Fanfic: La Dueña de Mi Vida | Tema: ValeCamil fanfic

Angélica POV

Era a segunda vez que ele me perguntava se eu o amava e eu simplesmente não soube o que responder. Estou casada, ele também e pior (ou melhor) vai ser pai. Não deveria fazer esse tipo de perguntas. Na verdade eu não deveria nem ter aceitado sair com ele.

Jaime: Espero que não ache que vou tentar fazer algo com você só porque te trouxe para o hotel, mas era o único lugar que podemos ficar a vontade sem que você tenha problemas com Otto.

Angélica: E você com a Heidi.

Jaime: Eu tenho problemas com ela o tempo todo, não faria diferença mais um. Enfim, bebe alguma coisa? - Ele sorriu. Era difícil pensar com ele sorrindo assim. - Angie?

Angélica: Eu quero só um copo com água. - Ele abriu o frigobar, pegou duas garrafas e serviu. Me buscou na porta do quarto e me fez sentar numa poltrona que havia ali. Só então notei o quanto estava tensa. - Por que vendeu sua casa aqui?

Jaime: Eu queria experimentar novos ares, e também achei que sair daqui seria melhor para minha carreira, daí vendi. Em partes, deu certo.

Angélica: Por que "em partes"? - Ele deu um gole na água e contraiu os lábios, depois falou algo que eu não consegui prestar atenção. - Desculpe, o que disse?

Jaime: Que acabei me mudando pra perto de você e ficava te procurando em todo canto. O engraçado é que... - Ele dobrou as mangas da camisa, depois abriu os dois primeiros botões. Droga, odeio essa minha mania de me perder observando o corpo dele. Que aliás, estava como há anos atrás. O tempo tem feito muito bem a esse homem. - Angélica!

Abri os olhos (nem havia notado que tinha fechado) e ele estava abaixado, com o rosto próximo ao meu, tão próximo que podia sentir a respiração dele.

Jaime: O que você tanto pensa, hein?

Angélica: E-e-eu? Não, nada...

Jaime: Você me parece tensa por estar aqui comigo. Já te disse, não vou te atacar. Só quero conversar melhor com você, preciso conversar. Relaxa tá? - Fiz que sim com a cabeça e tomei um gole da água. Ele sorriu. Por mais que eu tente, Jaime me conhece como ninguém, não consigo esconder nada dele. - Se importa se eu trocar de roupa? Tá muito quente aqui.

Angélica: Não, fique a vontade.

Ele pegou alguma coisa na mala e se dirigiu ao banheiro. Eu estava realmente tensa, mas não era por estar ali com ele e sim pelo fato de ainda deseja-lo tanto. Achei que tivesse esquecido dele por completo e agora me vejo aqui, morrendo de vontade de ceder aos encantos dele como antes.

Jaime: Agora sim. Não aguentava mais aquela roupa social! - Ele apareceu de jeans e camiseta branca bagunçando os próprios cabelos e sorrindo de novo. Deus, esse homem quer me deixar louca! - Andei pensando... Por que você parou de atuar?

Suspirei. Eu sabia que mais cedo ou mais tarde ele tocaria nesse assunto e não queria falar disso, mas seria impossível fugir de mais uma pergunta dele.

Angélica: Bom... Eu me casei, né? Decidi dar atenção a Otto e nossas filhas.

Jaime: Você não tem filhas. - Ele fez uma careta e acabei rindo. Jaime sabia como me deixar a vontade.

Angélica: Mas Otto tem então são como se fossem minhas.

Ele sentou no criado que ficava ao lado da cama, ficando bem próximo a mim. Pegou minha mão e ficou alisando a palma com o polegar. Depois de alguns segundos, sorriu debochado.

Jaime: Você não tem idade para ter filhas daquele tamanho, a não ser que tivesse casado comigo. - Piscou. - Mas me diz, você decidiu isso sozinha ou Otto que quis?

Angélica: Nós decidimos juntos.

Jaime: E está mesmo feliz com isso? Porque que eu me lembre, você amava atuar mais que tudo no mundo.

Angélica: Eu ainda amo! Mas as coisas são diferentes agora.

Jaime: Só porque você quer pensar assim. Você e Otto querem, porque é confortável para ele. Se eu fosse seu marido, te incentivaria ao máximo a fazer o que gosta. - Se ele fosse meu marido, por que ele tinha que ficar repetindo isso o tempo todo? Estar aqui, ter ouvido ele dizer que ainda me ama já não era o suficiente para me deixar confusa? - Você está desperdiçando seu talento e sua voz. Temos fãs em comum e eu sei que eles sentem sua falta.

Eu não tinha o que dizer. Realmente sentia falta de atuar, de cantar, de estar em contato com meus fãs em um palco... Só tinha medo de assumir isso para Otto e para mim mesmo.

Angélica: Talvez você tenha razão, James.

Jaime: Você sabe que eu tenho, baixinha.

Jaime levou minha mão de encontro ao seus lábios e beijou. Se levantou e me puxou, levando meu corpo para junto do dele. Passou os braços pela minha cintura e aproximou seu rosto, direcionando o olhar para meus lábios e então me beija, invadindo minha boca com sua língua. Ele pressionava cada vez mais meu corpo contra o seu, encaixando nossos quadris . O beijo ia ficando cada vez mais intenso. Suas mãos que até então permaneciam fixas nos meus quadris passaram a explorar meus quadris. Ele girou nossos corpos, me colocando de costas para cama e deu alguns passos. Desceu os lábios até meu pescoço e beijou. Gemi entre os dentes. As mãos dele buscavam novamente os botões da minha camisa, abrindo os dois primeiros.

Angélica: Jaime...

Jaime: Sim?

Angélica: Eu não esqueci você.