Fanfic: Solo Dios Lo Sabe/ Nani. | Tema: A Feia Mais Bela
Saio da sala de embarque puxando a minha mala de rodinhas com uma das mãos e com a minha bolsa junto ao meu corpo, apoiada no outro braço. Ando com uma certa rapidez em direção ao saguão principal do aeroporto do México. Não estava mais em LA e aqui costumo ser mais famosa. Aliás, faz tanto tempo que não apareço pela televisão daqui que não sei mais se ainda me reconhecem. Por mais triste que seja esse pensamento, acabo sorrindo. Esse sorriso se alarga completamente ao chegar no saguão e ver seu corpo.
Angélica: Que...? Mamãe? – Rapidamente ela se aproxima de mim. Com seus saltos batendo firmes no chão e com aquele andar todo ligeiro que tem... Nossa! Como a amo. Como é boa essa sensação dentro do peito de ver alguém que ama tanto. E realmente o tempo não passa nunca pra minha mãe. Ela está linda. Com esse cabelo curtinho na altura das orelhas, tipo “ chanel”. Com um dos seus vestidos soltinhos até embaixo dos joelhos. Seus óculos não me deixaram perceber de longe, mas ao se aproximar, estava ligeiramente maquiada. Linda. Linda. Linda.
Solto a minha mala e abro os braços para receber o corpo da minha mãe. Ela passa seus braços pela minha cintura e aperta firme suas mãos em minhas costas. Faço o mesmo com ela pela altura dos seus ombros. A aperto bem firme e contra meu corpo. Queria espremê-la ali. Acabo soltando uma risada baixa com esse pensamento e logo escuto a sua risada também... Que sensação maravilhosa!
Angélica: Mãe! O que está fazendo aqui? Está muito tarde. – Não consigo parar de soltar risadinhas enquanto nos soltamos e assim ficamos com o rosto frente a frente. Ela leva uma das suas mãos na altura do meu rosto e ali alisa minha bochecha com a palma macia da sua mão.
Maria: Gostou da surpresa, minha filha? Não perderia a oportunidade de vir te buscar, meu amor. – Agora ela coloca sua outra mão na altura da minha cabeça e segura meu rosto o puxando para si. Me enche de beijos em minha bochecha o que me faz rir mais ainda enquanto a respondo.
Angélica: Mãe, a gente ta no meio do aeroporto! – Ela começa a rir e aos poucos vai parando com sua crise de beijos. Desce suas mãos pros meus ombros e dali continua descendo pros meus braços. Decide então observar meu corpo, parando com o seu olhar em meus pés e voltando até a minha cabeça.
Maria: Mas como você ta maravilhosa, meu amor. Esse casamento, LA, vida nova... Estão te fazendo muito bem! – Estou começando a acreditar nisso. Ela é a segunda pessoa nessa semana que me diz exatamente a mesma coisa... Agora não é hora de pensar nele, Angélica. Pelo amor. Sua mãe. Foca...
Angélica: E você ta mais que maravilhosa. Eu to aqui toda descabelada, vestindo qualquer coisa e você vem desse jeito me buscar. Linda, mamãe. Como sempre! – Aproximo rapidamente meu rosto do dela e deposito um breve beijo em sua testa, afastando meu rosto em seguida. Ela estava sorrindo.
Maria: Você é linda de qualquer jeito, filha! Mas, vamos... Tenho tanta coisa pra te contar. Minha amiga Sophia me ligou hoje de manhã, disse que... – E foi assim que saímos do Aeroporto. Puxando a minha mala com uma das minhas mãos novamente, só que agora com meu braço livre abraçando minha mãe enquanto caminhamos juntas e grudadas pra saída. Ela continuou contando as historias que essa tal de amiga Sophia contou pra ela e confesso que por alguns instantes me distrai... Estou no México! Não acredito. Pode não parecer, mas só o fato de poder falar a minha língua com qualquer pessoa, já é algo maravilhoso e que morria de saudade. Aliás, eu morria de saudade de tudo. Das pessoas, do clima, da correria da cidade. Tudo! A decisão de reprisar a novela está significando muito mais do que eu poderia imaginar. Ter essa possibilidade de viajar pra cá justo nesse momento “intenso” que estou passando em casa, já vale muito a pena para mim. Mesmo que seja apenas dois dias. Poder pensar e tentar clarear as coisas vão me ajudar muito pra quando eu tiver que voltar. Além do mais, vou ter os conselhos da minha mãe. E isso me faz muita falta! Viro o meu rosto e então a observo contar suas histórias. Claro, minha mãe não me dava muitas oportunidades de responder e também eu não estava entendendo muito bem sobre o que ela tava falando. Era tantas informações que queria me contar que eu não tava dando conta de acompanhar... Nossa. Como a amo! Como sentia sua falta.
Conseguimos chegar à casa da minha mãe sem muitos transtornos. No caminho ela me explica que essa homenagem para a novela está tendo uma repercussão muito grande no México. Estavam todos ansiosos para a reprise, mas principalmente para a homenagem. Os sites, jornais, programas de televisão não viam a hora de ter alguma imagem do elenco reunido novamente. Principalmente os de fofoca. Ela deixou claro que os boatos voltaram. E isso já me fez sentir o estomago embrulhado. Não quero pensar nele agora. Muito menos nas coisas que saiam ao meu respeito... Não hoje, por favor... Nunca agradeci tanto de ter chegado à casa da minha mãe. Com isso, evitaria estes pensamentos.
O motorista espera por alguns instantes o grande portão eletrônico abrir para que entrasse com o carro. Aproveito pra observar a casa que fazia tempo que não via. As paredes são altas e claras com portões escuros que escondem a casa. Minha mãe sempre teve medo dos curiosos desagradáveis que não sabem respeitar sua privacidade. Por isso, sempre me lembro das minhas casas com paredes dessa forma. Jorge, o motorista, anda com o carro agora lentamente pelo caminho que da acesso a entrada principal. Ele para o carro e saio seguido da minha mãe. Nos ajuda com a mala, já entrando pela porta, seguido da minha mãe atrás dele. Eu fico ali fora. Quando sai do México era aqui que morava. Junto com a minha mãe e seus infinitos empregados. Com as paredes claras, as janelas de vidro compridas com o contorno em ferro escuro dava um contraste interessante. As escadas iniciais eram do mesmo tom do ferro que estaria presente em todos os detalhes externos da casa. Decido então caminhar em direção a essas escadas. As subo passando pela porta principal que minha mãe deixara aberta. A fecho atrás de mim e solto um suspiro longo ao perceber que tudo continuava igualzinho.
A porta principal da acesso a uma grande sala. As paredes também são claras e diferentemente dos detalhes externos que são escuros, por dentro, esses detalhes e contornos das janelas são claros. Da mesma cor da parede. Ela é redonda, com uma extensa janela que toma o comprimento de uma meia circunferência, saindo do teto e vai até o chão. Uma cortina marrom bem clara e bem fina contrasta com as cores dos móveis e da parede. Com um sofá grande e claro, que acompanha o contorno da sala, fica de frente pra essa janela, enquanto algumas poltronas menores ficam de frente para esse sofá, de costa para a janela. Ambos os sofás circundam uma mesa ao centro com base e tampa de vidro. Muitos quadros e retratos enfeitam a sala. Aqui também sempre ficou reservado para as visitas, para um encontro com amigos. Logo minha mãe me tira do meu momento nostálgico ao surgir em minha frente. Acabo levando um susto. Ela ri.
Maria: Ta tudo bem, meu amor? – Abro um sorriso ao me tranquilizar, olhando-a nos olhos.
Angélica: Sim, mãe. Estou bem! Só estava aqui matando um pouco da saudade dessa sala. – Por alguns instantes desvio meu olhar do dela e percorro toda a sala. Minha mãe me responde sem tirar o sorriso do seu rosto.
Maria: Está com fome, vida? Posso pedir para Ana preparar alguma coisa pra você. – Ela cuidadosamente coloca uma das minhas mãos na lateral da minha cabeça e acompanha o comprimento do meu cabelo com a palma da mão, fazendo seu carinho. Isso me faz sorrir.
Angélica: Não, mãe. Sinceramente não estou com fome. E já são quase 1:00. Ela já deve estar dormindo! Vamos fazer assim... Eu vou descansar agora e amanha acordo bem cedo para conversarmos, tudo bem? Estou cansada. Sabe como viagem e fusos horários mexem comigo. – Esboço um breve biquinho no meu lábio inferior e isso faz a minha mãe soltar uma risada. Correspondo ao seu riso e em seguida sou surpreendida por um abraço rápido que termina com um beijo demorado na minha bochecha.
Maria: Claro, meu amor. Mas não se preocupe, descanse a amanhã acorde a hora que quiser. Faça desses dois dias um descanso de tudo. E de todos... – Ela deixa essa frase no ar um pouco subentendida e antes que pudesse questiona-la, ela continua: Vem, vamos pro seu quarto. Jorge já deixou sua mala lá. – Ela então afasta um pouco o seu corpo do meu e segura a minha mão, me puxando pelo caminho até meu quarto. Não quis questiona-la sobre o que disse. Deixei pra lá.
Passamos por toda a extensão da sala principal e entramos na sala de jantar. Não tem muita coisa. Uma mesa grande de madeira e retangular com sua respectivas cadeiras estão posicionada no centro dessa sala com um lustre sobre ela. Agora com uma extensão menor, uma janela de vidro também sai do teto até o chão com uma cortina marrom mais escura e mais grossa. Em uma das paredes, há um quadro de um dos pintores que a minha mãe gosta. Na saída dessa sala têm-se a opção de duas portas. Uma que no interior é a cozinha e a outra que entramos que da acesso ao corredor principal da casa. No corredor, ligado a ele sem portas, tem a sala de televisão. Não quis prestar atenção se ainda continuava tudo do mesmo jeito. Realmente estava cansada. Então, segui o caminho até meu quarto. Passamos por mais algumas portas pelo caminho até chegar a minha, que era do lado do da minha mãe no final do corredor. Toda extensão do corredor tinha fotos mais intimas da família pela parede.
Entramos e novamente não consigo evitar e solto um suspiro longo ao encontrar meu quarto do jeito que deixei ao ir embora. Ao entrar, dá-se de cara com uma das laterais da minha cama de casal que está bem no centro que é acompanhada com criados mudos nos dois lados. No outro lado da cama, ou seja, no fundo do quarto, tem uma janela em formato de retângulo que da mesma forma que as outras janelas, é de vidro que sai do teto e vai até o chão, com uma cortina escura que acompanha toda a extensão dela.Ao abri-la, da direto ao quintal do fundo da casa. Seguindo o estilo de toda a casa internamente, as paredes são claras com os detalhes e contornos das janelas também claros. Em frente a minha cama tem uma televisão agora suspensa na parede e com a porta do banheiro ao lado dela. Seguindo ao lado dessa porta, começa meu armário que faz o contorno restante do quarto até chegar próximo a porta que estávamos. Dou alguns passos pra dentro, passando pela porta, quando a minha mãe solta a minha mão. Logo escuto sua voz.
Maria: Bom, você levou praticamente todas as suas coisas embora, por isso está com essa sensação de vazio aqui dentro. Você sabe que pode dormir comigo se quiser, não sabe? – Olho pra minha mãe com uma cara espantada e solto uma risada alta... Como assim dormir com ela? Minha mãe realmente tem problemas em admitir que já sou uma mulher. Eu entendo que está tudo vazio. Levei meus enfeites, meus quadros, fotos... Tudo. Mas aqui é onde me sinto em casa. É meu quarto! Tem sensação melhor do que chegar ao seu quarto?... Aproximo-me dela e a beijo na bochecha, parando de rir.
Angélica: Para de se preocupar comigo, mamãe. Está tudo perfeito. Pode acreditar! Agora vai você também descansar porque está muito tarde. – Ela sorri daquele jeito terno e confortante que só ela sabe fazer.
Maria: Então ta, querida! Se precisar de alguma coisa sabe onde fica tudo, certo? Vou estar aqui do lado. Me chame caso não ache alguma coisa. Vou deixar você descansar. Amanha conversamos, sim? Dorme bem, meu anjo. Te amo. – Assim nos despedidos. Claro que antes de deixá-la sair eu a abracei bem forte novamente.
Ao fechar a porta e me deixar sozinha, viro meu corpo e carrego a minha mala até um dos bancos almofadados que ficam ao pé. Rapidamente acho minha camisola. Não pretendia guardar as roupas no guarda roupa. Alem da preguiça de fazer isso, iria ficar poucos dias e não trouxe muitas roupas que amassam com facilidade. Ao terminar de me trocar pulo na cama. Realmente precisava dormir. E foi o que fiz. Claro que demorei, pois estava ansiosa para o dia de amanhã. Passarei o dia todo conversando com a minha mãe, aproveitando a sua companhia. Depois de noite teremos a homenagem. Verei pessoas que morro de saudade. Pessoas que nem sei mais o que fazem, onde moram, e antes eram tão próximas a mim. E claro, verei o Jaime.
Autor(a): nani.
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Dou uma suspirada longa com o nariz antes que abrisse os olhos. Pisco lentamente e recordo que estou na minha cama no México. Isso me faz abrir um sorriso largo nos lábios. Acostumo aos poucos com a claridade que passa entre os vãos da porta e da cortina. Viro meu rosto em direção a janela e observo um relógio de ponteiro sobre o cri ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 14
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martaduarte Postado em 07/06/2015 - 09:38:28
Li e Reli sua fic 04 vezes... linda. Parabéns, perfeita..? Acho que merece uma continuação. Como estaria a vida deles pós matrimonio, filha, carreira?? PENSA COM CARINHO
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flavia1909 Postado em 29/10/2014 - 21:37:39
to viciada*..... ;)
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flavia1909 Postado em 29/10/2014 - 21:37:10
nani por favor nao para de escrever nao......posta mais capitulos pra gente....to viciado nessa fanfic....e nao deixa a angie ficar brava com o jaime nao pelo amor de Deus...e faz a heide se fuder hehehehe...brigadoooo
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angelicamil Postado em 17/10/2014 - 18:29:09
e ai kd vc madame esqueceu da gente hem ? queremos mais por favor nao nos deixe
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yaramoura Postado em 22/09/2014 - 00:06:13
Uaaaal amei esse capítulo. Plis não demore tanto a postar nani bjus
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angelicamil Postado em 07/09/2014 - 22:23:38
gente essa fic é luxo , nota 1000 nao perco uma quero sempre mais parabéns
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iza2500 Postado em 11/08/2014 - 20:06:17
amando essa fic, tão lindo esses dois. tomara que se resolvam logo. postaaaaaa mais!!!!!!!!!
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liluni_cham Postado em 11/08/2014 - 20:03:22
( capitulo 4 ) Ai minha nossa... O Jaime mandando mensagem no cel da angie.. E a coitada da esta com o emocional tao a for da pele q acho que nao vai demorar muito pra ela cair de amores de novo pelo Jaime... Isso e, se esse amor nunca morreu de verdade. Indo para o proximo capitulo
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iza2500 Postado em 11/08/2014 - 00:58:11
Que romantico eles na torre, postaaaa maos!!!!!!
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liluni_cham Postado em 10/08/2014 - 20:46:06
A riqueza de detalhe na estoria esta fabulosa nani.. Eu to tao concentrada na estoria que nao resisto e vou ler e comentar tudo... Eu sou uma apaixonada por fanfics... E quando se trata da feia mais bela entao eu adoro.. E com personagem original do Jaime e da angie ficou bem melhor... Eu sou uma valecamil assumida... E que se dani os outros.. Esses dois tinha que ficar juntos msm.. Mais infelizmente o destino nao quis assim.. Mas ainda bem que existe as fanfics pra poder unir esses dois lindos que eu amo de paixao... A angelica falando "foca Angelica, foca" foi muito engracado kkkkk coitado do oto ficou boiando e nao entendendo nada.. Essas riquezas de detalhes nani na fic e realmente fantastico sabe? Desde uma toalha na cabeca ate um cursar de pernas... Adoro fanfic assim bem escritas que faz com que o leitor se sinta na estoria... Imaginando a cena descrita. Nani porque vc nao coloca parentezes onde tem os nomes dos personagens? E que quando to lendo eu fico confundindo o nome junto com a estoria kkkkkkk desde o cap um eu to meio confusa juntando os dois kkkkkkk ah me tira uma duvida... O oto trabalha com oque? E impresario? Indo pro proximo cap.