Fanfic: She Won`t Go | Tema: Uckerroni

Chapter II — Galadriel.

Subtítulo: I`m an angel, your lunatic!

— Galadriel, seu anjo da guarda.

Olhei descrente para o homem a minha frente. Ele usava um, sobretudo bege, terno e gravata, sapatos sociais e possuía um belo par de olhos azuis. Eu caminhei até ele e coloquei minha mão sobre os seus ombros fazendo-o sorrir. Eu também dei um ligeiro sorriso antes de dar uma cabeçada bonita nele.

— A brincadeira acabou bonitão! — o puxei pela gola do sobretudo — Me diz, quem é você? É algum espírito perdido? Um demônio enviado pelo diabo? Ou apenas uma alma que fugiu do purgatório?

— Eu sou um anjo, sua lunática! — ele me empurrou pra longe — e não recebo o suficiente pra aturar protegidos problemáticos, sabia? — ele se olhou no espelho colocando a mão em cima de onde o acertei com a cabeça.

— Se você é um anjo, então, por que sentiu dor?

— Quem não sentiria, criatura? Com a cabeça de ferro dessas, você levaria a locaute até o Mike Tyson!

— Boo-hoo, puro exagero. — me sentei em uma cadeira qualquer — Você que é muito frouxo mesmo.

— Exagero? Você quase arrancou minha cabeça fora! — ele cutucou de novo o local da cabeça — Au!! Isso vai demorar pra passar.

— Frouxo duplex. — cantarolei e ele revirou os olhos — Então, anjinho se você é mesmo um enviado dos céus, cadê sua aureola? Ou a sua harpa? Ou a sua fralda?

— Fralda? — ele riu — Acho que está me confundindo com o cupido, querida.

— Só o cupido tem fralda? Oh shit! Eu fui enganada a vida inteira!!

— É uma lástima! Acredito que os pais não deveriam mentir para as crianças assim. — ele se sentou ao meu lado — Ainda dúvidas que sou um anjo?

— Claro! Você ainda não me mostrou seus truques de mágica! — ele bufou.

— Eu não faço mágica, Maite! Apenas protejo as pessoas!

— Há! Então, teu patrão vai te despedir meu filho, por que né? — apontei pra mim mesma rindo. — Eu mesma vou mandar a carta dizendo o quanto o seu trabalho foi incompetente!

— Ou a minha protegida que é muito burra! Oh céus, oh céus, por que eu não aceitei cuidar de Osama Bin Laden? Daria menos trabalho que essa menina!

— Tá dizendo que o Bin Laden, é melhor do que eu? — me levantei colocando a mão na cintura.

— Estou por quê? — ele se levantou e fez o mesmo.

— Seu abusado! — Grunhi.

— Insolente! — ele resmungou baixo, me fazendo fuzila-lo com o olhar — Aah, chega! Maite, eu tenho um propósito em estar aqui.

— E qual é? — perguntei desinteressada.

— Te ajudar.

— Aah, é mesmo? — ri — Diga-me anjinho, como pretende fazer isso?

— Bom, mesmo que você não acredite, eu sou um anjo da guarda e meu dever, é guiar os meus protegidos a encontrarem a luz quando morrerem. O problema, é que você em vida deixou assuntos pendentes para resolver e por isso, não pode cruzar o portão. — olhei pra ele séria e ele sorriu. Aonde ele quer chegar? — Ganhei sua atenção, não é?

— Não enche. — bufei — Anda, continua falando. Como assim, `coisas pendentes`?

— Seu coração, querida.

— Não entendi.

— Você não pode ir, porque o seu coração está preso aqui. Alguém carece de seu perdão, e você sabe quem é.

— Christopher.

— É, Christopher. — ele se sentou novamente ao meu lado — Ele precisa saber que está perdoado.

— Ele não merece. Por culpa dele estou nessa condição. Não posso perdoá-lo.

— Então, não pode subir aos céus... — ele suspirou — Pense bem Maite, assim que tiver a resposta eu virei ao seu encontro.

E ele sumiu, tão rápido quanto apareceu. Então, pra entrar no paraíso, eu precisaria perdoar a Christopher, por ter tirado a minha vida. Não é fácil, sabia? Eu planejava ter filhos, um cachorro, uma galinha, um periquito... Enfim, uma família completa. Christopher destruiu tudo, e agora ele está com a chave do céu na mão.

— Argh, Christopher seu empaca vidas!! — gritei para o alto como alguém fosse me ouvir. Ninguém iria me ouvir, a não ser Galadriel, mas ele mesmo disse que só voltaria quando eu tivesse uma resposta.

Caminhei até o quarto, onde residia o meu corpo, Christopher, Alexandra e...  Mamãe.

— Oh mamãe, a senhora não merecia está passando por isso. — coloquei a minha mão parcialmente sobre o seu ombro — Sinto muito.

— Há alguma chance de sobrevivência, doutor? — Christopher perguntou ao Sr. Facinelli.

— Maite está sendo uma guerreira, mas... Eu não sei. Se existe alguma, elas são mínimas.

— Então, ela vai sobreviver! — Christopher gritou. 

— Querido...

— Mamãe, a senhora ouviu; São mínimas, mas elas estão lá. Com um por cento de chance, e noventa e nove por cento de fé, ela vai ficar boa!

— Não quero dar falsas esperanças, Christopher... — Sr. Facinelli comentou desanimado.

— Não! Eu me recuso a acreditar que ela não vá lutar! — ele chegou perto do meu corpo e segurou a minha mão — Lute amor, lute. Está me ouvindo? Lute com todas as suas forças. Eu preciso que você lute.

— Aah Christopher, dizer é muito fácil, mas não é você que está aqui... — murmurei o encarando — Eu sei que você não está me ouvindo, mas eu... eu.. eu te..

— Já decidiu?

— Que susto, Galadriel!! — eu me encontrava caída no chão enquanto ele mantinha um discreto sorriso no rosto — Porra! Não faz mais isso!

— Desculpe. — eu sabia que não era isso que ele queria dizer — Já decidiu?

— O quê?

— Perdoar a Christopher.

— Ah isso? — me sentei na cama, ao lado do meu corpo — É, eu acho que sim.

— Que maravilha! Então, precisamos dizer isso a ele. — respirei fundo e olhei para tras.

—Christopher, está perdoado. — sorri — Pronto, pode abrir o portão agora?

— Não é assim que funciona, Maite. Ele precisa saber...

— Como assim?

— Venha comigo.

— Pra onde?

— Você quer subir aos céus, não é? — assenti com a cabeça — Então, me siga.

Galadriel saiu do quarto e eu o segui em direção a saída do hospital. Ele não dizia nada, apenas caminhava.

— Pra onde está me levando, Galadriel? — perguntei finalmente quebrando o silêncio que havia entre nós.

— Existe uma pessoa que poderá nos ajudar.

— E como ela vai ajudar?

— Christopher precisa ter plena certeza de que foi perdoado, mas como fazer isso se ele não consegue te ver?

— Não faço a mínima ideia.

Ele suspirou.

— Me dê a sua mão, e feche os olhos. — eu fiz o que ele mandou — Não se atreva a abrir até que eu diga que é permitido, okay?

Concordei com a cabeça, e tive uma leve impressão de estar flutuando.

(...)

— Chegamos! — ele cantarolou — Pode abrir os olhos.

— Onde estamos? — perguntei.

— Na casa da pessoa que irá nos ajudar.

— Quem é a tal pessoa? E por que raio está de noite?

Ele soltou um longo e profundo suspiro, seguido de murmúrios indecifráveis.

— Tita, — segurou-me pelos ombros — Não faça muitas perguntas.

— Só me responde essas que eu me calo.

— Você é chata! — me largou e se virou para o local.

— E você é um bobão. Anda, me conta. 

— Teletransporte. E está de noite, porque eu me perdi no mapa, logo demoramos mais do que o esperado para chegar.

— Desde quando anjos precisam de mapa?

— Desde de o dia que eu passei a cuidar de uma cabeça dura, igual a você! — grunhiu.

— Vai começar é? — arqueei as sobrancelhas — Eu tenho milhões de insultos pra você também. 

— Disso eu não duvido, e não. Eu não quero brigar.

— Ótimo!

O silêncio se estendeu novamente entre nós e eu odiava aquilo. Olhei pra onde ele olhava e tive uma leve impressão de conhecer aquele lugar.

— Galadriel?

— O que é?

— Quem mora aqui?

— Creio que sabe disso melhor do que eu. — ele riu — Será que ela está dormindo?

— Ela? Então, a pessoa é uma mulher?

— Sim... — ele está sendo evasivo.

— E eu a conheço? — perguntei temendo a resposta. 

— Como a palma da sua mão.

Dei uma boa olhada na casa, e um flash de luz veio na minha cabeça. 

— Filho duma...

— Olha a língua! Sou um anjo ainda, querida.

— Como você pode?

— Era necessário. Tenho que me certificar que somente ela está em casa, espere aqui.

— E eu tenho outra escolha?

— Não. — e simplesmente sumiu.

— Idiota! — gritei.

Ele me trouxe justamente no último lugar  onde eu queria estar: Na casa de meus pais.

— Pronto, não há ninguém — ele pegou em minha mão — vamos entrar.

Galadriel nos teletransportou lá pra dentro e parou em frente a um quarto bem conhecido por mim.

— Não existe outra pessoa que possa fazer isso, Galadriel? — choraminguei me encostando na porta.

— Não. Ela é a única.

— E o que você irá dizer? "Olá, eu sou o anjo da guarda de Maite, e ela precisa da sua ajuda"? Não é meio estranho pra você?

— Não.

—E se ela recusar, hein? Já pensou nessa possibilidade?

— Escuta Tita, aquela mulher ama você mais do que a ela mesma. Nunca te negaria nada.

— Eu não quero, Galadriel. — fiz biquinho e ele revirou os olhos.

— Eu sei, mas é o único jeito. — ele olhou para a porta novamente e se virou pra mim - Me espere aqui, quando eu lhe chamar entre, okay?

— okay.

Ele entrou no quarto, e eu coloquei o meu ouvido na porta, tentando ouvir  tudo o que se passava ali dentro. Mas, eu queria ver. Queria estar presente pra ver cada reação dela. Como fazer isso sem que Galadriel me veja? Pensa, Tita, pensa. O que você poder...

— Opa! — gritei atraindo a atenção do anjo. Merda, eu tinha atravessado a porta. Espera, eu atravessei a porta, que legal!

— Maite! — ele sussurrou gritando.

— Desculpa. — sussurrei de volta.

— Fica quieta, e vê se controla suas habilidades, — eu possuía mais? Interessante — e seus pensamentos..

— Você me ouve.. — ele me olhou feio — Está bem. — assoviei — Onde ela está? 

— Eu não sei, eu.. — Galadriel se calou ao ouvir um grito estridente vindo da porta do banheiro.

— Jesus Cristo!!! — ela gritou ao vê-lo.

— Não, eu sou o Galadriel.

Continua...

Notas da Autora:

Aêêêê, eu voltei!! Mil perdões pela demora amorecos, eu me enrolei tanto com as outras fics que nem notei que tinha que terminar essa hihih’ perdoa eu?? Eu realmente espero que gostem, porque eu achei muito legal :)

— Comentem pra eu saber quem está acompanhado.

— Qualquer errinho que encontrarem me chame no tt ou ask que vou corrigir.

— A tia aqui, ama todas vocês!!

• Cereja: Awn, minha gatinha linda! Abraço recebido, e eu to enviando o meu cheio de beijinhos e brigadeiros @.@ Eu que amei você, gauta! Oush, todo mundo ficou triste por causa do Uckermann, que to até me sentindo uma monstra por não tá HAUHAUHAUHAU #Iamaevil Guenta coração de cerejinha que num pode morrer agora não! A May morreu de murrida, mesmo. Vou pensar no seu caso se faço ela voltar HEHEHEHEHE .Desculpa a demora do capítulo, cuidar de fic as vezes não é fácil. Espero que goste!

Respondida os comentários, é só isso eu amo vocês

Carly, XX