Fanfic: Aqui estaré | Tema: ValeCamil

Ana: Só que...- ia dizendo, quando Heidi a lançou um olhar fulminante, com medo preferiu ficar calada sobre isso e continuou falando – quero dizer...nada tudo como sempre senhor. Se me permitem, agora vou pro meu quarto descansar – completou, Jaime assentiu e ela saiu em seguida.

Heidi: Meu amor tenho uma surpresa pra você vem – segurou as mãos dele e foi o levando para o quarto. La ela o sentou na cama e abriu seu hobby, Jaime que não estava de animo pra aquilo, apenas fingiu um sorriso. Heidi já estava acostumada com a reação dele mas dessa vez não deixaria passar a oportunidade de fazer amor. Foi pra cima dele com tudo, sentou em seu colo e tirou sua camisa com pressa. Por um momento Jaime se deixou levar por aqueles beijos e caricias, ele é homem e fazia tempo que não estava com ninguém, nem mesmo com Heidi, as mãos dele percorriam todo o corpo dela enquanto ela dava mordidinhas pelo seu pescoço. Estava tudo indo como ela queria, nem acreditava que finalmente faria amor com ele outra vez depois de tanto tempo. Quando ela finalmente foi beija-lo, ele deu um pulo da cama jogando Heidi pro lado.

Heidi: O que aconteceu meu amor? – olhava confusa pra ele. Jaime não sabia o que fazer ou o que dizer, só saiu dali correndo e se trancou no banheiro, deixando uma Heidi frustrada em cima da cama.

JC

Comecei a andar de um lado para o outro dentro banheiro, enquanto Heidi gritava lá de fora perguntando o que tinha acontecido comigo e se eu estava bem. A verdade é que nem em sonho podia dizer o que tinha acontecido se não quisesse começar uma discussão sem fim com ela. Fui até a pia e comecei a lavar o rosto sem parar.

Jaime: Porque isso ta me acontecendo de novo? Já faz tanto tempo – pensei em voz alta me olhando no espelho. Respirei fundo e tentei procurar uma resposta convincente sobre isso – com certeza é porque eu fiquei pensando na ligação hoje e porque falei com o Agustín sobre isso é claro...pois que tonto eu sou – completei. Mesmo assim sabia que no fundo não era isso, sabia que todos esses anos eu estava me enganando em pensar que tinha a esquecido, que minha vida tinha seguido. É claro que o fato de não tocarem mais no assunto dela me ajudou muito todo esse tempo, mas com a volta da novela tudo voltou a me atormentar, sabia exatamente foto por foto em que me marcavam com ela e vê-las me fazia lembrar das histórias por trás de cada uma. Quando fui ao Brasil e me perguntaram sobre ela fiquei tão nervoso que acabei falando de e-mails que as fãs me enviavam dizendo que eu deveria ser casado com ela e a verdade é que tudo que eu disse ali era a mais profunda e absoluta mentira, ninguém me incomodava mais com o fato de eu não ter casado com a Angie pelo contrário, a maioria dos meus fãs aceitavam meu casamento com a Heidi e me apoiavam. Não pude evitar rir depois que sai dali pro camarim “será que eu quem me acho besta?” pensei. Não podia dizer o quanto ela significava pra mim num programa onde milhares de fãs assistiriam, além disso tinha a Heidi que ao assistir viria pra cima de mim e iniciaríamos novamente uma discussão. Agora pensando nisso percebo que a maioria das vezes as nossas conversas acabavam em discussão, e como eu sempre me regulava pra evita-las. A verdade é que não esqueço como conheci a Angie quando éramos crianças e o jeito animado que eu fui contar para minha mãe por telefone.

Flashback

Eu estava sentado sozinho em um parque perto da minha casa, pensando na relação dos meus pais mais uma vez. Me doía muito vê-los separados e pensar que cresceria longe da minha mãe por isso, então ao invés de brincar como uma criança normal estava sempre meio cabisbaixo por ai. De repente vi uma menina vindo em minha direção, ela parecia bem tímida no começo.

Angie: Oi – sorriu tímida.

Jaime: Oi – disse meio triste.

Angie: Porque você ta triste? – me olhava curiosa.

Jaime: Meus pais se separaram – abaixei a cabeça.

Angie: Ai menino, isso é normal...acontece com todos nós – disse sabida.

Jaime: Com todos nós quem? – olhei pra ela confuso.

Angie: Ué com as crianças, não somos cachorrinhos ou somos? – ela riu me fazendo rir também.

Jaime: É que minha mãe ficou lá no Rio de Janeiro– voltei a ficar triste.

Angie: Puxa! E o que é Rio de Janeiro? – perguntou voltando a ficar curiosa.

Jaime: É uma cidade brasileira – respondi.

Angie: Uau e isso fica muito longe?

Jaime: Um pouquinho mas é muito bonito, tem muitas praias e tem umas montanhas assim grandonas que chamam de corco..corcovado  – respondi, mostrando com as mãos o tamanho.

Angie: Caramba que lindo! Você é muito inteligente, eu nem sabia que existia um lugar assim – me olhou fascinada com o que eu contava.

Jaime: Sim existe e minha mãe mora lá de frente pra praia – falei, balançando a cabeça em afirmativa.

Angie: Que legaaal! Ei qual é seu nome? – perguntou, sorrindo.

Jaime: Jaime e o seu? – sorri.

Angie: Angélica, mas como minha mamãe também se chama assim, me chamam de Angeliquita, mas eu prefiro Angie sabe Jaime?

Jaime: Sei, então está bem Angie é mais legal mesmo – dei de ombros.

Angie: Sabe Jaime, não fica triste pela sua mãe não. Um dia minha mamãe me disse que o amor de mãe e filho nunca acaba e não importa onde estiver sua mãe vai sempre te amar muito, mesmo que seu pai e ela não estejam mais juntos. – me olhava carinhosamente.

Jaime: Isso é sério?

Angie: Sim porque quem me disse foi a minha mãe e ela é muito inteligente, então é verdade – sorriu. Eu sorri pra ela e ficamos um tempo em silêncio, então ela resolveu falar de novo – Você quer ir brincar um pouco na minha casa?

Jaime: Sim mas eu não gosto de brincar de boneca viu?

Angie: Ai que tonto, a gente brinca de bola ué – começou a rir.

Jaime: Está bem, só tenho que avisar meu pai primeiro – ela concordou e fomos até minha casa, para minha surpresa meu pai já a conhecia e conhecia também sua mãe, então não foi difícil conseguir permissão. Passamos o caminho todo conversando e rindo muito, parecíamos amigos de muito tempo. Chegando lá sua mãe me cumprimentou e eu sorri, ela fez biscoitos e levou com leite pra gente no quarto.

Jaime: Sua mãe é muito legal Angie – disse enquanto dava uma mordida no meu biscoito.

Angie: Se você quiser eu te empresto ela um pouquinho assim você não fica triste – disse espontaneamente e sorriu em seguida. Eu balancei a cabeça em afirmativa e depois de comer voltamos a brincar, nem vimos a hora passar e quando percebemos já estava de noite e eu tinha que ir. Quando eu estava a caminho do portão ela me gritou fazendo eu virar.

Angie: Quando você for ver sua mãe, você me leva pra conhecer esse tal de corcovado? – perguntou da porta dela, eu gritei um “sim” de volta, ela me deu tchau e entrou em sua casa feliz. Lembro de ter ficado a observando um tempo e depois ir embora. E depois desse dia nunca mais fiquei parado no parque sozinho pensando na minha mãe, Angie estava certa e sempre que eu sentisse saudade poderia falar no telefone com ela e ela estaria lá sempre feliz em me atender. Depois de alguns dias liguei pra minha mãe, que ficou muito contente em ouvir minha voz e adivinha qual foi o assunto?

Jaime: Mamãe eu fiz uma amiga, ela é muito legal, o nome dela é Angélica mas como a mãe dela se chama assim ela... – e nesse dia passei horas e horas contando tudo o que Angie tinha me dito e minha mãe só confirmou o que ela disse, não importava onde ela estivesse ela sempre me amaria.

Fim do Flashback