Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Agora só a chuva fazia barulho. Alfonso e Anahí ficaram de conchinha, ela acolhida no peito dele, preguiçosa, com a sensação estranha de que seus ossos tinham ganhado a consistência de maria-mole, o corpo relaxado, quase sonolento, e ele brincando com o cabelo dela. Até que ele viu a mão dela, machucada, inchada, quase fechada em punho. Anahí gemeu quando ele abriu a mão dela, e se retraiu quando ele a fez fechar.

Alfonso: Shhh. – Ninou, beijando o ombro dela. Havia uma mordida ali. Os dois tinham o corpo todo coberto de marcas, as costas de Alfonso pareciam ter sido açoitadas, pela quantidade de marca de unha.

Anahí: Está doendo. – Se queixou – Você quebrou minha mão.

Alfonso: Não quebrou. Só precisa de um pouco de gelo e repouso, no máximo uma tala. – Ela o atravessou e ele sorriu – No rei dos absurdos uma tala.

Anahí: Insuportável. – Murmurou e ele riu, beijando-lhe o ombro. O silencio reinou um instante.

Alfonso: Eu vou ser preso. – Anahí abriu os olhos, encarando-o – Assim que aparecermos.

Anahí: Porque? – Perguntou, confusa.

Alfonso: Porque jurei em depoimento que contaria tudo sobre Alexander Pierce e serviria de testemunha. Porque eles sabem que eu faço parte disso tudo. Porque mesmo sem provas, sabem que eu matei o agente... E provavelmente que eu roubei um carro. – Disse, franzindo o cenho.

Anahí: Porque fez isso, Alfonso? – Perguntou, se deitando de barriga pra cima, para olhá-lo. O olhar dela estava magoado – Sei que errei, mas você seria mesmo capaz de me entregar? Dizer tudo o que sabe?

Alfonso: É claro que não. – Ele colocou o cabelo atrás da orelha dela – Mas você me exilou. Eu não conseguiria voltar a França sem ser assim. – Anahí ergueu as sobrancelhas – Eu precisava te alcançar. Voltar pra cá.

Anahí: O que você disse a eles? – Perguntou, calculando o estrago.

Alfonso: Nada comprometedor, eu acho. Dulce, - Anahí revirou os olhos, suspirando, e ele sorriu – Dulce queria saber onde vocês estavam. Eu disse que era um lugar que não podia ser encontrado a não ser por quem já tivesse ido lá. – Anahí assentiu – Me perguntou como nos conhecemos, eu falei sobre ser o doppelganger. – Anahí esperou – Falei que Christopher era casado com Madison, e Ian com Katherine. Só.

Anahí: Não é muito. – Considerou – Christopher ia exibir Madison de qualquer forma, mas Ian vai ficar furioso. – Alfonso revirou os olhos – Só isso? Tem certeza? – Ele assentiu.

Alfonso: Isso e o agente que eu degolei. E o carro. – Concluiu, acariciando o cabelo dela.

Anahí: Realmente o matou? Aliás, como conseguiu fugir? – Perguntou, confusa.

Alfonso: Pedi o café da manhã com tudo que precisasse de faca. Ataquei o agente pelas costas e o degolei. Pulei da janela no canal, e nadei até ser seguro. – Anahí ergueu as sobrancelhas – Roubei um carro, e vim até perto daqui. O resto a pé. Precisava chegar aqui, não importa o preço.

Anahí passou um tempo olhando-o. Acontecera, mesmo que ela tentasse impedir. Ele fazia parte de tudo isso agora.

Anahí: Assassino. – Acusou, olhando-o. Ele deu de ombros – Ladrão. – Alfonso riu – Mentiroso.

Alfonso: A suja falando do mal lavado. – Disse, sorrindo.

Anahí: Não te incomoda?

Alfonso: Você não mentiu. Sou assassino, sou ladrão, e sou mentiroso. Acho que vou pro inferno. – Ele deu de ombros. – Não faz mais isso, Anahí.

Anahí: O que?

Alfonso: Mentir pra mim assim. Eu quase morri tentando te alcançar. – Ela ficou quieta.

Anahí: Na hora em que você matou o agente, o que você estava pensando? – Perguntou, quieta. Seu primeiro homicídio fora Rodrigo, e na hora ela só tinha em mente o ódio pelo que ele tinha lhe feito.

Alfonso: Estava pensando que amava você. – Disse, se lembrando – Que precisava ter você de volta.

Anahí: Está realmente disposto a viver assim? Por mim? – Perguntou, encarando-o, e ele sorriu.

Alfonso: Não é tão ruim. Por 12 horas eu pensei que não voltaria mais a te ver. Qualquer coisa é melhor que aquilo. – Anahí beijou a mão dele.

Anahí: Desculpe. Eu achei que estava ajudando você. – Disse, quieta.

Alfonso: Águas passadas. Contanto que você me visite na cadeia. – Anahí riu, passando a mão no rosto.

Anahí: Todos nós aqui já fomos presos várias vezes e fomos soltos por falta de provas. Veja isso como um ritual de iniciação. – Alfonso riu. Ela passou a mão no cabelo – Nós destruímos a sala. – Disse, olhando em volta.

Alfonso: Você não tirou. – Disse, pegando a mão boa dela. Ele pisara a esquerda. A aliança continuava ali.

Anahí: Nem pretendia. – Admitiu. – Você ainda quer se casar comigo? – Perguntou, com uma careta.

Alfonso: Quero. Quero estar no altar e ver você entrando de branco. Que todo mundo saiba que você é minha, e que ninguém vai nos separar. – Ela sorriu com o pensamento – Não minta na resposta dessa vez.

Anahí: Temos uma festa a planejar, então. – Disse, sorrindo, e ele sorriu abertamente, beijando-a em seguida de modo doce.

Dessa vez era oficial. Mas antes de pensar na marcha nupcial, devemos lembrar de uma pessoa que foi atingida nessa bagunça, que oferece perigo, e que ainda não foi enfrentada... Mas que terá que ser, muito em breve.

_____________________________________________________________________________

quanto amooooooor!!! *-----* ♥