Fanfic: La Dueña de Mi Vida | Tema: ValeCamil fanfic

Jaime POV

O dia ainda estava amanhecendo quando meu celular tocou. Nos primeiros instantes, pensei que era o alarme e minha única reação foi bater a mão na tela de qualquer jeito e virar para o lado. Segundos depois, o toque recomeçou e notei que era alguém ligando. Me voltei para pegá-lo e atendi sem sequer olhar quem era.

Jaime: Al...

Heidi: Oi amor. Que saudade, meu docinho. - Estendeu a última palavra numa animação quase incomum para alguém como ela.

Jaime: Olá Heidi!

Heidi: Como vai meu anjo? Vem para casa hoje? Estou morrendo de saudades! Até preparei uma surpresa especial para você.

Jaime: Hm... E o que é? - Queria demonstrar algum interesse no que ela dizia mas era quase impossível.

Heidi: Você só vai saber quando chegar! Mas primeiro me conta, o que resolveu sobre as tais fotografias e matérias de jornal?

Jaime: Bom, - Suspirei. O que eu realmente tentei fazer ela não podia sequer imaginar, melhor inventar outra coisa. - não pude fazer nada ainda, mas vou olhar isso amanhã, ok?

Heidi: Ai, eu vou ter que aguentar seus fãs até amanhã? Você já viu o que elas falam comigo? Magoa muito, amor.

Jaime: Ok, vou ver o que eu faço.

Heidi: Nossa, bebê você tá tão frio comigo.

Jaime: Heidi, não são nem 7 da manhã aqui, eu estou cansado.

Pude ouvi-la suspirar do outro lado da linha e desligou em seguida. Provavelmente ficaria com o celular na mão alguns minutos, me esperando retornar e como não o faria, me ligaria novamente. Tão previsível... Voltei a ficar de barriga para cima, olhando para o teto branco. Pensei em dormir novamente, mas já havia perdido o sono. Segundos depois o celular volta a tocar. Extremamente previsível. Eu sei tudo que Heidi faz e pensa e sinceramente, isso me irrita. Por isso não vou atender. Sei que ela vai brigar e não quero ouvir o mesmo discurso sobre como ando ausente, mesmoque ela espera um filho. Essa gravidez é tudo que me prende a essa mulher agora. Se não fosse por isso, já teria dado entrada no processo de divorcio. Mesmo que não sendo para ficar com Angélica, sei que me sentiria melhor sem a Heidi.

Jaime: Angélica...

Fechei os olhos, procurando relembrar o que aconteceu no dia anterior. Ainda era difícil de acreditar que ela estivera aqui e que quase estivemos juntos de novo. Mas ainda conseguia sentir o cheiro, a textura da pele dela, podia ouvir os tímidos gemidos, a voz dela dizendo que não me esqueceu. E o toque do celular dela. Não sei qual era música mas tenho certeza que conhecia. Cantarolei o ritmo, tentando identificar.

Jaime: Mas é claro! O toque do celular da Angélica era Besame!

Angélica POV

Desembarquei em LA sem saber o que me esperava. Não tive coragem para ligar para Otto e pedir que me buscasse. Na verdade, nem avisei que horas chegaria. E sinceramente, estou me arrependendo dessa decisão.

Fui de táxi do aeroporto para casa e achei o trajeto rápido demais. Na verdade, desde que vi Jaime, tudo parecia passar mais rápido que o normal. Não é hora de pensar nele, Angélica, por favor. Abri o portão da frente e passei silenciosamente pelo jardim. Antes de entrar em casa, busquei meu celular na bolsa e olhei as horas. Quatro da tarde. Provavelmente as meninas não estariam em casa. Por um instante, torci pra que Otto também não. Queria ver meu marido mas ao mesmo tempo tinha medo. Girei a maçaneta o mais devagar possível evitando fazer qualquer barulho e abri a porta. Me virei para buscar a mala, dei o primeiro passo e olhei pra frente. Dei de cara com Otto virando o corredor.

Otto: Ai amor! - Levei a mão livre ao peito. - Que susto! Por que não me avisou, tinha ido te buscar.

Angélica: Oi querido! Quis fazer uma surpresa! - Forcei um sorriso e abri os braços, esperando um abraço.

Otto: E estragou a nossa. - Ele veio em minha direção, me envolvendo em um abraço e beijando de leve minha testa. Depois se afastou e sorriu. - As meninas estão na cozinha preparando nosso jantar.

Angélica: Mas são duas da tarde!

Otto: Mas nós não sabemos cozinhar, lembra? - Ele passou atrás de mim, pegou minha mala e arrastou para perto da escada. Voltou para trás de mim e apertou meus ombros, fazendo uma espécie de trenzinho e me guiando até a cozinha. - Olhem só quem chegou!

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Fiquei na cozinha contando como foi a viagem, omitindo algumas coisas. Otto me ouvia com atenção, sem fazer nenhuma pergunta sobre Jaime. O jantar ficou pronto lá pelas 6, já que não me deixaram ajudar e todo foram se arrumar para comer. Entrei no quarto e Otto veio logo atrás, trazendo minha mala. Deixou-a do lado da cama e me abraçou, sorrindo.

Otto: Sabe que senti muito sua falta, amor? - Me deu um selinho. - Nossa cama ficou tão vazia sem você. - Me deu outro selinho. Meu Deus, porque ele tem que ser tão carinhoso? - Eu fico tão vazio sem você.

Ele roçou de leve os lábios nos meus, iniciando um beijo calmo. Acariciava minha silhueta, buscando o fechou do meu vestido. O abriu assim que o encontrou e passou a buscar pelos meus seios, tentando abrir meu sutiã. Então a lembrança de Jaime invadiu minha mente. As carícias, os beijos, tudo. Me afastei rapidamente de Otto, empurrando-o para longe.

Angélica: Não!

Otto: Ei, amor, o que foi? Tá tudo bem? - Senti meus olhos marejarem e as primeiras lágrimas rolarem pelo meu rosto. Alguns pedidos de desculpa saíram quase que automaticamente. Ele me olhava sem entender e sem saber o que fazer. - Angie, o que houve? Você está me preocupando!

Respirei fundo, tentando me acalmar um pouco que fosse e depois de alguns minutos, consegui.

Angélica: Eu preciso te contar uma coisa. Na verdade, muitas.