Fanfic: La Dueña de Mi Vida | Tema: ValeCamil fanfic

Jaime POV

Chamei por Heidi umas três vezes antes de descer da moto. Fiquei olhando de longe, esperando que ela desistisse de fingir e se levantasse, mas não aconteceu.

Jaime: Heidi, para com essas brincadeiras. - Me aproximei e notei como ela estava pálida. Realmente tinha algo errado. Agachei e a peguei no colo, na intenção de levá-la para dentro de casa. Então ela abriu os olhos devagar. - Ei, você tá bem?

Heidi: O que houve?

Jaime: Sei lá, você apagou. - A coloquei no sofá da sala e sentei na mesa de centro logo a frente. Peguei na mão dela, estava um tanto fria. - Tá se sentindo bem agora?

Heidi: Tô, tô sim. - A voz vinha baixa, bem fraca, o que prova que não está fingindo. Ou se está, é uma excelente atriz.

Jaime: O que há com você, hein? Mas me diz a verdade, vai.

Heidi: Eu não sei... Isso vem acontecendo frequentemente e...

Otto disse que ela não está grávida. E realmente, não aparenta nenhuma gravidez. Mas então, por que desmaiou? E por que logo agora? Meu Deus, as coisas tendem a dar errado na minha vida ultimamente.

Jaime: Acho melhor te levar ao médico. - A interrompi. Já nem prestava atenção no que dizia e aconteceu automaticamente. - Se troca que eu vou só guardar a moto e a gente vai.

Heidi: Não precisa. - Ela sorriu mas parecia forçado. - Eu vou ficar bem, só preciso descansar um pouco.

Antes que eu pudesse questioná-la, meu celular tocou. Conhecia o número. Caminhei até a sala ao lado e atendi.

Maria: James, meu filho, como vai?

Jaime: Olá, Maria, como vai?

Maria: Eu estou ótima e você? Ah tenho certeza que está bem! - Ri automaticamente. Angélica Maria ainda mantinha a mania de não deixar as pessoas responderem suas perguntas quando queria tocar logo em um assunto. - Soube do que houve essa manhã com você, minha filha e Otto. A conversa sobre sua mulher.

Se bem a conheço, sabia que havia uma careta após mencionar a Heidi. Ri novamente, mas agora um pouco nervoso.

Jaime: Pois é... Só que tem um pequeno imprevisto nessa história. Acabamos de discutir e ela passou mal. Não sei mais em que acreditar.

Maria: Sempre tão inocente, não sei o que seria de você se eu não tivesse na sua vida. Por que não leva ela num hospital, querido? Assim vai sanar todas suas dúvidas.

Jaime: É acabei de propor isso a ela... Mas me diga, quem te contou tudo isso?

Maria: Quem mais seria? Angélica é claro.

Jaime: Angie... - Sorri só de pensar nela. - Bem, e o que ela disse?

Maria: Coisas de mulher, Jaime. Mas ouça, tudo que você precisar saber é que ela te ama. Angélica te ama mais que tudo no mundo. Não a faça mal, por favor.

Pensei em responder mas ela me cortou, se despedindo e em seguida desligou. Guardei o celular no bolso, tentei parar de sorrir e voltei para onde Heidi estava. Antes que pudesse perguntar quem havia ligado, repeti que deveria levá-la ao médico.

Heidi: É sério, Jaime, foi só um desconforto, eu estou bem.

Jaime: Mas e o bebê? Não sabemos se ela está.

Eu nem sei se existe um bebê mas foi o único argumento que consegui inventar para convencê-la. Se precisasse de mais eu não saberia, mas a ganhei com esse. Ela sorriu e se levantou, indo em direção a escada.

Heidi: Vou só trocar de roupa.

Me sentei no sofá em que ela estava e joguei a cabeça para trás, tentando relaxar. Tenho medo do que me espera agora. Se Heidi realmente estiver grávida vai precisar mais de mim do que imaginei. Mas e se não tiver? Eu já estava me acostumando com a ideia de ser pai, acho que estou pronto para isso. A voz de Otto ecoou outra vez na minha mente. Por que ele fez isso? Será que falou a verdade ou estava jogando? Não fazia sentido, afinal o que ganha com isso? Se ele ama Angélica tanto quanto diz, o mais normal é que queira ficar com ela, que lute por ela. Mas praticamente a entregou para mim. Sinceramente, eu não sei mais o que está acontecendo com a minha vida, parece que perdi o controle de tudo. Peguei o celular novamente no bolso e olhei as horas. Pouco mais de três da tarde. Eu deveria estar no set agora. Se continuar assim, vou perder esse papel e isso não será nada bom para minha carreira. Então tudo estaria completamente 1fodido1.

Me levando e caminho até a porta, abro e sento no primeiro degrau após ela. A moto continuava no mesmo lugar e meu capacete estava jogado ao lado de onde Heidi havia caído. Olho ao meu redor, observando o jardim da frente. Quando comprei essa casa a escolhi exatamente por causa dele e acabou que nunca aproveitei. Faltou oportunidade e companhia. Se eu fosse pai, poderia aproveitar esse espaço, brincar com minha filha...

Heidi: Amor, vamos?

Me assustei com a voz dela a me chamar. Estava parada ao meu lado e eu nem havia notado sua presença. Me levantei e sorri, deixando que fosse na frente até o carro, enquanto eu buscava a moto e guardava. É a hora da verdade, Jaime. De qualquer forma, o que acontecer nessa ida ao médico vai mudar algo na minha vida.

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Preferi ficar esperando na recepção enquanto examinavam a Heidi. Estou nervoso demais e tive medo de atrapalhar qualquer coisa. Andava de um lado para o outro, com as mãos no bolso, como um marido que espera sua mulher dar a luz... Estou pensando bastante nisso hoje. Quase uma hora depois, o médico me chamou na porta da sala.

Jaime: E então?

Médico: Olha, me diga, o senhor está preparado para qualquer coisa que eu disser?