Fanfic: La Dueña de Mi Vida | Tema: ValeCamil fanfic

Angélica POV

Angélica: Jaime, por favor... - repeti com a voz tremula.

Ele parou e depois de alguns segundos virou-se para me olhar.

Jaime: Não gosto de despedidas.

Angélica: Então não se despeça de mim

Jaime: Eu não queria, mas é preciso. - Ele caminhou para perto do carro, onde podia ouvi-lo com facilidade. - Não quero te ver mal e olha. Cheguei ontem e já te fiz chorar desse jeito duas vezes, então é melhor eu ir.

Não dava mais para dizer nada, não conseguiria abrir a boca sem chorar. Mas eu não podia deixá-lo ir. Fui até ele e o abracei em silêncio. Senti os braços dele enlaçando minha cintura e me apertando contra seu corpo. Ficamos assim, abraçados, em silêncio. Não importava mais se estávamos no meio do maior e mais movimentado aeroporto do México, não importava se alguém nos visse. Naquele momento a única coisa que realmente importava era que Jaime não fosse embora.

Jaime: Acho que isso quer dizer que você não quer que eu vá embora né? - Fiz que não com a cabeça. Ele sorriu e me deu um beijo de leve na testa. - Vamos sair daqui então?

Entramos no carro e rapidamente saímos do aeroporto. Com a cabeça encostada no banco, eu olhava para ele sem acreditar muito bem no que estava acontecendo. Tinham passado pouco mais de 24hrs desde que nos falamos por telefone - depois de tanto tempo - e agora ele estava do meu lado, dirigindo o carro da minha mãe.

Jaime: Ei, no que você está pensando?

Angélica: Nada. Só é difícil acreditar que você está aqui. - Sorrimos. Olhei para frente e notei que não sabia para onde estávamos indo. - Tá me levando para onde, James?

Jaime: Já já você vai saber. Quero dizer, você vai lembrar. - Ele pegou minha mãe, beijou de leve e ficou acariciando com o polegar. - É bom sentir sua pele de novo. Sabe, eu... - O celular dele começou a tocar. Nos entreolhamos. - Droga.

Jaime POV

Heidi sempre aparecia nos piores momentos. Não queria falar com ela, não queria nem lembrar da existência dela agora.

Angélica: Atende Jaime.

Jaime: Não.

Angélica: Atende senão depois vai ser pior.

Não podia falar com Heidi na frente de Angélica então parei o carro no acostamento e desci.

Jaime: Alô?

Heidi: Que demora para atender.

Jaime: Tô ocupado.

Heidi: E o que tá fazendo de tão importante?

Jaime: Nada. - Bufei. - Diz, o que você quer?

Heidi: Ai amor, credo, que mal humor. Só liguei para saber que horas saí seu voo. É que tenho um...

Jaime: Eu cancelei, - A cortei. - não posso faltar a reunião amanhã.

Heidi: Mas você não disse que tinha resolvido? Jaime, qual o problema?

Jaime: Nada, tenho que ir. Nos falamos depois.

Desliguei o telefone antes que ela pudesse ligar e fazer mais perguntas. Voltei para o carro e Angélica estava virada para frente, de cara fechada e com os braços cruzados. Não pude deixar de sorrir. Ela é linda até quando está chateada.

Jaime: Desculpa.

Angélica: Tudo bem, ela é sua esposa.

Jaime: Já sabe para onde vamos? - Tentei mudar de assunto e acabar o clima tenso que se instalou.

Angélica: Não faço a menor ideia.

Jaime: Vou te dar uma dica, ou melhor, duas: golfe e Pavel Novak.

Angélica POV

Entramos no clube de golfe pelos fundos. Como era um lugar movimentado e não queríamos ser vistos, fomos direto para área arborizada que ficava atrás do restaurante. Era um lugar lindo que só alguns seguranças e funcionários tinham acesso. Nos sentamos no capô do carro e ficamos alguns tempo em silêncio olhando ao nosso redor.

Jaime: Lembra de quando gravamos aqui?

Angélica: Obvio! Lembro que você escorregou e caiu.

Jaime: Eu caí? Não lembro de ter caído.

Angélica: Você caiu sim, mas só lembra do que te convém.

Jaime: Das nossas escapadas, por exemplo. - Ele piscou para mim. - Você lembra que sumimos na pausa para o almoço?

Angélica: JAIME!

Ele gargalhou e me abraçou meio de lado. Encostei minha cabeça em seu ombro e senti seu perfume. Suspirei.

Jaime: Desculpa por não ter lutado por você.

Angélica: Você está aqui e isso basta.

Angélica Maria POV

Angie saiu de manhã e não voltou, provavelmente deve estar com Jaime. Espero que esteja. Sei como seria bom se resolver com ele. Ela nunca conseguiu esquecê-lo, eu sei. Mesmo tendo se casado, mesmo sendo feliz com Otto, ela não o ama. Sei disso porque sou mãe e coração de mãe não se engana.

Batem na porta do quarto, cortando meus pensamentos.

Marta: Com licença, dona Angélica, telefone para a senhora.

Maria: Quem é?

Marta: Seu genro, Otto Padron.

Maria: Angie provavelmente deve ter desligado o celular... - Pensei em voz alta. - Ok, pode passar a ligação pra cá.

Marta: Ok, com licença.
Ela saiu e segundos depois, meu telefone tocou.

Maria: Otto, querido como está?

Otto: Olá, Maria, tudo bem? Pode me dizer, por favor, onde a Angélica está? - Ele parecia nervoso.

Maria: Angie saiu para visitar alguns amigos aqui perto e...

Otto: E um desses amigos seria Jaime Camil?

Maria: Não querido, o Jaime mora em LA.

Otto: Então - ele bufou e ficou em silêncio por alguns segundos. - sabe me dizer por que tem fotos dos dois circulando por todos os lados?