Fanfic: Fairy Tail Nemesis | Tema: Fairy Tail

Kira e Kalista andavam mesmo pelo vale mergulhado na escuridão. Mas pararam quando, dentro de suas mentes, viram a morte de seus pais. Na hora gritaram, um grito de puro horror e dor. A dor era tão grande que suas mentes entraram em choque, fazendo-os desmaiar.

O grito dos irmãos acabou despertaram alguns dos dragões que ali viviam. Um enorme dragão azul saiu de sua caverna para ver o que havia acontecido. Não muito longe encontrou as duas crianças humanas lívidas e desmaiadas. Se compadecendo, o dragão agarrou a ambos com sua boca, levando-os para sua toca.

Ao entrar, um dragão de pele escura como a terra olhou a companheira:

- O que você trouxe aí? – Falou, sua voz grave e profunda ecoando nas paredes da caverna.

- Dois humanos, um garoto e uma garota. O grito desesperado dele me acordou. Encontrei-os desmaiados e parecendo estar em grande sofrimento Tochidoria.

Tochidoria urrou e olhou raivoso para o dragão azul da cor do mar:

- Você por acaso pretende cria-los Mizunia?

- São apenas crianças indefesas, Tochidoria – Disse Mizunia, compadecendo-se.

O dragão marrom se afastou resmungando e adormeceu. Mizunia colocou os garotos delicadamente do seu lado e também pegou no sono.

Kira acordou gritando. Imagens da noite anterior pipocando na sua cabeça, como em um filme de terror. Ofegante, olhou em volta procurando sua irmã e quando viu Kalista acariciando um dragão azul, colocou-se na frente dela e gritou:

- Se afasta da minha irmã!

Atrás de Kira apareceu Tochidoria, que falou:

- Não te avisei Mizunia? Humanos só pensam em nos atacar.

- Um dragão que fala? – Kira disse assustado. Kalista se pôs de lado a Kira, e tocando no ombro do irmão disse:

- Ela é um dragão irmão. É Mizunia, a dragão da água, e esse é Tochidoria, o dragão da terra.

Em seus pensamentos Kira lembrou-se de seus pais. Terra e Água. Em seguida lembrou-se do efeito do Death Sense. Kalista abraçou Mizunia e passou a mão em suas escamas.

- Você é calma e macia, assim como a mamãe. – A memória de sua mãe logo lhe lembrou de que seus pais estavam mortos, e começou a chorar. Agora ela só tinha o irmão como família.

Kira começou a observar fixamente Tochidoria, que se sentiu incomodado e fez uma barreira para o garoto não lhe ver. Mas foi em vão, já que com um breve movimento, Kira derrubou a barreira, o que deixou o dragão impressionado. Com agilidade, o menino subiu nas costas de Tochidoria e disse confiante:

- Quero que me treine. Você parece ser muito forte.

- Eu te treinar? Um dragão treinando um humano? Não seja patético garoto, você nunca será forte. – Disse com sua voz ressonante, preparando-se para tirar um cochilo.

De repente, Mizunia sentiu um tremor percorrer lhe o corpo. Em um impulso para protegê-lo de algo que com certeza aconteceria, pediu para que Tochidoria fosse embora, que abandonasse o Vale dos Dragões.

- Não vou embora Mizunia. Nem adianta discutir – Respondeu ele, com um olhar firme em direção da companheira. Ele nunca iria sem ela, e ela não seria capaz de abandonar aquelas crianças. Ficariam todos juntos e enfrentariam o que vier pela frente.

Os anos foram se passando. Kira e Kalista foram treinando com os dragões, e ficando a cada dia mais forte. Com o tempo fora aprendendo não apenas a controlar sua magia, mas a controlar a dor pela perda dos pais, e a vingança contra aqueles que lhe tiraram tudo.

Até Tochidoria aprendeu a gostar dos pequenos humanos, e não era mais tão rabugento quanto costumava ser. Porem, Mizunia sentia que algo ruim se aproximava, e não demoraria muito tempo.

Vale dos Dragões, ano X777.

Kira e Kalista cresceram com os dragões Tochidoria e Mizunia, que se tornaram sua nova família. Uma das coisas que sempre fazia, era sair durante alguns dias para procurar comida, já que no vale não havia nada que pudesse ser consumido por humanos. Voltando de uma de suas viagens, os irmãos chegaram ao vale e não encontraram os dragões.

Procuraram por todo o vale, mas não encontraram nenhum vestígio de Tochidoria e Mizunia. Desesperados, ambos choraram e gritaram:

- Por que vocês se foram? Por que nossa família tem que sumir assim? Não fomos bons filhos?

A noite chegou e Kalista acendeu uma fogueira para mantê-los aquecido. Nunca precisavam fazer isso porque só pela baforada que os dragões exalavam era o bastante para esquentá-los. Tristes, Kira e Kalista dormiram sozinhos pela primeira vez, naquela caverna que se tornara seu lar durante esses anos.

Na madrugada, barulhos de passos e vozes grossas invadirem o local, porem Kira e Kalista não acordaram.

- Eles deveriam estar por aqui, segundo nossas informações. Vamos procurar aqueles dragões por aqui.

Homens com o rosto cobertos por máscaras pretas e brancas junto com várias bestas  entraram na caverna e viram os dois dormindo.

- Crianças? Peguem-nas. Elas devem saber algo sobre os dragões desse vale. – Disse o que parecia ser o chefe.

Os dois acordaram assustados, e prenderam-nos com algemas nas mãos antes que pudessem fazer algo.

- O que vocês sabem sobre os dragões que moravam aqui? – Perguntou um dos homens. Ambos ficaram quietos, se recusavam dizer alguma.

- Vamos leva-los para a torre. Eles podem servir de cobaias para as pesquisas. – Ordenou o chefe.

Mesmo preso, Kira conseguiu fazer um circulo de poder, e uma mão de terra saiu do chão em direção do rosto de um dos homens, quebrando sua máscara.

- Seu desgraçado... – Gritou o atingido, urrando de dor. Ele pegou uma lança elétrica e deu um choque em Kira, que gritou e caiu no chão, atordoado. Kalista se ajoelhou e tocou o irmão, preocupada. Kira acenou com a cabeça a saída da caverna, que graças a distração de Kira estava desprotegida de um daqueles bandidos.

Kalista iria dizer que não, mas o olhar no rosto do irmão era firme. Com os olhos cheios de lágrimas, a menina correu entre as bifurcações da caverna sem hesitar, conhecia aqueles caminhos com a palma da mão. Quando chegou do outro lado e olhou para trás, viu que a saída da caverna estava completamente lacrada e percebeu que seu irmão havia se sacrificado para salvá-la.

Enquanto a irmã fugia. Kira foi acertado, em quando desabava ao chão pensou em sua irmã: “Kalista os deixe comigo. Desculpe irmã, eu prometi que ninguém iria nos separar, mas foi preciso”, e então desmaiou.