Fanfic: La Dueña de Mi Vida | Tema: ValeCamil fanfic

Angélica: Jaime?

Jaime: Oi, Angie! - sorri atordoado ao vê-la. Deus, ela está maravilhosa!

Angélica: O que você está fazendo aqui... Aliás, desde quando está aqui?

Jaime: Acabei de chegar. - Tento ficar sério mas é impossível. Estar frente a frente com ela depois de tanto tempo é como beber uma dose de vida. - Não faça essa cara de assustada, por favor. Vim para tal reunião.

Angélica: Desculpa mas é que não esperava te ver por aqui... - Notei um certo nervosismo em sua voz.

Jaime: Quis fazer uma surpresa, mas lembrei é tarde aqui e ia procurar algum hotel por perto. Mas chega de tantas perguntas e me da um abraço!

Abri os braços esperando que fizesse o mesmo mas ela encaixou o corpo no meu peito como quem busca proteção. Antes que eu pudesse entender essa atitude ela se virou, passando os braços em minha nuca e depositando um leve beijo em minha bochecha. Então me olhou nos olhos e sorriu.

Angélica: Bom te ver, hermano! Gostaria de te convidar para entrar e conversarmos mas está um pouco tarde.

Maldita hora que inventei essa história de hermanos. Tudo que eu não queria era ser considerado um irmão.

Jaime: Não se preocupe, já estava indo pro hotel.

Angélica: E já sabe qual? - ela apontou para minha mala. - Parece que ainda não se registrou em nenhum.

Jaime: Bom, na verdade não, mas vou fazer isso agora. Só preciso encontrar um táxi e...

Angélica: O Luiz te leva. Tem um novo aqui perto que é excelente.

Pensei em dizer que ela não precisava se incomodar mas Angélica nao era o tipo de mulher que gostava de ser contrariada. Além disso, eu precisava daquela carona. Sorri e assenti com a cabeça.

Angélica: Almoça comigo amanhã. Minha mãe vai ficar feliz em te ver!

Jaime: Ah Angie, eu vou ficar sem graça de aparecer aqui do nada.

Angélica: Você já está aqui do nada. E não imagina o quanto me faz bem você aparecer assim!

Sorrimos.

Jaime: Bom... Já vou.

Angélica: Você volta amanhã?

Jaime: Volto.

Angélica: Então até amanhã, James.

Jaime: Até amanhã Angie.

A abracei novamente mais forte dessa vez. Quero guardar o calor do corpo dela junto ao meu. Dou-lhe um beijo na testa e aperto levemente seus ombros. Ela levanta o olhar em busca do meu como se quisesse me dizer algo mas faltasse coragem. Então se afasta e vejo seus olhos cheios de lagrimas.

Angélica: Boa noite. - ela sorriu e deu de ombros

Observo-a caminhando até o motorista, falando qualquer coisa e apontando pra mim. Depois acena me chamando e se afasta, indo em direção a casa da mãe. Ela não olha para trás. Leva a mão ao rosto. Não foi uma boa ideia aparecer assim sem avisar, sem saber o que dizer. Mas se você soubesse, Angie, se você ao menos imaginasse o quanto eu precisava te ver.

Jaime: Solo díos lo sabe...

Agradeci o motorista e disse que precisava caminhar. Na verdade, quero ficar sozinho.

Angélica Maria morava no mesmo condomínio há anos. Um lugar tranquilo, fechado, livre dos paparazzi e jornalistas desses jornais de fofoca. Era um dos poucos lugares onde Angélica e eu podíamos andar tranquilamente, sem riscos de estampar revistas e jornais na manhã seguinte. Inicialmente não queríamos expor nosso namoro a mídia, para que não pensassem que era só um golpe publicitário ou qualquer coisa do tipo. Por isso, só nessas ruas ela e eu podíamos andar de mãos dadas, nos abraçar ou nos beijar sem medo de ser vistos. Logicamente os moradores nos viam, mas nunca divulgaram nada.

Caminhava pelas ruas vazias, observando cada detalhe que sempre acabavam me lembrando de algum momento especial ao lado de Angie. Por fim, acabei voltando para a área de lazer e vi alguém sentado em um dos bancos. Me aproximei silenciosamente e notei que era Angélica. Mas o que ela faz aqui essa hora.

Jaime: Angie?

Ela se virou bruscamente, assustada, levando a mão ao peito como se tentasse desacelerar o coração

Angélica: Jaime, ainda está aqui? Achei que o Luiz tivesse te levado para o hotel e...

Jaime: Não, eu preferi caminhar e acabei ficando por aqui. Estava com saudades desse lugar. E você, por que está aqui fora?

Angélica: Estou sem sono...

Jaime: Posso sentar com você?

Angélica: Claro!

Sentamos um pouco distante um do outro. Ela olhava para os próprios pés enquanto eu não consigo parar de olhá-la. Meu Deus, ela está maravilhosa. Na verdade sempre foi, mas agora está com um ar, uma firmeza de mulher. O casamento parece estar sendo bom para ela em todos os sentidos.

Angélica: Jaime, por que me olha tanto?

Jaime: Hm? Ah, desculpa. Você está linda, Angie. - ela sorri. - Bom, você sempre foi linda, mas está um pouco... diferente.

Angélica: Você quer dizer que estou gorda, né? Eu sei.

Jaime: Não, claro que não! Você parece mais mulher, mais... atraente.

Angélica: E a Heidi, como vai?

Jaime: Não desconversa, por favor. Não quero falar da Heidi agora.

Ela volta a olhar para os próprios pés. A conheço muito bem para saber que está com vergonha por causa do meu elogio. Me aproximo passando meu braço por trás dela e com a outra mão levanto seu rosto, obrigando a me olhar.

Jaime: Não precisa ficar sem graça. Agindo assim parece até que não nos conhecemos há anos.

Angélica: Mas você se afastou por um tempo e muita coisa aconteceu.

Jaime: Mas estou aqui agora.

Volto meu olhar para os lábios dela e me aproximo. Por um instante ela hesita, mas logo em seguida se aproxima também. Nossa respiração se mistura.

Angélica: Jaime...

Jaime: Shhhh...

Coloco minha mão na nuca dela, trazendo-a para junto de mim. Nossos lábios se tocam. Deixo que minha lingua invada sua boca, sentindo o sabor do seu beijo. Ela corresponde, colocando a mão no meu peitoral e me puxando para junto de si. Estavamos entregues um ao outro novamente, juntos, como deveria ser.