Fanfic: She Won`t Go | Tema: Uckerroni
Chapter III — Serenade.
— Não, eu sou o Galadriel.
Ela o fitou por alguns instantes, e correu de volta para o banheiro. Eu me sentei em cima da cama dela, eu percebi que isso iria demorar. De repente, ela saiu do banheiro com um guarda - chuva em mãos. O que a menina pretendia fazer com aquilo?
— Vai embora daqui, agora! — ela gritou, e eu revirei os olhos.
— Dulce, houve um mal entendido, — Galadriel tentou se aproximar, mas ela pôs o objeto "pontiagudo" na sua frente.
— Mas nem um passo, forasteiro. — Galadriel, riu.
— Vocês duas amam um bom filme de faroeste, não é mesmo? — ele perguntou, se virando pra mim. Eu dei de ombros, era quase isso. Dulce, vendo que ele abaixou a guarda, tentou atacá-lo com o guarda-chuva, mas antes que pudesse se quer triscar nele, Galadriel deu um golpe muito sinistro nela, a jogando em cima da cama — Dulce Maria podemos conversar?
— Não! Eu sei o que você veio fazer aqui — ela se virou pra mim — Está cumprindo as ordens de Maite. Eu nunca pensei que você cumpriria a ameaça, Tita...
— Que ameaça? — Gale, perguntou.
— Três anos atrás, ela disse que ia chamar um cara pra me estuprar e ela iria filmar tudo! Agora, vocês estão aqui! — ela fez um bico do tamanho da semana — Anda, faça o que veio fazer.
— Por Deus, menina! Eu não vim lhe estuprar! — ele gritou irritado.
— Não? — Dulce, perguntou.
— Não, e mesmo que eu quisesse, não tenho instrumento pra isso! Veja, — Galadriel abaixou as calças, fazendo a mim e a Dulce, tapar os olhos — Olhem! Nadica de nada.
— Aai puxa vida, Galadriel — gritei assim que olhei — Cadê o seu pinto?
— Maite! — Dulce gritou, envergonhada.
— Aah me desculpe, a senhorita Castidade, não gosta de ouvir pinto. — ela socou o meu braço e eu a belisquei.
— Au, louca! — falou.
— Chata!
— Meninas... — Galadriel falou, chamando a nossa atenção.
— Então Galadriel, cadê o seu... — olhei para a Dulce, que me olhava feio — amiguinho reprodutor?
— Anjos não possuem órgãos masculinos. — ele se sentou numa cadeira decorada com ursinhos.
— Com órgãos masculinos, ele quis dizer pinto. — me virei, explicando a Dulce e ela tentou me derrubar da cama.
— Cala a boca, Mai... Espera, anjos? — ela o olhou assustada — Você disse, anjos?
— É Maria, ele disse anjos. — murmurei, dando um pulo da cama.
— Não é possível, anjos não... — ela negou com a cabeça, deixando a frase solta no ar.
— Existem? — Galadriel perguntou, completando — Tem certeza?
Dulce o encarou branca como a neve, e ele sorriu a confortando. Pra quem tá vendo gente morta, ela está demorando demais pra aceitar que tem um anjo castrado no seu quarto.
— O que quer de mim? — ela finalmente saiu do transe em que estava, e olhou para mim — E você? Por que está com ele? Deveria estar em um hospital, se recuperando.
— Exatamente por isso, que viemos Dulce. Precisamos da sua ajuda. — Galadriel, disse.
— Ajuda? — sua expressão ficou confusa — Ajuda em quê?
— Maite, por favor.
Galadriel pediu pra que eu fizesse o que ele e eu combinamos no meio do caminho, primeiro eu explicaria, depois provaria.
— Dulce, — umedeci os lábios — eu sofri um acidente muito grave.
Ela revirou os olhos.
— Disso eu já sei, não é?
— Cala a boca, e me deixa continuar! — berrei enfurecida. Odiava quando alguém me cortava — Eu sofri um acidente muito grave, e agora, nesse exato momento; Eu estou em coma.
Ela me encarou por alguns minutos séria, e depois começou a rir. Ria forçado, como uma verdadeira lunática. Eu caminhei até uma poltrona cheia de ursinhos, e me sentei. O jeito, era esperar que ela parasse com o escândalo que estava armando. Dulce sentou no chão e começou a rolar de lá pra cá, como uma bebezinha de cinco meses de idade. Eu aposto todo o meu dinheiro, que ela estava com dor de estômago já.
De repente, ela se levantou ainda rindo, e com lágrimas nos olhos. Lágrimas essas, que foram aumentando mais e mais, e quando percebemos, Dulce estava se debatendo contra Galadriel, chorando desesperadamente.
— Diz que é mentira!! — ela gritou, em meio a alguns soluços — Diz pra mim que não passa de uma brincadeira de mau gosto!
Eu suspirei.
— Dulce...
— Não! Cala a boca, e fica bem aí. — rosnou, quando eu ia atrever a levantar-me — Se for verdade o que disse... — ela balançou a cabeça, negando — Você sabe o que isso significa? — perguntou com lágrimas nos olhos.
Eu assenti com a cabeça, e ela correu para me abraçar.
— Não! — sua voz saia abafada, pois estava contra o meu pescoço — Isso não é justo...
Acabou que nem precisei provar nada. Dulce acreditava nisso, porque desde pequena via pessoas mortas. Apenas pessoas mortas. Eu tinha me esquecido disso há algumas horas atrás. E agora, minha irmã mais velha, estava vendo a sua frente sua irmãzinha como um espectro. Um mero fantasma que necessitava da sua ajuda. Com certeza, isso era demais pra ela. Naquele momento, eu esqueci das nossas rivalidades, e a confortei. Era a única coisa que eu poderia fazer, estando no estado em que eu me encontrava.
— New world forming, picturesque in its stance — cantei a primeira parte da música que ele sempre adorou. Dul, se aconchegou mais em meu colo e eu continuei — Midnight calling, moonlight shadows start to dance.
— For the dark finds ways of being, engraved in the light — ela continuou com a voz falha — and the heart bears indentations, of yesterdays hurting child
— The now we will run with smiles, — eu cantei, acariciando sua face — the morrow will heal the night so, morning comes.
— Midnight make fast with the sun, — ela cantou, se levantando — i can hear my name be reborn.
— On the cloud within the sky beneath the dawn — nós duas finalizamos juntas, e ela já não chorava mais. Eu sorri a reconfortando, e ela me abraçou.
— As coisas são muito injustas. — ela murmurou ainda encostada em mim.
— Eu sei, é difícil de acreditar.
— Não tem um jeito de reverter isso? — ela se levantou, parando a minha frente — Digo, ele é um anjo certo?
Assenti com a cabeça.
— Então, ele pode trazer você de volta! — afirmou, animada.
— Não, eu não posso. — Galadriel apareceu de repente — Estava escrito nas estrelas.
— O quê? — perguntamos, confusas.
— Estava no destino dela. — ele se aproximou, parando em nossa frente — Não posso explicar muito, apenas queremos a sua ajuda, Dulce.
— Você é a única que me vê. — falei, a encarando — E pra subir para ao céu, Christopher precisa me liberar.
— Liberar? — eu assenti — Como assim?
— A culpa dele, a mantém aqui nesse mundo.
— E onde eu entro nessa história?
— Você precisa contar pra ele que eu o perdoei. Que ele não precisa se sentir assim. Que eu...
— Ele nunca vai acreditar a mim! — ela me cortou — Isso é doidera demais.
— Você precisa fazê-lo te ouvir! — eu a olhei com os olhos pidões — Por favor, Dulce.
Ela assentiu, e me abraçou.
— Tudo bem, por onde começamos?
— Indo contar a Christopher. — Galadriel disse, como se fosse obvio.
— Assim de supetão?
Nós assentimos, e ela suspirou cansada. Eu a entendia, aquilo seria muito difícil.
— Tudo bem... Então, quando vamos?
— Amanhã, no hospital. — Galadriel disse — Descanse Dulce, temos um longo dia pela frente.
Eu dei um beijo de boa noite nela, e saí do quarto com Galadriel. Eu tinha algumas coisas para perguntar a ele. Como, por que estava esc...
— Porque assim Deus quis. — ele simplesmente respondeu, me deixando boquiaberta. Ele leu a minha mente.
— Primeiro, pare de ler a minha mente! Segundo, isso é mentira! Não é possível que...
— Sim, May é possível. Não discuta.
— Galadriel, você está mentindo. Não sei porquê, mas eu sinto que está. — eu o puxei, virando ele para mim — Me responda, por favor.
Ele me olhou, com pena e suspirou derrotado.
— Vamos fazer assim: Quando chegar a hora, eu lhe conto toda a verdade, está bem?
Era melhor do que nada. Eu concordei com a cabeça, e seguimos para a sala. Sentamos no sofá, olhando a lareira. Não havia nada para fazer. Eu não precisava mais dormir, e acredito que nem ele. Tudo o que se ouvia, era um grilo nojento que não parava de cantar, porque coração batendo não existia mais.
— Galadriel?
— Sim, Maite.
— Se eu sou fantasma, por que Dulce pode me abraçar?
— Eu não sei.
— Você sabe! — me levantei — Sim, você sabe! Então, me conta!
— Eu não posso.
— Por que, não? — gritei, irritada.
— Por que você precisa se lembrar. Se procurar dentro de sua mente, irá encontrar todas as respostas.
— Me lembrar? — o olhei confusa — Lembrar do quê?
— Você descobrirá. — ele se levantou, caminhando até a porta — Eu volto ao amanhecer. Enquanto isso, tente.
E ele foi embora novamente.
Notas da Autora:
Sentiram minha falta? Eu espero que sim, hahahah`
Bom, esse ficou bem curtinho, mas acho que já dá pra entender o rumo que a história está tomando. Eu peço please, que não queiram me matar e não me xinguem, okay? A música que elas cantam se chama Serenade, da Emiliana Torrini se tiverem curiosidade em saber. A música é lindja, docinhos! Enfim, é só isso.
Respondida os comentários, é só isso eu amo vocês
Carly, xx
Prévia do próximo capítulo
"Era 1895. Em uma primavera ensolarada em St. Louis, uma criança de cabelos extremamentes negros, brincava com a lama. Sua mãe gritava enlouquecidamente para que ela largasse aquele monte, pois era perigoso. Entretanto, ela não dera ouvidos. Tudo o que importava naquele exato momento, era fazer o seu bolinho de barro, e levar para a garota ruiva dentro d ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 21
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voidstiles Postado em 23/06/2016 - 01:03:21
Vc bem que podia voltar né, essa fic é maravilhosa.
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Borboletta Postado em 03/04/2015 - 22:32:56
Cadê ti, Mulher? Tô tipo, ANGUSTIADA! Vai mesmo fazer isso cumigo? Vai me abandonar? ;(
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cereja Postado em 11/02/2015 - 18:47:36
Kd vc, pelo amor de Deus!!!!!! Vai fazer 3 meses que vc não posta aqui e eu estou beirando no desespero. Necessito desa fanfic, ela é perfeita, uma das melhores e mais bem escrita que leio <3
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cereja Postado em 17/12/2014 - 22:31:14
Olha, apesar de tbm ser Vondy, não quero o Ucker com a Dulce. Quero ele com a Mai! <3 u.u
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cereja Postado em 10/12/2014 - 01:09:14
Cap. dedicado exclusivamente a mim? Woooosh.... Que honra (: (: (;
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cereja Postado em 10/12/2014 - 01:06:55
Dulce é irmã de Maite? (não sei se essa info já constava na história, mas estou chocada) 'O'
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cereja Postado em 10/12/2014 - 01:04:58
Nããão! Beijo da morte? Não quero que a Mai morra. A quero viva e com o Ucker! Vc é uma assassina fria e calculista! u.u
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cereja Postado em 16/11/2014 - 01:29:31
Avião sem asa, Fogueira sem brasa, Sou eu assim sem She Won't Go. Futebol sem bola, Piu-piu sem Frajola, sou eu assim sem She Won't Go. Por que é que tem que ser assim Se o meu desejo não tem fim. Eu quero ler a todo instante nem mil auto falantes vão poder falar por mim. Eu não existo longe de 'She Won't Go" E a solidão é o meu pior castigo. Eu conto as horas pra poder te ver mas a Cherry Pie tá de mal comigo Por quê? Por quê?
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cereja Postado em 16/11/2014 - 01:21:29
Cadê você, forasteira, pelo amor de Deus, apareça!
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cereja Postado em 16/11/2014 - 01:20:05
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah! Tô ficando louca sem essa Web!