Fanfic: Aqui estaré | Tema: ValeCamil

De repente Heidi apareceu.

Heidi: Meu amor – deu um selinho nele e o abraçou – Angélica resolveu nosso problema com as fãs de um jeito genial – completou. Abaixei a cabeça, limpei as lágrimas dos meus olhos e sorri pra ela.

Angie: Não foi nada, como sempre eu quis ajudar – voltei a encará-lo.

Jaime: Heidi me espera no carro por favor, só vou me despedir da Angie e já vou pra lá – disse me olhando nos olhos. Ela tentou impedir mas ele a olhou feio, fazendo ela ir em seguida.

Angie: Então ta Jaime foi um PRAZER ajuda-lo novamente mas tenho coisas a fazer – me virei pra subir as escadas quando ele me segurou pelo braço e me virou de frente – Eu não tenho mais nada pra falar com você, eu já fiz o que você queria não está satisfeito? – me soltei dele e voltei a encara-lo.

Jaime: Angie eu queria te explicar como tudo aconteceu, porque eu me ausentei por tanto tempo, eu só...

Angie: Isso já não me interessa – o interrompi – eu não sinto mais sua falta, você não significa mais NADA NA MINHA VIDA – senti as lágrimas descerem pelo meu rosto e desviei o olhar do dele.

Jaime: Eu sei que fiz as coisas erradas, sempre faço tudo errado mas você precisa me ouvir, teve um motivo pra isso – ele voltou a segurar meus braços.

Angie: Já não me importa seus motivos...como você tem a cara de pau de vir na minha casa depois de tanto tempo me pedir um favor, me pedir ajuda com SEUS PROBLEMAS?  Sumiu sem se importar comigo, ou com a sua afilhada, não fez questão de mostrar interesse em se aproximar da minha filha em nenhum momento e agora você vem aqui como se os seus problemas fossem mais importantes que os meus – nesse momento eu já chorava copiosamente, sentia uma dor profunda em meu peito, um magoa imensa que eu nunca pensei que um dia fosse sentir por alguém e ainda mais por ele.

Jaime: Não foi assim, eu sempre fiz questão de mandar presentes pra Angéliquita, nunca a esqueci Angie – ele me encarava. Eu ri ironicamente.

Angie: Pelo amor de Deus e do que adianta tudo aquilo se você não estava lá pra ver o sorriso dela ao ganhar? Pra ver a alegria dela ao abrir? Seria muito melhor se você não desse nada e estivesse presente, se participasse da vida dela. O seu “presente” perdeu o valor quando você desapareceu sem nem ao menos se importar – ele prestava atenção em tudo que eu dizia, me olhava nos olhos como se sentisse tudo o que estava falando, eu não queria fraquejar...eu não podia. Foi quando a coisa mais inesperada aconteceu, as lágrimas começaram a rolar pelo seu rosto.

Jc

Sentia cada palavra que ela me dizia, meu corpo todo doía de um jeito que eu não podia explicar, como se tivesse acabado de levar a maior surra da minha vida. Já fazia um tempo que tentava me controlar mas não aguentei, acabei chorando ali na frente dela mesmo e não me importava mais nada. Eu queria tanto que ela acreditasse em mim, queria que ela me deixasse explicar o que tinha me levado a isso, mas não...ela não me deixaria falar e ela tava certa, afinal que moral eu tinha agora?

Jaime: Me desculpa...você está certa – disse com a voz falha. Angie me olhou como se não pudesse acreditar no que eu estava dizendo, então eu a olhei nos olhos e continuei – eu fui um idiota com você e mereço que me odeie pro resto da vida – coloquei uma das minhas mãos em seu rosto e o acariciei com a ponta dos dedos – eu só quero que você saiba que eu nunca deixei de pensar em você em nenhum minuto e que por mais que tenha me ausentado, você estava presente no meu coração – fui aproximando meus lábios dos dela, sentia que ela estava cedendo pouco a pouco. Meu coração voltou a bater forte novamente, olhei pra sua boca por um segundo e voltei novamente meu olhar pro dela. Quando finalmente nossos lábios se encontraram, escutamos o barulho da porta abrir e nos afastamos bruscamente.

Heidi: Amor porque ta demorando tanto? – perguntou entrando novamente na casa. Limpei meu rosto, Angie abaixou a cabeça e me virei pra ver Heidi.

Jaime: Já estou indo – falei ainda meio em transe com o que quase tinha acontecido.

Angie: É...como sempre. Boa noite – subiu rápido as escadas sem que eu pudesse falar mais nada. Heidi me puxou pra fora da casa e eu entrei no carro ainda meio zonzo.

Heidi: Posso saber porque demorou tanto? – perguntou desconfiada.

Jaime: Nada, estávamos falando da Angeliquita – respondi, sem tirar os olhos do volante. Liguei o carro, dei partida e agradeci a Deus por Heidi não ter insistido mais no assunto. 

Av

Cheguei no quarto meio tonta com tudo que tinha acontecido. Fechei a porta, encostei nela e voltei a chorar, como eu era frágil quando se tratava dele, me deixei levar pelas suas palavras bonitas mais uma vez e quase o beijei...quase nos beijamos. Isso não podia acontecer, não podia fazer isso com Otto, ele não merecia que eu o traísse. Pela primeira vez agradeço a Deus por Heidi aparecer nos lembrando da nossa real situação, nos lembrando das nossas famílias...

Angie: Meu filho – coloquei uma das mãos sobre minha barriga e acariciei. Eu não sou mais a mesma jovem de antes, tenho responsabilidades não posso agir como uma adolescente. Caminho até a cama e ao sentar respiro fundo e passo as mãos pelo meu rosto. Não posso ficar chorando por ele pelo resto da vida, agora eu tenho um marido que me ama, tenho uma família maravilhosa que merece todo meu carinho. Saiu dos meus pensamentos quando ouço a porta do meu quarto abrir, era Maria.

Maria: Senhora está tudo bem? – se preocupou ao ver meu estado.

Angie: Está tudo bem Maria, não se preocupe eu só to precisando descansar – forcei um sorriso.

Maria: Me desculpe pelo que eu vou lhe dizer mas...eu ouvi os gritos que vinham da sala – me olhou envergonhada.

Angie: Ah! Ouviu...rs

Maria: Era ele não é senhora? Sabe...o amigo que a senhora falou outro dia – perguntou meio receosa.

Angie: É era sim – levei a mão até a cabeça, estava com muita dor de tanto chorar.

Maria: Eu não sei o que aconteceu mas ele parecia bem arrependido – falou se sentando ao meu lado.

Angie: É que você não o conhece, ele faz de tudo pra conseguir o que ele quer – respondi ainda sem encara-la.

Maria: É que eu nunca tinha visto um homem daquele, chorar feito um bebê – disse pensativa.

Angie: Ele é ator, só estava fazendo bem o seu papel – dei uma risada irônica.

Maria: E ele conseguiu o que queria? – voltou a me olhar.

Angie: Sim – finalmente a encarei – e sabe? Essa é a única coisa que me deixa tranquila, saber que ele não vai mais me procurar – balancei a cabeça em afirmativa.

Jc

Fomos todo o caminho em silêncio, Heidi não se pronunciou mais sobre Angie. Estranhava sua atitude ter mudado referente a ela, o que será que elas tinham conversado? O que Angie tinha feito? Estacionei o carro na garagem e saímos, sentia que ela me observava e que queria me perguntar algo mas ela me conhecia e sabia que eu não queria falar sobre isso. Elena nos viu chegar e veio correndo me dar um abraço, a apertei com todas as forças contra o meu corpo, minha filha era a única pessoa que podia me dar um pouco de conforto naquele momento. Heidi deu um beijo em Elena e um selinho em mim.

Heidi: Vou tomar um banho – sorriu pra mim. Nunca a tinha visto tão animada como naquele momento.

Jaime: Está bem, eu fico com a Elena – respondi dando um beijo na testa da minha filha. Ela mandou beijo pra nós dois e logo entrou.

Elena: Papai vamos brincar? – perguntou animada. Eu sorri pra ela, confirmei com a cabeça e a levei até o quarto dela. Elena começou a pegar todos os seus brinquedos, desde os seus joguinhos até seus bonecos da Disney que ela tanto amava. Brincamos muito e eu pude me distrair um pouco, ela foi se cansando e pediu pra vermos um filme então coloquei Nemo pois Elena sempre foi apaixonada pelo fundo do mar, por isso esse era seu filme favorito. Me deitei com ela na cama e eu sorria ao vê-la fazer caras e bocas assistindo ao filme, era impressionante o amor tão grande que eu sentia por aquele ser tão pequeno, ela era a pessoa mais importante na minha vida agora e eu fazia qualquer coisa por ela e pra ela. Logo ela pegou no sono e minha realidade voltou a me atormentar, peguei meu celular e vi o que Angie tinha feito por mim no twitter e só dei RT para reforçar o que ela estava dizendo, pelo menos pra alguma coisa aquilo tudo tinha que servir. Comecei a lembrar do que aconteceu aquela noite...a visita a casa da Angie, a discussão...eu não tinha ideia de que tinha feito tão mal pra ela assim, me sentia um desgraçado por ter a abandonado e voltado como se nada tivesse acontecido.

Flashback

Jaime: Me desculpa...você está certa – disse com a voz falha. Angie me olhou como se não pudesse acreditar no que eu estava dizendo, então eu a olhei nos olhos e continuei – eu fui um idiota com você e mereço que me odeie pro resto da vida – coloquei uma das minhas mãos em seu rosto e o acariciei com a ponta dos dedos – eu só quero que você saiba que eu nunca deixei de pensar em você em nenhum minuto e que por mais que tenha me ausentado, você estava presente no meu coração – fui aproximando meus lábios dos dela, sentia que ela estava cedendo pouco a pouco. Meu coração voltou a bater forte novamente, olhei pra sua boca por um segundo e voltei novamente meu olhar pro dela. Quando finalmente nossos lábios se encontraram, escutamos o barulho da porta abrir e nos afastamos bruscamente.

Jaime: Já estou indo – falei ainda meio em transe com o que quase tinha acontecido.

Angie: É....como sempre. Boa noite – subiu rápido as escadas sem que eu pudesse falar mais nada.

Fim do Flashback

Senti as lágrimas descerem novamente pelo meu rosto, só Deus sabe como estava doendo tudo aquilo, como eu gostaria de voltar no tempo. Estava tão longe que nem percebi que Elena tinha acordado.

Elena: Papai ta triste? – veio até a mim.

Jaime: Um pouquinho meu amor – eu sorri pra ela e beijei sua testa.

Elena: Não fica triste não, eu te muito ta? – limpou as lagrimas do meu rosto e me deu um beijo na bochecha. A abracei forte e ficamos assim durante um tempo e então pegamos no sono.