Fanfic: Solo Dios Lo Sabe/ Nani. | Tema: A Feia Mais Bela
Ele vira seu corpo e caminha pra fora do quarto depois de dizer sua frase. Eu acompanho seus movimentos com o olhar que mais uma vez despencam lágrimas. Minha mãe não demora pra ficar em minha frente e por isso tampa a minha visão de vê-lo caminhar pelo corredor. Mais uma vez abaixo meu rosto e deixo minhas lágrimas correrem livres pelas minhas bochechas. Eu não sei da onde to conseguindo tirar tantas lágrimas pra tão pouco tempo. Minha mãe traz suas mãos em meu rosto e acaricia minhas bochechas com seus polegares conforme o levanta em sua direção. O faço, cruzando nossos olhares.
Maria: Pare de se machucar mais, meu amor. – Ela diz com a mesma voz tranquila que disse com o Jaime.
Angélica: Eu não consigo nem olhar pra ele direito, mami... – Eu puxo o ar em meio a alguns soluços.
Maria: Mas o que tanto te deixou assim? – Ela mantém seu olhar fixo no meu e eu acabo contraindo meus olhos por ficar confusa com sua pergunta.
Angélica: Como assim o que tanto? Olha tudo que aconteceu...- Eu digo com uma voz indignada.
Maria: Eu sei de tudo que aconteceu. Mas quero saber o que realmente está te incomodando pra chegar a trata-lo dessa forma. – Ela continua com a sua voz tranquila enquanto seus polegares enxugam o que conseguem da minha bochecha.
Angélica: Ele protegeu ela o tempo todo, mãe! –Digo firme. Lembrar isso sempre me da forças pra parar de chorar.
Maria: É pela discussão em si ou é pelo seu filho, Angélica? – Ela diz trazendo suas mãos pra base do meu rosto, deixando-o bem inclinado na sua direção. Isso faz um certo bico em meus lábios.
Angélica: Que? Como assim? – Falo um pouco enrolada pela forma que ela segura meu rosto e pelo bico que dificulta.
Maria: Você está o culpando por ter perdido o seu filho. – Ela diz soltando aos poucos meu rosto.
Angélica: Não. Não to não... – Digo firme.
Maria: Está! Está sim. – Diz praticamente ao mesmo tempo que eu. Intercalando nossas vozes.
Angélica: Não tem nada a ver. – Eu abaixo meu rosto enquanto balanço negativamente minha cabeça, incrédula por ela pensar isso. Continuo: Quero deitar, mãe. Me ajuda?
Ela mantém o seu olhar em mim por alguns instantes quando volto a olhá-la. Aproveito esses instantes que ela fica me olhando e termino de enxugar minhas bochechas. Controlo meu choro. Não quero mais ficar chorando assim por causa do Jaime na frente dela já que vai começar a pensar em coisas que não fazem sentindo. Ela se aproxima do meu corpo e ajeita melhor os travesseiros e em seguida me ajuda a subir minhas pernas pra cama e assim sentar meio deitada, bem devagar, sentindo como sempre a região da minha cintura queimar de dor. Segurar o ar não está funcionando mais. Parece até que doeu mais dessa vez. Talvez seja pelo fato da viagem e ter ficado bom tempo sentada desde que chegamos. Ela me ajuda também ao colocar um travesseiro embaixo do meu pé com o tornozelo inchado.
Paula: Dona angélica! – Levo um rápido susto com a voz chorosa da Paula. Viro meu rosto pra olha-la parada rente à porta.
Angélica: Oi, Paula querida! – Digo em meio a um pequeno sorriso, tentando conforta-la.
Paula: Como a senhora está? – Ela diz se aproximando do meu corpo na cama, atravessando o quarto.
Angélica: Nossa, pra estar me chamando de senhora é porque devo estar muito ruim mesmo. – Eu acompanho seus movimentos até ficar ao lado da cama, do lado da minha mãe, com o olhar.
Maria: Ei...Vou fingir que não escutei isso. – Minha mãe diz se levantando da cama. Elas riem e eu abro um sorriso. Logo continua, se direcionando pra Paula: Vou aproveitar que chegou pra ficar aqui de companhia pra ela. Vou pegar os remédios que ela tem que tomar agora e fazer uns cuidados nos arranhões da sua perna.
Paula: Tudo bem. Eu fico aqui com ela! – Minha mãe agradece com um consentimento com a sua cabeça e eu acompanho com o olhar seus movimentos até sair do quarto. Logo, escuto sua voz: Que susto nos deu. Dona Angélica.
Angélica: Nem me fale, Paula. – Respiro fundo, soltando o ar pelo nariz enquanto inclino a minha cabeça pra trás, a deixando apoiada em alguns travesseiros.
Paula: E agora está tudo bem? – Fico olhando-a nos olhos por alguns instantes antes de respondê-la. Eu nunca sei o que responder quando me perguntam isso.
Angélica: Está. Na medida do possível... Está. – Sorrio pra ela mais uma vez na tentativa de conforta-la, mas não mostro os dentes. Tento mudar um pouco o foco da conversa: E por aqui, como estão as coisas?
Paula: Ta tudo bem... – Ela deixa a frase solta quando faz uma expressão confusa, como se estivesse lembrando de como foram as coisas, depois continua: Na medida do possível.
Angélica: Como assim? – Inevitável não abrir um sorriso pra ela com esse seu jeito engraçado.
Paula: Bom, desde sábado o telefone não para, praticamente. Chegaram algumas flores, lembranças, presentes que foram colocados no quarto próprio deles. Digamos que está corrido... E eu acabei dormindo no quarto de hospedes esse final de semana, muitas gente querendo informações, espero que não fique brava... – Eu a corto agora antes que ela continuasse a falar e eu esquecesse de deixar claro.
Angélica: Nunca ficaria brava com você por causa disso. Sabe o quanto é bem vinda aqui! – Ela sorri em agradecimento e antes que pudesse me responder, somos interrompidas com a entrada da minha mãe.
Maria: Me confundi com os remédios. São apenas de manhã e de noite. Agora não tem nenhum... – Ela diz atravessando o quarto e trazendo consigo um frasco pequeno e escuro em uma das suas mãos e a outra com algodão. Continua: Agora é só cuidar desses arranhões mesmo.
Angélica: Tudo bem, mami. Faça o que tenha que fazer. – Acabo fechando os olhos. Eu fico o tempo todo cansada.
Maria: Falando nisso, meu anjo, ficou decidido que eu e Paula te ajudaremos no período da manhã e da tarde. E o Jaime no período da noite, quando ele chega... – Abro rapidamente meus olhos ao escutar o seu nome e a olho incrédula, cortando-a.
Angélica: Ei, ei, ei... Como assim ficou “decidido”? Vocês não pretendem perguntar o que eu acho disso não? – Minha mãe corresponde o meu olhar com o seu corpo posicionado ao lado do da Paula.
Maria: Como se eu já não soubesse que você iria reagir dessa forma, né? – Ela diz colocando suas mãos na altura da sua cintura.
Angélica: Eu não quero dar trabalho pra vocês, muito menos pro Jaime. – Digo intensificando o final da minha fala.
Maria: Isso de forma alguma é dar trabalho pra mim e... – Ela é cortada pela Paula, que me faz desviar o olhar pra ela.
Paula: Er... Pra mim também não é. – Ela fala de um jeito meio acanhada por ter cortado a minha mãe. Desviando seu olhar do meu pro dela, ao escuta-la.
Maria: E o Jaime concordou sem hesitar. Por ele, aliás, ficaria o tempo todo... – A corto mais uma vez.
Angélica: Eu não quero saber o que o Jaime faria. – Digo e instantaneamente reviro os olhos.
Maria: Tudo bem, filha. Mas é assim que ficou combinado. – Ela diz com uma voz tranquila, tirando suas mãos da cintura.
Angélica: Porque não contratamos alguém pra isso? – A respondo com um tom de manha em minha voz ao cair com o meu olhar no dela.
Maria: Você sabe muito bem que eu prefiro cuidar de você. Nunca fomos de ficar contratando pessoas pra cuidar uma da outra. – Minha mãe abaixa seu rosto e começa a se concentrar com o algodão em sua mão e o frasco.
Angélica: Só que agora a “senhora” já não tem idade pra ficar cuidando de mim. Por isso deveríamos contratar alguém. Assim a Paula não fica atolada, cheia de coisa pra fazer e o Jaime não precisa se incomodar. – Desvio meu olhar pro da Paula quando digo o “senhora” e volto a olhar pra minha mãe ao terminar a frase.
Maria: Eu não quero colocar gente estranha dentro da sua casa, Angélica. Não tem ninguém aqui que eu realmente confie pra um trabalho desses. Se fosse no México, tudo bem, mas aqui não é México, meu amor. – Ela diz molhando o algodão com o líquido que saia do vidro escuro. Continua a falar com a sua concentração em suas mãos: E o Jaime concordou com isso. Também não quer gente estranha perto de você e...
Angélica: Já disse que a opinião do Jaime não me importa. E eu não quero ele me ajudando em nada. – Digo quase que instantaneamente. A cortando mais uma vez. Eu to ficando muito boa nisso também.
Maria: Quer ele em qual hora então? É a única que ele pode. – Ela termina de molhar o algodão, fechando o vidro em seguida.
Angélica: Eu não quero ele em horário nenhum. – Acompanho com o olhar seus movimentos.
Maria: Quer dizer que vai mandar ele sair daqui? Vai mandar ele embora pra casa dele? – Ela para o que ta fazendo pra me olhar nos olhos. Confusa. Na verdade, acredito que eu esteja mais confusa que ela.
Autor(a): nani.
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Fico com o olhar perdido no olhar da minha mãe. Eu realmente não sei o que responder pra ela. Não pensei sobre isso. E não vou conseguir pensar agora, nessa pressão toda. Somos interrompidas dos nossos pensamentos com a campainha ecoando pela casa. Desvio meu olhar pro corpo da Paula que prontamente atravessa o quarto pra atender a porta. M ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 14
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martaduarte Postado em 07/06/2015 - 09:38:28
Li e Reli sua fic 04 vezes... linda. Parabéns, perfeita..? Acho que merece uma continuação. Como estaria a vida deles pós matrimonio, filha, carreira?? PENSA COM CARINHO
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flavia1909 Postado em 29/10/2014 - 21:37:39
to viciada*..... ;)
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flavia1909 Postado em 29/10/2014 - 21:37:10
nani por favor nao para de escrever nao......posta mais capitulos pra gente....to viciado nessa fanfic....e nao deixa a angie ficar brava com o jaime nao pelo amor de Deus...e faz a heide se fuder hehehehe...brigadoooo
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angelicamil Postado em 17/10/2014 - 18:29:09
e ai kd vc madame esqueceu da gente hem ? queremos mais por favor nao nos deixe
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yaramoura Postado em 22/09/2014 - 00:06:13
Uaaaal amei esse capítulo. Plis não demore tanto a postar nani bjus
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angelicamil Postado em 07/09/2014 - 22:23:38
gente essa fic é luxo , nota 1000 nao perco uma quero sempre mais parabéns
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iza2500 Postado em 11/08/2014 - 20:06:17
amando essa fic, tão lindo esses dois. tomara que se resolvam logo. postaaaaaa mais!!!!!!!!!
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liluni_cham Postado em 11/08/2014 - 20:03:22
( capitulo 4 ) Ai minha nossa... O Jaime mandando mensagem no cel da angie.. E a coitada da esta com o emocional tao a for da pele q acho que nao vai demorar muito pra ela cair de amores de novo pelo Jaime... Isso e, se esse amor nunca morreu de verdade. Indo para o proximo capitulo
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iza2500 Postado em 11/08/2014 - 00:58:11
Que romantico eles na torre, postaaaa maos!!!!!!
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liluni_cham Postado em 10/08/2014 - 20:46:06
A riqueza de detalhe na estoria esta fabulosa nani.. Eu to tao concentrada na estoria que nao resisto e vou ler e comentar tudo... Eu sou uma apaixonada por fanfics... E quando se trata da feia mais bela entao eu adoro.. E com personagem original do Jaime e da angie ficou bem melhor... Eu sou uma valecamil assumida... E que se dani os outros.. Esses dois tinha que ficar juntos msm.. Mais infelizmente o destino nao quis assim.. Mas ainda bem que existe as fanfics pra poder unir esses dois lindos que eu amo de paixao... A angelica falando "foca Angelica, foca" foi muito engracado kkkkk coitado do oto ficou boiando e nao entendendo nada.. Essas riquezas de detalhes nani na fic e realmente fantastico sabe? Desde uma toalha na cabeca ate um cursar de pernas... Adoro fanfic assim bem escritas que faz com que o leitor se sinta na estoria... Imaginando a cena descrita. Nani porque vc nao coloca parentezes onde tem os nomes dos personagens? E que quando to lendo eu fico confundindo o nome junto com a estoria kkkkkkk desde o cap um eu to meio confusa juntando os dois kkkkkkk ah me tira uma duvida... O oto trabalha com oque? E impresario? Indo pro proximo cap.