Fanfic: La Dueña de Mi Vida | Tema: ValeCamil fanfic

Jaime POV

Me aproximei enquanto ela dava alguns passos para trás, fazendo com que a luz acendesse. A expressão em seu rosto era um misto de susto e confusão. Parei na sua frente e sorri, tentando não parecer nervoso.

Jaime: Desculpa aparecer assim do nada mas é que precisava falar contigo. - Ouço um som baixo que inicialmente não sei de onde vem mas logo noto que é o toque do meu celular. Tiro do bolso e olho para a tela. Heidi novamente. Ela não vai desistir até que eu atenda, coisa que eu jamais farei na frente de Angélica. Recuso a chamada e desligo o celular, colocando novamente no meu bolso. Volto meu olhar para Angélica que observava cada movimento meu em silêncio. - Enfim, tem um minuto?

Angélica: Claro... Mas entra.

Ela girou sob os calcanhares e passou pela porta. A acompanhei. As luzes da sala foram acesas e tive que fechar os olhos por alguns instantes até me acostumar. Quando abri novamente ela já estava próximo ao sofá me olhando. Olhei ao redor antes de me aproximar. É um cômodo bem amplo, com janelas grandes, bastante iluminado. Algumas molduras e espelhos estavam espalhados pela parede. Um sofá atravessava a sala e logo atrás uma estante de livros com muitos espaços vazios. Pareciam ter tirado boa parte do que havia ali. Meus pensamentos foram cortados pela voz de Angélica.

Angélica: O que houve com o teu queixo?

Me virei em direção a um dos espelhos, tentando descobrir do que ela falava e vi um ou dois cortes aqui ou ali no meu rosto. Fui até o sofá e sentei ao lado dela, virando o corpo para olha-la nos olhos.

Jaime: Ta falando disso? Nada demais, tive um problema agora a tarde e...

Angélica: Acho que acabar na polícia por brigar é algo demais.

Jaime: Então você já sabe né?

Angélica: É meio difícil não saber de algo que acontece na tua vida. Mas de qualquer forma, gostaria que me explicasse já que pelo que li, tem meu nome envolvido nisso. - Suspirei e joguei a cabeça pra traz, ajeitando o corpo para encostar no sofá. Não quero olhar nos olhos de Angélica já que vou esconder parte da história. Não tenho coragem para repetir o que o tal filho da 1puta1 falou dela. - Então...?

Comecei contando do que aconteceu quando voltei para casa, da discussão com Heidi. Ela estava impaciente, provavelmente não queria saber nada disso. Quando percebi que me cortaria, virei o corpo para olha -la.

Jaime: Isso é mais importante que o que me perguntou.

Angélica: Mas não é isso que quero saber. Poderia pular essa parte e voltar nisso depois?

Assenti, revirando os olhos. Ela riu baixinho e isso me tranquilizou. Amo essa risada dela. Na verdade eu amo tudo nela. Ouvi um murmúrio impaciente e contei do café, dos paparazzi e do baixinho perguntando sobre nós dois. Inventei que ele foi persistente demais e como já estava de mal humor, acabei indo pra cima dele.

Angélica: Tá me dizendo que brigou com um senhor simplesmente porque ele perguntou se tem algo entre a gente? - Ela riu. - Jaime, eu não sou tão idiota, por favor. Olha nos meus olhos e conta o que realmente aconteceu.

Flashback (Horas atrás)

Policial: Entra aí, anda! Ei, cara, manda alguém rebocar a moto dele até a delegacia.

Entrei na viatura em silêncio tentando entender que merda eu tinha feito. O senhor ao meu lado me olhava detalhadamente, parecia ler meu nervosismo.

Paparazzo: Desculpa Jaime mas é o meu trabalho. Sou Ricardo. - Ele estendeu a mão me cumprimentando. Acredito que minha cara deixou muito claro que não estava entendendo nada porque ele continuou a se explicar. - Sou ator, quase como você, só que ganho para criar situações constrangedoras com famosos. Brigas, traições e afins. Não imaginei que chegaria a esse ponto, então me desculpe.

Sacudiu a mão mais uma vez e eu a apertei. Ele sorriu. Os policiais entraram na viatura. Seguimos em silêncio até a delegacia. Meu celular tocou mas avisaram que não podia atender. Desliguei e guardei no bolso. Minutos depois, paramos em frente a delegacia e descemos: Primeiro os policiais, depois o senhor e por ultimo eu. Quando coloquei os pés nos chão senti as pernas bambearem. Nos mandaram entrar e ouvi os dois policiais comentarem sobre mim. Falaram algo da minha última novela e que nunca imaginaram que eu era do tipo que envolvia em brigas na rua. Paramos num corredor estreito e nos sentamos e duas cadeiras. Minutos depois, fomos chamados para uma sala maior, típica de delegacias. Uma mesa, algumas cadeiras, um computador e alguns armários. Um senhor gordo nos analisava, especialmente a mim com um olhar de reprovação. Provavelmente deve ser o delegado ou algo do tipo.

Policial: Bem, conheço você. É ator não é? Mexicano? - Assenti com medo de tentar falar e faltar voz. Ele continuou. - Nunca pensei que você fosse do tipo que briga em rua.

Antes que pudesse me explicar, Ricardo cumprimentou o policial e disse para que não brincasse comigo como sempre faz. O olhei meio sem entender.

Ricardo: Venho aqui com frequência. Faz parte do trabalho, entende?

Todos começaram a rir, exceto eu que continuo nervoso. Ele me deu um leve tapinha nas costas e pediu que relaxasse.

Policial: Nada de queixas né? Então o senhor está liberado.

Fim do flashback

Angélica: Então te pegaram? - Ela riu. - Não consigo acreditar nisso, Jaime, quanta idiotice! E você lá quase molhando as calças.

Acabei rindo junto com ela e nossas gargalhadas encheram o ambiente. Nos aproximamos meio que sem perceber e com isso as risadas cessaram. A olhei nos olhos e percebi que olhava discretamente para meus lábios. Sorri e me aproximei mais, colocando uma das mãos em seu pescoço. Ela levantou um pouco a cabeça, direcionando a boca para a minha. Encostei de leve, depositando um selinho demorado que logo virou um beijo. Levei a outra mão ao pescoço dela, tendo assim controle total dos movimentos. Então ouvimos passos e a porta se abriu. Nos afastamos rapidamente, direcionando os olhares para a entrada. Pela cara que fez, acredito que Angélica não esperava visitas, muito menos essa.