Fanfic: Solo Dios Lo Sabe/ Nani. | Tema: A Feia Mais Bela

Maria: Bom, vou deixá-los a sós. Qualquer coisa me chama, meu amor. – Ela vira seu corpo pra mim quando percebe a minha reação ao vê-lo ali. Diz e sai do quarto, movimentando sua cabeça positivamente ao passar pelo corpo dele em forma de cumprimento.

Manny: Vim saber como está! – Ele corresponde ao cumprimento da minha mãe e em seguida direciona sua atenção pra mim.

Angélica: Desculpa perguntar assim... – Agora que presto atenção no quanto fui grossa. Sorrio sem mostrar os dentes, continuando: Não escutei a campainha tocar e confesso que fiquei surpresa.

Manny: Eu gosto de te deixar surpresa, Angie. – Ele decide se aproximar de mim sem deixar de me olhar nos olhos com um sorriso nos lábios.

Angélica: Eu to um pouco sensível com surpresas ultimamente... Não faria muito isso se fosse você. – Sorrio nervosa com a sua aproximação. Correspondo o seu olhar que agora está mais próximo de mim.

Manny: Prometo parar com isso então. – Ele diz levando uma das suas mãos de encontro com a minha quando finalmente para rente ao meu corpo. A direciona pra sua boca e deposita um beijinho nela, abaixando-a em seguida: Afinal, como você está?

Angélica: Eu to bem. – Abaixo um pouco o rosto, não querendo manter por muito tempo esse contato visual tão perto. Aproveito pra pensar sobre isso e continuo: Realmente bem.

Manny: Fico muito feliz, Angélica. – Ele traz sua mão livre em direção do meu rosto e com as pontas dos dedos, segura meu queixo para ergue-lo e dessa forma levantar o meu rosto pra olhá-lo: Fico feliz de verdade.

Angélica: Obrigada, Manny. Todo esse apoio dos meus amigos é muito bom pra mim! – Eu sorrio. Esse apoio realmente me faz bem.

Manny: Tenho que te dizer que o restaurante ta ficando lindo, Angie. – Ele tira aos poucos sua mão do meu queixo e isso me facilita a respondê-lo.

Angélica: É bom ter tocado nesse assunto, Manny. – Dou uma pausa enquanto ele me olha curioso: Eu não sei se vou conseguir voltar pro restaurante tão cedo. – Entorto a minha boca.

Manny: Você não tem que se preocupar com isso, meu anjo. Consigo tomar conta de lá o tempo que for necessário. – Ele começa a acariciar minha mão que ainda segura.

Angélica: Nada disso, Manny. Você deve ter suas coisas em Nova York. Não quero te prejudicar. Mais do que já devo ter prejudicado com essa compra, enfim... – Ele da um outro passo em minha direção, ficando com o corpo mais próximo. Se eu conseguisse andar normalmente com certeza teria dado um passo pra trás.

Manny: Você não me prejudica em nada. Ta sendo um prazer te ajudar. – Mais uma vez leva a minha mão na altura do seu rosto e deposita outro beijinho nela.

Angélica: O Jaime também pode tomar conta disso, Manny. Sério. Não precisa ser você! – Eu forço um pouco a minha mão da mão dele e ele então a solta. Ufa.

Manny: Com certeza o Jaime tem muito mais trabalho do que eu, Angélica. – Ele diz rindo baixo. Mantém seu olhar no meu.

Angélica: Bom, de qualquer forma, eu vou esperar ele aparecer pra dizer o que acha sobre isso. Só não acho justo isso cair nas suas costas agora. – Gesticulo pra disfarçar essa aproximação. Não lembrava dele assim, tão em cima.

Manny: Eu faço o que for pra te ajudar nesse momento. – Ele traz sua mão na altura do meu ombro e coloca um pouco dos meus cabelos pra trás daquela região.

Angélica: Ok. Ok. – Eu digo rápido. Sorrio forçada, continuando: Vou deitar um pouco agora, se não se incomodar.

Manny: Claro que não. Te ajudo. – Ele não espera minha resposta pra se posicionar ao lado do meu corpo com uma das suas mãos apoiadas no final das minhas costas.

Não vou ser grossa. Respiro fundo. Começo a andar ainda manca, mas com menos dores na região do meu tornozelo. Só não podia forçar muito no chão. Mas com certeza não precisava da sua mão no meu corpo guiando meus passos. Ainda mais que eu odeio isso. Gosto de me movimentar sozinha. E ele ta bem perto, andando do meu lado. Enfim. Não vou ser grossa. Ele está apenas ajudando e tê-lo preocupado assim comigo significa muito pra mim. Eu não tinha parado pra pensar sobre o restaurante e como vão ser as coisas de agora em diante. Talvez consiga revolver com ele isso agora. Quase perto da cama sou desconcentrada dos meus pensamentos. 

Jaime: Precisa de ajuda com alguma coisa, Manuel? – Certo. Meu coração batendo forte como se estivesse na boca é um bom sinal que estou viva. É.

Manny: Não, Jaime. Ta tranquilo aqui. – O Manny não vira o corpo e nem o rosto pra olhá-lo. Muito menos tira sua mão de mim. Não vou ser grossa.

Angélica: Manny, ta tudo bem. Eu consigo daqui. Obrigada! – Ele vira seu rosto pra me olhar quando escuta minha voz e seu rosto está realmente próximo junto com o resto do seu corpo.

Manny: De verdade? – Ele mantém seu corpo do meu lado que fica parado com essa entrada do Jaime. É muita coisa pra eu saber lidar ao mesmo tempo. Mancar, controlar a respiração, controlar a dor da costela, prestar atenção no caminho, muito pra mim. Muito.

Jaime: Já escutou, Manuel. – Só agora percebo o corpo do Jaime parado na nossa frente. Ele olha firme em direção do Manny que ainda não o olha.

Angélica: Sim. Obrigada. – Confirmo mais uma vez enquanto movimento positivamente a minha cabeça, sorrindo nervosa.

Manny: Ta bem. – Ele solta aos poucos o meu corpo e assim respiro fundo. Finalmente consigo me movimentar sem ninguém guiar os meus movimentos. Ele acompanha meus movimentos virando seu corpo em minha direção: Mais uma vez, eu quero te ajudar. Não esquece disso.

Angélica: Não vou esquecer. – Vejo de canto de olho o Jaime cruzar os seus braços contra o peitoral. Confesso que to com medo de olhá-lo diretamente.

Manny: Enquanto isso tomo conta do restaurante. Fique tranquila. – Ele não tira seus olhos dos meus enquanto finalmente consigo sentar na cama. Fico com o corpo meio sentado e meio em pé ali.

Angélica: Eu vou conversar com o Jaime sobre isso e aí te dou uma resposta. – Acabo desviando meu olhar pro Jaime por tê-lo citado. Ele não tira seus olhos do Manny, com a mandíbula tensa. Ok. Já sei o que significa.

Manny: Vou esperar sua ligação então. – Ele diz abrindo um sorriso largo nos seus lábios enquanto se aproxima do meu corpo. De novo não. Pra minha surpresa, deposita um beijo rápido no topo da minha cabeça. Volta com o seu corpo e continua: Se cuida, meu anjo.

Angélica: Pode deixar. – Respiro fundo e acabo sorrindo de verdade agora. O Manny vira o seu corpo e caminha pra fora do quarto, mas é parado no meio do caminho pela voz do Jaime.

Jaime: Manuel...- Ao parar o Manny vira o seu corpo com uma expressão curiosa pela voz firme do Jaime chamando pelo seu nome. Logo, ao olhá-lo de frente, continua: Você pode vir visitá-la quantas vezes quiser. Vocês têm suas histórias e eu respeito isso. Mas, quero deixar claro que eu e Angélica estamos juntos. Então, por favor, não volte a entrar assim no quarto dela. Quando a Paula te pedir pra esperar lá embaixo pra saber se ela está pelo menos vestida pra receber alguma visita, você espere. Mesmo que a Paula tenha que atender um telefonema. Espere!

O Manny fecha sua cara conforme escuta o que Jaime lhe diz. Eu acompanho suas expressões e movimentos com o olhar quando decide não responder e simplesmente virar o seu corpo e continuar seu percurso pra fora do quarto. O Jaime permanece na mesma posição, meio de costas pra mim, com os seus braços cruzados até perder o corpo do Manny de vista ao passar pelo corredor e em seguida descer as escadas. Então, ele vira de frente pra mim. Pra minha surpresa, sua expressão é completamente diferente agora. Não pude ver muito bem com qual cara ele disse aquilo pro Manny, mas com certeza não era com essa. Ele sorri sem mostrar os dentes conforme se aproxima mais do meu corpo descruzando seus braços.

Jaime: Como você tá, pequena? – Para com o corpo na minha frente, colocando um pouco do meu cabelo atrás da minha orelha.

Angélica: Eu não sabia que ele tinha feito isso. – Eu digo inclinando meu rosto pra cima pra manter meu olhar no dele. Eu não posso evitar a duvida que to sentindo desse seu jeito.

Jaime: Ta tudo bem. Você estava pelo menos vestida? – Ele não sorria mais, mas também não esta com alguma expressão brava.

Angélica: Sim. Estava. Minha mãe tava aqui comigo. Tinha acabado de me ajudar a ir ao banheiro. – Direciono a minha cabeça em direção ao banheiro.

Jaime: E sobre o que você quer conversar comigo? – Ele está com o seu rosto abaixado pra manter o seu olhar no meu.

Angélica: Ele quer tomar conta do restaurante até que eu... – Ele me corta. Aí está o Jaime que surta ao ver o Manny perto de mim.

Jaime: Eu não quero esse babaca tomando conta do nosso restaurante, Angélica. – Ele gesticula, fechando a sua cara ao tocar nesse assunto.

Angélica: E quem vai tomar conta, Jaime? – Bato de leve minhas mãos ao lado do meu corpo, sobre a cama, pela forma que gesticulo.

Jaime: Eu vou tomar conta. Já te disse isso. – Ele da um pequeno passo pra trás.

Angélica: Pode parar com essa ideia. Você não tem tempo pra isso. E nunca que te pediria uma coisa dessa agora todo ocupado com suas gravações. Não! – O repreendo pelo olhar e pela minha voz firme.

Jaime: Eu vejo alguém então pra tomar conta disso. – Mais uma vez gesticula.

Angélica: Jaime, você não tem tempo! – Digo com uma voz mais calma.

Jaime: Eu não quero ele perto de você, Angélica. – Ele corresponde essa voz.

Angélica: Ele não vai ficar perto de mim. Só vai cuidar enquanto eu me recupero. – Digo com uma voz mais manhosa na tentativa de amolecê-lo. Ele respira fundo. Me conhece o suficiente pra saber a minha intenção.  

Jaime: Você tem noção do quanto tive que me segurar ao vê-lo tão perto e tocando você? Desde aquele dia ele ta com essas palhaçadas. Antes teria a desculpa que não sabe de nós, mas agora não quero mais isso. – Ele diz se aproximando de mim novamente. Leva suas mãos de encontro com o meu pescoço, segurando meu rosto.

Angélica: Confesso que ter se segurado me surpreendeu. – Inclino minha cabeça pela forma que segura meu rosto.

Jaime: Eu tive a pior experiência da minha vida sexta feira. Quero mudar esse meu jeito impulsivo pra resolver as coisas... – Ele faz uma pausa, pensando antes de continuar: Digamos que fiquei só observando. – Sorri.

Angélica: Eu gosto do fato de você me observando. – Correspondo esse sorriso enquanto levo minhas mãos de encontro com as dele em meu pescoço, acariciando-as ali com os polegares.

Jaime: Se você soubesse o quanto eu já fiz isso. Nem que fosse indiretamente por fotos. – Ele me olha sério, mas não consigo manter esse olhar, porque sorrio boba pra ele. É inevitável.

Ele desvia seu olhar pro meu sorriso e só então o corresponde. Abaixa o tronco do seu corpo junto com o seu rosto que o traz rente ao meu até conseguir juntar os nossos sorrisos. Inclino um pouco o meu corpo em direção ao dele, ajudando-o pela minha posição. Sinto sua língua entrar pela minha boca e assim iniciar um beijo calmo. Correspondo levando a minha língua de encontro com a dele enquanto as minhas mãos deslizam pelos seus braços até deixar apoiá-las sobre os seus ombros. Ele mantém suas mãos na altura do meu pescoço ora fazendo certos carinhos pelas minhas bochechas com os polegares. Aos poucos paro o beijo até soltar nossos lábios, mas continua com o rosto rente ao meu. Olho-o nos olhos.

Angélica: Então, posso dizer pro Manny tomar conta do restaurante? – Digo com um sorriso em meus lábios. To voltando a essa fase de ficar sorrindo pra ele.