Fanfic: Solo Dios Lo Sabe/ Nani. | Tema: A Feia Mais Bela
Dica: Ler o penúltimo e o último parágrafo ao som de Alex e Sierra – Back To You. Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=c56lJAHrmJs
Angélica: É um sonho estranho, não tem como explicar. – Eu digo tirando as minhas mãos de baixo das mãos dele. Ele tira sua mão de mim com isso.
Jaime: É a segunda vez que tem esse sonho, não é? Hoje de manhã teve também. – Ele está com o rosto mais afastado agora por ter sentado do meu lado e é difícil olha-lo na escuridão do quarto.
Angélica: Eu não quero que a minha mãe saiba disso, Jaime! – Eu to mais tranquila agora e minha voz volta aos poucos ao normal.
Jaime: Eu não vou contar pra ninguém, Angélica. Para de fingir que não me conhece. Só que to ficando preocupado com esses sonhos. – Aos poucos meus olhos se acostumam com o quarto apagado e já consigo ver melhor do rosto do Jaime.
Angélica: Não precisa se preocupar. – Abaixo um pouco meu rosto e percebo que estou exatamente na mesma posição e com a mesma roupa desde o momento que sentei nessa cama. Isso me da uma certa agonia.
Jaime: Ta tudo bem? – Ele deve perceber a minha agonia. Com certeza ta me vendo nesse escuro melhor que eu a ele.
Angélica: Que horas são? Faz tempo que to sentada aqui? – Eu tento me mexer um pouco pela cama, mas sinto meu corpo bem pesado o que dificulta.
Jaime: São 2:15 da manhã. Você ficou ai o dia todo! Eu queria te acordar, mas sua mãe preferiu te deixar aí dormindo. – Fica na mesma posição, com a sua voz um pouco baixa.
Angélica: Meu Deus... – Saber disso me deixa mais agoniada ainda.
Jaime: Quer levantar um pouco? – Ele não espera a minha resposta pra ficar em pé ao lado da cama e então caminhar até ligar a luz do quarto.
Angélica: Eu quero mesmo é tomar um banho. – Contraio os olhos ainda sem me acostumar com a claridade repentina do quarto.
Jaime: Tudo bem. Eu te ajudo. – Ele diz tranquilo se aproximando da cama novamente.
Angélica: Como assim me ajuda? – Agora que assimilo o que ele disse e transmito confusão no meu tom de voz.
Jaime: Ué, te ajudo com o banho. – Ele para com o seu corpo do meu lado e abaixo seu rosto pra manter seu olhar no meu
Angélica: Nem pensar, Jaime. Eu não preciso de ajuda nisso. – Levo as minhas mãos ao lado do meu corpo sobre a cama e mais uma vez tento me mexer ali em vão.
Jaime: Angélica, você não aguenta nem se mexer em uma cama, quem dirá tomar banho sozinha. E me desculpa, mas não vou acordar sua mãe agora, até porque, o combinado é que a noite é o meu turno aqui contigo. – Desvio meu olhar pro dele e percebo que ele ta segurando um sorriso.
Angélica: Eu to odiando essa ideia de não poder opinar sobre o que quero. – Digo em meio a uma bufada, desistindo de tentar me mexer.
Jaime: Te conheço. Imagino mesmo o quanto está odiando isso. – Agora ele sorri e eu tenho que desviar meu olhar disso. Logo continua: Então, ta pronta? – Ele estica suas mãos em minha frente, oferecendo-as pra que eu segure.
Angélica: Mas vai doer. Af. – Só de pensar na dor que vai ser, eu já sinto meus olhos marearem.
Jaime: Ei... Não precisa ir andando, eu te carrego. – Ele expressa preocupação em sua voz.
Angélica: Vai doer de qualquer jeito. – Respiro fundo, segurando o choro: E eu quero andar. – Digo levando as minhas mãos de encontro com as deles que permaneceram esticadas.
Ele segura firme minhas mãos e fica com o seu olhar nos meus numa forma de esperar meu consentimento pra forçar meu corpo pra levantar. Calma. Muita calma nessa hora porque fiquei o dia todo sentada e eu sei que vai doer cada centímetro do meu corpo. Respiro fundo mais uma vez e seguro o ar quando movimento positivamente a minha cabeça com o olhar fixo no dele. Ele então, puxa meu corpo segurando firme as minhas mãos. O faz devagar, mas conforme desencosto dos travesseiros minhas costas e a região da minha cintura queima bem forte de dor. Fecho forte meus olhos até finalmente me sentar. Fico sentada por alguns instantes até me acostumar com os incômodos. Ao abrir os olhos, sinto algumas lagrimas caindo e as minhas mãos apertando bem forte as mãos do Jaime. Ele mantém seu olhar em mim com o corpo um pouco inclinado em minha direção. Me olha de um jeito preocupado e triste.
Jaime: Eu to pagando todos os meus pecados por te ver assim. Pode ter certeza. – Ele diz desviando seu olhar do meu e isso me faz estranhar por tê-lo feito.
Em seguida tenta soltar suas mãos das minhas. O ajudo com isso e então ele as direciona pras minhas pernas, ali as segura na altura dos meus joelhos e ajuda puxando-as pra fora da cama, virando meu corpo ficando com as pernas suspensas. Volta com a sua atenção pra mim e mais uma vez estende suas mãos na minha frente. Eu as seguro novamente, agora sem frescura. Aperto firme suas mãos e dessa forma me impulsiono pra cima ao mesmo tempo que ele me puxa pra cima. Fico em pé na sua frente, soltando breves gemidos por isso e praticamente não encosto o pé com tornozelo machucado no chão. Abaixo meu rosto e olho meu corpo assim em pé.
Jaime: Tem certeza que vai conseguir ir andando? – Essa pergunta dele me pega de surpresa e me faz voltar a olha-lo ao levantar o meu rosto.
Angélica: Na verdade, não sei... – Eu abro um sorriso. E sem fazer qualquer esforço pra isso. Ele desvia seu olhar pros meus lábios e corresponde esse sorriso quase que instantaneamente.
Jaime: Que saudade de você, pequena! – Ele volta a me olhar nos olhos. Ele solta uma das minhas mãos e a traz ao lado do meu rosto, colocando meu cabelo atrás da orelha. Ai.
Angélica: Jaime, não vamos perder o foco aqui. – Eu desvio meu olhar do dele e praticamente desmancho meu sorriso.
Por um lado, ele ta sendo muito bom em não forçar nenhuma situação. Eu não teria nem pra onde correr agora e nem como correr dele. Se quisesse, me faria escutar o que ele queria e como queria. Mas, não. Tanto é que não diz mais nada quando começo a dar breves passos em direção ao banheiro. O faço pousando bem suavemente um dos meus pés no chão e assim ando mancando. Jaime continua segurando uma das minhas mãos o que me da um certo apoio para impulsionar meu corpo enquanto sua mão livre me da uma segurança ao ficar firme no final das minhas costas. Ele não fica muito em cima e me deixa andar sozinha, o que facilita também.
Angélica: Nossa, como eu tava precisando dar uma boa e rápida caminhada. – Brinco e ele ri baixo acompanhando meus movimentos do meu lado.
Jaime: Essa é a Angélica que eu conheço. – Eu acabo virando um pouco o meu rosto em direção a ele enquanto entramos assim no banheiro.
Angélica: Como assim? – Continuo mancando com a sua ajuda ate parar próximo do box.
Jaime: Assim... Se divertindo com as situações que a vida lhe impõe. Sendo elas boas ou ruins. A “sonreír siempre”, não é? – Ele termina de dizer e se posiciona na minha frente, soltando aos poucos o meu corpo.
Angélica: É... Antes de dormir eu li muitas boas vibrações dos meus fãs e amigos. Acredito que isso me ajudou. – Sorrio terna ao lembrar do carinho incondicional que senti logo cedo.
Jaime: Eu sabia que ajudaria. Por isso foi a primeira coisa que fui comprar quando chegamos. – Ele sorri. Meu Deus, como ta ficando difícil lidar com isso. Com ele. Com esses sorrisos.
Angélica: Obrigada! – Desvio meu olhar do dele, caindo pra alguns pelinhos em seu peitoral.
Jaime: Bom... Agora você precisa me dizer com o que precisa de ajuda. – Ele da um passo pra trás e coloca suas mãos na cintura, me olhando com uma expressão divertida.
Angélica: Nada. Só que me socorra caso eu caia. – Eu volto a olhá-lo nos olhos, sorrindo sem mostrar os dentes.
Jaime: Ta certo. Vou ficar aqui de guarda. Só observando, deixo claro... – Ele deixa a frase subentendida quando sai da minha frente e assim me da o espaço que faltava pra chegar ao box. Se posiciona em algum lugar atrás do meu corpo onde não posso mais vê-lo.
Antes de continuar meu caminho, levo as minhas mãos na barra do meu vestido e o subo lentamente, conforme as dores do meu corpo vão permitindo. Consigo controlar mais os gemidinhos de dor. Na verdade, eu acho que acostumamos com a dor. Tiro de uma vez aquela peça do meu corpo e por estar sem sutiã, facilita bem o processo, mas tem a cinta envolta da minha cintura. Na verdade, ela circunda toda a extensão da minha barriga até embaixo dos meus seios. Me lembra um espartilho e da mesma forma que a grande maioria dos espartilhos, os seus feixes estão atrás, na região das costas. Antes que precisasse pedir a ajuda do Jaime, eu sinto a presença do seu corpo atrás do meu. Ele abre os feches, um por um, bem devagar. Conforme vai liberando essa compressão do meu corpo, eu sinto as dores aumentarem. Isso dificulta até um pouco a minha respiração. Não demoro pra escutar a voz do Jaime atrás de mim.
Jaime: Não sei se o Dr. Francis te disse, mas você não precisa mais usar isso. – Ele termina de abrir essa faixa e aos poucos a tira de uma vez do meu corpo, cruzando uma das suas mãos pela minha barriga.
Angélica: Mas ameniza tanto a dor. – Eu digo em um tom manhoso. Não queria me livrar dela.
Jaime: Eu imagino, mas ele disse que era pra deixar em você até chegar aqui. – Ele diz de um jeito como se quisesse me confortar.
Angélica: Tá bom! – Eu digo dando breves passos mancos em direção ao box, continuo: Agora sai daqui.
Jaime: Que? Por quê? – Não o vejo, mas só pelo tom da sua voz sei que ta surpreso.
Angélica: Porque não quero que me veja assim. – Consigo finalmente entrar dentro do box.
Jaime: Para de bobeira. Eu vou ficar aqui sim! E toma logo esse banho ou então eu vou aí te dar esse banho. – Eu olho pra ele de dentro do box e o vejo se escorando em uma das paredes perto do box com os seus braços cruzados, me olhando.
Angélica: Tá. Pode pelo menos não ficar olhando? – Ele da uma bufada enquanto revira seus olhos.
Acaba virando o corpo, ficando de costas pra mim. O faz contrariado, mas faz. Balanço a cabeça negativamente com esse jeito mimado dele de ser. Abro o chuveiro e fecho os olhos, sentindo uma sensação maravilhosa com a água tocando na minha pele. Por mais que toda a minha pele esteja doendo e muito nesse momento, eu realmente estava precisando de um banho. E um banho de verdade e não aquelas coisas que chamam de banho em hospital. Na verdade, têm muitos momentos que estão bloqueados na minha cabeça. Que simplesmente não lembro. Enfim. Dou de ombros quando começo a me lavar. Solto gemidinhos de dor que ecoam pelo banheiro com praticamente todos os movimentos que faço.
Jaime: Quer saber, 0foda-se0. – Sou completamente distraída com a sua voz do nada.
(Opcional colocar a música agora. Bom pra chorar, pessoinhas. ) Ele vira seu corpo e caminha determinado em direção ao box. Eu acompanho seus movimentos até entrar com seu corpo e para-lo rente ao meu. Ele fixa seu olhar no meu e antes que eu pudesse dizer-lhe qualquer coisa, inclina seu rosto em direção do meu e assim junta os nossos lábios, e os encaixa. Me beija de uma forma calma e lenta, porém pressiona seu rosto no meu, correspondendo a saudade que eu sentia desse beijo enquanto suas mãos pousam sobre a minha cintura, sem aperta-las, apenas apoiando-as ali. Nossas línguas se enroscam conforme os movimentos com que fazemos com nossos rostos. Apoio minhas mãos nas laterais dos seus braços, matando a saudade imensa que estava desse beijo. Aos poucos ele para o beijo com selinho e eu ainda estou meio sem reação. Volta com o seu rente ao meu, com os seus olhos mareados.
Jaime: Aguentar seus gemidos de dor é muito pra mim, Angélica. Por favor, faz qualquer coisa comigo... Me manda embora, me xinga, me bate, me troca por um ex que te diz coisas bonitas, mas não me deixa escutar isso sendo que eu posso te ajudar. Eu não to suportando mais te ver assim. A culpa que eu sinto por você ficar desse jeito ta me sufocando e o jeito que você me olha por também pensar que eu sou o culpado de ter perdido o nosso filho... – Ele da uma pausa, respirando fundo antes de continuar: Me mata aos poucos. Isso quando você me olha. Porque nem você tem coragem de olhar pra mim. Pode até dizer que não me acha o culpado por isso, mas eu sei que no fundo você pensa assim. Eu me acho culpado. Eu sou o culpado! Sou um puta de um covarde e não tive nem coragem de deitar na mesma cama que a sua por simples vergonha. E digo deitar porque eu não durmo desde sexta feira, porque todas as vezes que fecho os olhos eu lembro do teu corpo no chão no meio daquela rua, enquanto eu tava em pé, andando e acordado, querendo mais do que tudo que fosse ao contrário. Que fosse eu sangrando ali e não você! Eu tenho vergonha de olhar pra sua mãe. Desde que ela chegou ao hospital pra te ver, eu não consigo olhá-la diretamente nos olhos por não ter cuidado de você, por não ter dado um jeito de voar na sua frente pra te proteger e agora não ter que passar por nada disso. Eu juro...Juro que morria ali se você... – Ele não termina sua frase, me olhando firme nos olhos com uma expressão triste: Me perdoa! Me perdoa! Me perdoa! – Ele diz em meio a lágrimas e com a sua voz completamente falha. E eu escuto em meio a lágrimas. Quanta dor.
Autor(a): nani.
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
(Gostei dessa brincadeira, então lá vai mais uma música: Cover Boyce Avenue feat. Hannah Trigwell com The Scientist – Coldplay. Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=9GZc8r-JNBA Lembrando que aviso a hora pra colocá-la.) Eu permaneço na mesma posição com as minhas mãos apoiadas nas ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 14
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martaduarte Postado em 07/06/2015 - 09:38:28
Li e Reli sua fic 04 vezes... linda. Parabéns, perfeita..? Acho que merece uma continuação. Como estaria a vida deles pós matrimonio, filha, carreira?? PENSA COM CARINHO
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flavia1909 Postado em 29/10/2014 - 21:37:39
to viciada*..... ;)
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flavia1909 Postado em 29/10/2014 - 21:37:10
nani por favor nao para de escrever nao......posta mais capitulos pra gente....to viciado nessa fanfic....e nao deixa a angie ficar brava com o jaime nao pelo amor de Deus...e faz a heide se fuder hehehehe...brigadoooo
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angelicamil Postado em 17/10/2014 - 18:29:09
e ai kd vc madame esqueceu da gente hem ? queremos mais por favor nao nos deixe
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yaramoura Postado em 22/09/2014 - 00:06:13
Uaaaal amei esse capítulo. Plis não demore tanto a postar nani bjus
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angelicamil Postado em 07/09/2014 - 22:23:38
gente essa fic é luxo , nota 1000 nao perco uma quero sempre mais parabéns
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iza2500 Postado em 11/08/2014 - 20:06:17
amando essa fic, tão lindo esses dois. tomara que se resolvam logo. postaaaaaa mais!!!!!!!!!
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liluni_cham Postado em 11/08/2014 - 20:03:22
( capitulo 4 ) Ai minha nossa... O Jaime mandando mensagem no cel da angie.. E a coitada da esta com o emocional tao a for da pele q acho que nao vai demorar muito pra ela cair de amores de novo pelo Jaime... Isso e, se esse amor nunca morreu de verdade. Indo para o proximo capitulo
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iza2500 Postado em 11/08/2014 - 00:58:11
Que romantico eles na torre, postaaaa maos!!!!!!
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liluni_cham Postado em 10/08/2014 - 20:46:06
A riqueza de detalhe na estoria esta fabulosa nani.. Eu to tao concentrada na estoria que nao resisto e vou ler e comentar tudo... Eu sou uma apaixonada por fanfics... E quando se trata da feia mais bela entao eu adoro.. E com personagem original do Jaime e da angie ficou bem melhor... Eu sou uma valecamil assumida... E que se dani os outros.. Esses dois tinha que ficar juntos msm.. Mais infelizmente o destino nao quis assim.. Mas ainda bem que existe as fanfics pra poder unir esses dois lindos que eu amo de paixao... A angelica falando "foca Angelica, foca" foi muito engracado kkkkk coitado do oto ficou boiando e nao entendendo nada.. Essas riquezas de detalhes nani na fic e realmente fantastico sabe? Desde uma toalha na cabeca ate um cursar de pernas... Adoro fanfic assim bem escritas que faz com que o leitor se sinta na estoria... Imaginando a cena descrita. Nani porque vc nao coloca parentezes onde tem os nomes dos personagens? E que quando to lendo eu fico confundindo o nome junto com a estoria kkkkkkk desde o cap um eu to meio confusa juntando os dois kkkkkkk ah me tira uma duvida... O oto trabalha com oque? E impresario? Indo pro proximo cap.