra casa. To cansada. É exatamente por isso que acordo mais animada nessa segunda. Pelo menos não acordo chorando. Meu útero ficou bonzinho esses dias e por causa disso, o Dr. Francis fez a minha alta pra hoje. To na cama na mesma posição desde que cheguei, meio sentada, com as costas apoiadas em travesseiros e pronta pra sair daqui. Foi um sacrifício conseguir levantar da cama, tomar um banho de “gato” e ainda trocar de roupa tudo em uma manhã. Muitos movimentos pro meu corpo, mas meu foco é sair logo desse lugar. Abro um pequeno sorriso quando vejo minha mãe entrar pelo quarto, mas logo desfaço esse sorriso quando vejo o corpo do Jaime acompanhando seus movimentos, empurrando consigo uma cadeira de rodas. Desvio meu olhar do dele pra minha mãe.
Angélica: Pensei que íamos só nós duas, mãe. – Minha mãe se aproxima de mim e ao parar com seu corpo ao lado da minha cama, deposita um beijo rápido no topo da minha cabeça.
Maria: Faz tempo que parei de te carregar no colo, meu amor. Não consigo fazer isso sozinha. – Ela solta uma risadinha enquanto o Jaime para com a cadeira de rodas ao lado dela. Sem dizer nada, mas com o seu olhar em mim.
Reviro os olhos e ameaço me movimentar. Minha mãe prontamente me ajuda com isso. Eu ainda tenho que usar essa cinta rodeando a minha cintura até chegar em casa pelo menos. É evitar que doa muito durante a viagem e no tornozelo também tenho outra facha pra mantê-lo firme. Confesso que com essas cintas eu sinto menos dor, mas ainda incomoda bastante. Tanto é que to voltando com alguns remédios pra casa. Enfim. Desencosto dos travesseiros com a ajuda da minha mãe, sempre tentando manter reta a minha coluna. Depois viro aos poucos meu corpo pra sair da cama, deixando as minhas pernas penduras sobre ela. Minha mãe não me toca muito porque sabe que gosto de fazer todos esses movimentos sozinha. Tenho meu tempo pra parar pra pegar fôlego. Não gosto que fiquem me pressionando nesses momentos e alguém me ajudando a me movimentar me deixariam assim.
Maria: Bom, agora é com você, querido. – Ela diz já se afastando do meu corpo. Da breves passos pra trás até parar ao lado da cadeira de rodas enquanto o corpo do Jaime se aproxima do meu.
Angélica: Mas eu consigo descer, não... – Minha mãe me corta com o olhar voltando pra mim.
Maria: Angélica, por favor, filha! – Ela diz em um tom de suplico. Eu dou uma breve bufada.
O Jaime mantém seu olhar em mim e acredito que está esperando alguma resposta minha. Apenas o olho de uma forma que ele entende que pode se aproximar mais. E o faz. Aproxima do meu corpo na cama até parar em minha frente, leva suas mãos em minhas coxas e afasta as minhas pernas bem lentamente. Eu o ajudo com isso. Ele da o ultimo passo que separa o seu corpo da cama e assim fica com o seu corpo no meio das minhas pernas. Engulo seco com a sua aproximação. Já posso sentir o seu calor. Meu Deus. Como eu sinto saudade dele! Voltamos pra fase em que tenho que manter o meu foco do lado dele. Então, foco Angélica. Foco. Ele cai seus olhos pros meus lábios e pisca lentamente. Percebo que também engole seco antes de dizer.
Jaime: Consegue enroscar suas pernas na minha cintura? – Meu coração ta na boca. Tento não demonstrar nada em meu rosto, apenas confirmo positivamente. Ele continua: Então confia em mim!
Diz com o seu olhar novamente no meu. Desliza as suas mãos pela lateral do meu corpo até chegar em minha cintura onde passa seus braços por ela, envolvendo-os naquela região como se fosse me abraçar bem apertado, mas ele não aperta, pelo ao contrário, faz isso de uma forma confortável. Eu entendo esse recado e envolvo também as minhas pernas ao redor da sua cintura. Apoio as minhas mãos bem firme no meio das suas costas e assim ele ergue bem devagar o meu corpo que ta completamente encostado ao seu. Solto um gemidinho baixo de dor pelo fato de me movimentar. Qualquer movimento me faz sentir essa dor. Ele gira pelo calcanhar e da alguns passos até parar com o seu corpo rente à cadeira de rodas. Ali, agacha o seu corpo até conseguir encaixar o meu no acento da cadeira. Só então, ele me solta e eu também o faço soltando as minhas pernas da sua cintura. Faz todos os movimentos bem devagar.
Angélica: Obrigada! – Digo baixinho com o rosto abaixado em direção ao meu colo, arrumando meu vestido.
Jaime: De nada. – Ele diz se levantando e ficando em pé.
Maria: Meu Deus... Vocês dois... Não vou falar nada. – Escuto a voz da minha mãe se movimentando atrás do meu corpo e depois a acompanho com o olhar sair pela porta.
O Jaime caminha até se posicionar atrás da cadeira de rodas e assim me empurrar por ali, saindo daquele quarto. Finalmente. Passamos pelo corredor desse andar e é um típico hospital americano. Tudo claro. Muito claro. Limpo e digamos que cheiroso. Estamos atrás do corpo da minha mãe que anda rápido em nossa frente. Conforme ele empurra o meu corpo pro elevador mais perto que estávamos percebo alguns olhares curiosos em minha direção. Eita. Peraí.
Angélica: Meus fãs, Jaime... – Eu inclino um pouco o meu rosto pra trás pra olhá-lo ali de baixo.
Jaime: Tinha muita gente filmando, Angélica. – Ele abaixa um pouco o seu rosto pra me olhar, mas logo volta a prestar atenção no corredor.
Angélica: A imprensa toda sabe? – Volto também com o meu rosto ao normal, olhando pelo caminho que fazemos.
Jaime: Não digo toda, mas a grande maioria sim. – Ele vai parando aos poucos com a cadeira quando chegamos na frente de um elevador. Minha mãe rapidamente aperta o botão para chama-lo.
Angélica: E você diz tranquilo assim? – Refiro os olhos. Já me arrependendo de ter trocado uma palavra se quer com ele hoje.
Maria: Ta tudo bem, meu amor. – Ela vira seu corpo pra me olhar, abaixando seu rosto. Tenho que erguer o meu.
Angélica: Ta sim. Ta tudo ótimo. – Digo em um tom irônico enquanto volto com o meu rosto ao normal. Fico com o olhar perdido pra porta do elevador.
Já to aqui toda podre. Só falta essa historia me prejudicar de alguma forma na questão profissional. Tirando o tempo que vou ter que esperar pra voltar a minha vida normal. Não vou poder seguir com o restaurante assim. Não consigo nem tomar conta da minha vida, da vida de um ser dentro de mim, como vou tomar conta de um restaurante? Muito menos, vou conseguir atuar agora. O musical Mentiras acabou pra mim. Simples assim. Eles não vão esperar que eu melhore pra começar a turnê. Ninguém faria isso. Af. Abre a porta do elevador e eu percebo meus olhos mareados. O bom de estar embaixo deles dois é que ambos não percebem minhas lágrimas escorrendo. Abaixo meu rosto e disfarço mexendo na barra do meu vestido sobre a minha coxa. Percebo o hematoma em cima da minha mão onde estava a agulha. Desvio meu olhar pra minha coxa e presto atenção na lateral de uma delas; está completamente arranhada e com alguns hematomas também, mas bem esverdeados. Isso só prova o quanto a dor do meu corpo é superior a isso. Ainda não tinha me tocado desses estragos.
Respiro fundo e ainda com o rosto abaixado, limpo as minhas lágrimas com as pontas dos dedos quando percebo a porta abrindo novamente. O Jaime empurra a cadeira atrás de mim pra fora e entramos no saguão principal do hospital. Pra minha surpresa, ele não me leva pra entrada e sim pra uma das portas que têm saída de emergência como marcação. Provavelmente vamos sair pelos fundos do hospital. Nesse estado que eu to, realmente não preciso de fotógrafos e uma imprensa curiosa pra cima de mim. Minha mãe abre a porta e da espaço pro Jaime passar comigo por ela, em seguida, a fecha atrás de si. Entramos em outro corredor que logo da acesso a parte externa do prédio. Já reconheço o carro do Jaime e parado na frente dele, também reconheço o médico que me acompanhou por esses dias. Pensei até que não ia conseguir vê-lo e acabo abrindo um breve sorriso pela surpresa.
Dr. Francis: Pensei que você ia embora desse hospital sem me dar a oportunidade de ver esse sorriso. – Ele abaixa seu rosto junto com o seu olhar conforme nos aproximamos dele.
Angélica: Obrigada. De verdade. Por tudo! – Eu acabo abrindo um sorriso maior pelo o que me disse.
Dr. Francis: Não precisa agradecer por nada. Apenas se cuide, sim? – Mantenho meu olhar junto com o meu rosto em sua direção e respondo consentindo positivamente com a cabeça.
Ele sorri, como sempre faz. Se aproxima do Jaime e o cumprimenta com um aperto de mão seguido de um abraço de um braço dando aqueles tapinhas típicos nas costas um do outro. Me distraio com o corpo da minha mãe se aproximando do meu, desvio meu olhar pra ela e ela está sorrindo feito boba em direção dos dois. Ok. Pelo Jaime que não é. Certo, dona Maria. Gamou no médico. Ta certo. Ela percebe meu olhar e desvia pra mim ao baixar sua cabeça pra me olhar, eu a repreendo com o olhar, mas acabo abrindo novamente um sorriso enquanto balanço a minha cabeça negativamente quando ela da de ombros. Não demoro pra ver o corpo do médico perto do da minha mãe e eles despedem também. Eu não sou obrigada a isso, portando, desvio meu olhar quando viro meu rosto. Não demoro pra me distrair com a movimentação do Jaime com a cadeira. Ele me aproxima mais da porta do carro, mas me direciona pra porta da frente.
Angélica: Eu não quero ir na frente! – Ele deixa a cadeira entre as duas portas e caminha com seu corpo pra frente do meu, abaixa seu rosto pra me olhar.
Jaime: Por que não? – Me esforço e muito pra não revirar os olhos pra ele. Respiro fundo.
Angélica: Porque não! Prefiro ir atrás. – Continuo com o meu rosto normal, portanto, não o olho.
Ele da uma bufada enquanto destrava o carro. Vira seu corpo e abre a porta traseira. Direciona seu corpo em minha direção até terminar de me deixar perto o suficiente do carro pra conseguir entrar nele. Se posiciona em seguida do meu lado livre e estende sua mão em minha direção. Olho ao meu redor e penso em alguma possibilidade de não segurar na sua mão pra me levantar, mas é praticamente impossível pela situação que eu to. Agora sou eu que bufo quando seguro sua mão. Com a outra, me apoio na cadeira enquanto coloco um dos meus pés apoiado ao chão, o que não está com o tornozelo machucado. Impulsiono meu corpo pra cima com a ajuda da mão do Jaime também me erguendo já não sabendo onde doía mais. Logo ele me auxilia com a sua mão livre no final das minhas costas, guiando meus poucos passos mancos pra conseguir entrar no carro. O faço segurando o ar na tentativa de amenizar minha dor e o solto firme pela boca quando finalmente me sento com a região do meu tórax queimando e meu tornozelo pulsando. Ele fica parado do lado de fora, me olhando.
Angélica: Que? – Levo minhas mãos na altura da minha coxa e mais uma vez arrumo meu vestido.
Jaime: Ta tudo bem? – Decido desviar meu olhar pro dele e acabo me arrependendo quando o percebo com uma expressão preocupada. Fica difícil assim.
Angélica: To. To bem. – Desvio em seguida meu olhar pra frente. Ele demora um pouco pra se afastar e fechar a porta.
Inclino a minha cabeça pra trás e apoio no encosto do banco traseiro. Viro meu rosto pra janela e acompanho os movimentos da minha mãe antes de entrar no carro. Ela conversa alguma coisa com o Jaime e olha pra mim no banco de trás. Em seguida se despede mais uma vez do médico. Meu Deus. E o Jaime faz o mesmo. Ambos então caminham pros seus respectivos lugares com a minha mãe no banco da frente. Eles conversam sobre alguma coisa que realmente não me interessava agora. Na verdade, queria ficar na minha. E o faço deixando meu olhar vagando pela janela não esperando a hora de chegar em casa.
Autor(a): nani.
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Caminho rápido pelo corredor do hospital. Esta tudo tão vazio. Não tem ninguém pra me dizer o que ta acontecendo ou pelo menos pra onde devo ir. Não quero ficar aqui. Já to cansada de dizer que quero ir pra casa. Quero descansar. Quero ter a minha vida de volta e esquecer esse momento que to passando. Por isso procuro desesperada por ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 14
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martaduarte Postado em 07/06/2015 - 09:38:28
Li e Reli sua fic 04 vezes... linda. Parabéns, perfeita..? Acho que merece uma continuação. Como estaria a vida deles pós matrimonio, filha, carreira?? PENSA COM CARINHO
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flavia1909 Postado em 29/10/2014 - 21:37:39
to viciada*..... ;)
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flavia1909 Postado em 29/10/2014 - 21:37:10
nani por favor nao para de escrever nao......posta mais capitulos pra gente....to viciado nessa fanfic....e nao deixa a angie ficar brava com o jaime nao pelo amor de Deus...e faz a heide se fuder hehehehe...brigadoooo
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angelicamil Postado em 17/10/2014 - 18:29:09
e ai kd vc madame esqueceu da gente hem ? queremos mais por favor nao nos deixe
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yaramoura Postado em 22/09/2014 - 00:06:13
Uaaaal amei esse capítulo. Plis não demore tanto a postar nani bjus
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angelicamil Postado em 07/09/2014 - 22:23:38
gente essa fic é luxo , nota 1000 nao perco uma quero sempre mais parabéns
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iza2500 Postado em 11/08/2014 - 20:06:17
amando essa fic, tão lindo esses dois. tomara que se resolvam logo. postaaaaaa mais!!!!!!!!!
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liluni_cham Postado em 11/08/2014 - 20:03:22
( capitulo 4 ) Ai minha nossa... O Jaime mandando mensagem no cel da angie.. E a coitada da esta com o emocional tao a for da pele q acho que nao vai demorar muito pra ela cair de amores de novo pelo Jaime... Isso e, se esse amor nunca morreu de verdade. Indo para o proximo capitulo
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iza2500 Postado em 11/08/2014 - 00:58:11
Que romantico eles na torre, postaaaa maos!!!!!!
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liluni_cham Postado em 10/08/2014 - 20:46:06
A riqueza de detalhe na estoria esta fabulosa nani.. Eu to tao concentrada na estoria que nao resisto e vou ler e comentar tudo... Eu sou uma apaixonada por fanfics... E quando se trata da feia mais bela entao eu adoro.. E com personagem original do Jaime e da angie ficou bem melhor... Eu sou uma valecamil assumida... E que se dani os outros.. Esses dois tinha que ficar juntos msm.. Mais infelizmente o destino nao quis assim.. Mas ainda bem que existe as fanfics pra poder unir esses dois lindos que eu amo de paixao... A angelica falando "foca Angelica, foca" foi muito engracado kkkkk coitado do oto ficou boiando e nao entendendo nada.. Essas riquezas de detalhes nani na fic e realmente fantastico sabe? Desde uma toalha na cabeca ate um cursar de pernas... Adoro fanfic assim bem escritas que faz com que o leitor se sinta na estoria... Imaginando a cena descrita. Nani porque vc nao coloca parentezes onde tem os nomes dos personagens? E que quando to lendo eu fico confundindo o nome junto com a estoria kkkkkkk desde o cap um eu to meio confusa juntando os dois kkkkkkk ah me tira uma duvida... O oto trabalha com oque? E impresario? Indo pro proximo cap.