Fanfic: Sempre Soube | Tema: A Feia Mais Bela, Angelica Vale, Jaime Camil, Valecamil

Angelica’s POV:

Sim, tenho que admitir que achei estranho esse convite do Jaime. Talvez porque por mais que sejamos muito “amigos”, e ele ser o padrinho da minha filha, a gente tinha decidido manter uma certa distancia, que seria bom para ambos.

Porque essa aproximação, novamente, logo agora? Fiquei perdida nos meus pensamentos, e sim, estava ansiosa, talvez mais do que deveria. Sendo assim, segui pro meu quarto pra avisar Otto.

– Amor? – ele se encontrava deitado na cama vendo algo na tv

– Sim – virou em minha direção

– Marquei mais tarde de nós encontrarmos com o Jaime, Heidi e Elena. Tudo bem pra você? – falei me aproximando

– Sem problemas! – ele sorriu e me puxou pro seu lado, trocamos um beijo rápido e ficamos um tempo conversando sobre alguns assuntos aleatórios. Já tinha passado a hora do almoço, então logo fui atrás da Angelica para arruma-la.

– Vem, meu amor, já ta quase no horário de ir ver seu tio e ainda tenho que me arrumar! – disse a puxando mais uma vez para acabar de arrumar seu cabelo. Assim que terminei, corri pro quarto pra me arrumar.

Vesti algo que realçou o meu corpo, deveria aproveitar enquanto a barriga ainda não aparecia. Deixei o cabelo solto e passei uma maquiagem leve. Estava ansiosa, e sentia que Jaime não estava se sentindo diferente. Logo já se passava das 14:55, o que fez eu me apressar um pouco para que não chegasse muito atrasada ao encontro. Seguimos no carro de Otto ate o local.

Jaime sentia uma agonia, estava agitado. Revisava os olhares entre a entrada do lugar e a filha, e Heidi já havia percebido isso.

– Olha quem vem chegando! – Heidi disse e logo se levantou para recepcionar.

Jaime travou, ficou parado sem dizer nada

– Angelica, Otto – Heidi os cumprimentou – E essa princesinha, como tá? – disse pegando a pequena Angelica no colo

– Que bom ver vocês! Estávamos com saudade! – Otto disse e por fim deram beijos e abraços em Elena.

Angelica por um minuto parou, analisou o lugar ate que por fim, seu olhar encontrou o do Jaime. Ela se aproximou e ficaram próximos

– Angelica! – disse a puxando pro abraço forte, afundando seu rosto em seu pescoço sentindo seu cheiro – Que saudade! – disse quase em um sussurro

– É tão bom te ver novamente! –confessou no ouvido dele fechando os olhos, sentindo o perfume o que exalava em seu nariz, o que acabou fazendo-o sorrir

Sentiram os olhares em cima deles e logo se separaram um tanto corados

– Minha princesinha! Como vai? – disse Jaime pegando a afilhada no colo e enchendo de beijos e cocegas

Logo todos se acomodaram na mesa, as crianças brincavam sorridentes e os quatro engatavam uma conversa animada. Ficaram ali cerca de algumas horas, Elena já reclama de sono e então resolveram ir embora.

– Vamos marca de sair só a gente, um encontro de casais sem as crianças – Otto sugeriu

– Acho uma ótima ideia, que tal hoje? – completou Jaime

Todos afirmaram com a cabeça e assim se despediram e seguiram pra casa.

Angelica’s POV:

Seguimos o caminho em silencio, meu pensamento ecoava em apenas uma pessoa, sim, Jaime. Naquela tarde pude perceber o quanto aquele homem me faz falta, o sorriso, o abraço. Talvez esteja exagerando e isso me fez lembrar do pacto em que tínhamos feito.

– Angie? Ta tudo bem? – Otto me tirava dos meus pensamentos

– Hã? Tá tudo sim – disse em duvida sobre se estava mesmo

– Tá calada desde que viemos embora – completou me olhando e logo se voltou para a estrada novamente

– Só um pouco de dor de cabeça, mas logo passa – disse encerrando

Desviei o olhar para paisagem, como se tentasse memorizar aquele caminho que conhecia tão bem, afinal, andava sempre por lá. Queria memorizar aquilo para que a onda de pensamentos não me invadisse novament, não queria pensar nele, é claro que eu ainda o amava, e por isso mesmo não queria pensar, não queria lembrar.

Jaime’s POV:

Sim, definitivamente, a saudade que sentia daquela mulher era maior que imaginava. Ao ouvir ela dizer que foi bom me ver foi como um sopro de alegria. Ela sentia o mesmo que eu, ou talvez não. Minha cabeça tava bagunçada, tanto quando meus sentimentos, conseguia apenas fechar os olhos e lembrar do sorriso doce, do jeito simples e olhar cheio de alegria que somente ela tinha.