Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Dulce: Desacato a autoridade. – Anunciou, a voz quebrada, quase inaudível, olhando Christopher.

Alfonso: Protesto! – Disse, tentando defender Anahí.

Christopher: Você não protesta nada. E se protestasse, protesto negado. – Disse,  revirando os olhos – Ela só está nervosa... E não há provas de que esteja se relacionando a você. – Disse, indo até a porta.

Dulce ainda estava paralisada. Seria um doce, um sonho ter Anahí ali, presa só por tê-la desacatado. Mas aquele era Alexander Pierce. A certeza disso corria no sangue dela. Primeiro Madison, a aliança, o modo confiante como ele se portava, o queixo sempre erguido, a confiança no olhar e na voz, o descaso com a autoridade, o modo com que agora ele rosnava no corredor. Aquele homem era Alexander Pierce e ela não tinha como provar.

Anahí: Cheguei! – Disse, entrando na sala, com um sorriso enorme na cara – Hello, sweetie. – Disse, selando os lábios com os de Alfonso, que não conseguiu não rir – O que eu perdi?

Christopher:Vamos encerrar isso . – Disse, respirando fundo – Dulce, suas acusações, fora a história absurda sobre Alexander Pierce? – Dulce respirou fundo, se recompondo.

Dulce: Seu cliente matou meu agente a sangue frio. Fugiu de uma segurança especialmente criada para ele, mentiu perante a lei. – Acusou.

Christopher: Alguma prova do assassinato? – Perguntou, tranqüilo – Videos, testemunhas, impressões digitais, a arma do crime, qualquer coisa? – O ódio subiu até a boca de Dulce.

Dulce: Não. – Murmurou, irritada.

Christopher: Então eu acho que não temos mais o que fazer aqui. – Disse, cruzando os braços – Sendo que meu cliente pode abrir um processo contra a sua jurisdição por tê-lo detido sem provas.

Dulce avançou na mesa onde Alfonso estava, furiosa. Anahí rosnou, raivosa e avançou nela, em defesa de Alfonso, mas Madison a interceptou no caminho, fazendo os 
cabelos de Anahí ricochetearem em seu rosto pelo impacto.

Dulce:Você sabe que esteve aqui, sabe as coisas que me disse, sabe que matou o agente. Você não é esse tipo de pessoa, Alfonso. Você não faz parte disso, você não é capaz.

Alfonso: Com o perdão da palavra... Você não faz idéia de quem eu sou, muito menos do que sou capaz. – Disse, tranqüilo – E já que interessa tanto... Eu sou só um turista. – Disse, irônico, sorrindo e dando de ombros. Anahí riu, debochada, nos braços de Madison.

Dulce: Muito bem. – Disse, respirando fundo – Liberado até a apresentação de provas contra o senhor.

Alfonso ergueu os braços algemados, irônico, e Dulce deu sinal pra um guarda, que o soltou. Ele se levantou, apanhando Anahí nos braços, o que a fez rir. Todos estavam saindo, em paz, mas...

Dulce: Um instante. – Todos olharam – Você não. – Disse, encarando Anahí.

Anahí: É comigo isso? – Perguntou, atrevida.

Dulce:Invasão a um local de porte de sigilo policial, atentado ao pudor contra o meu agente e desacato a autoridade. Você fica. – Christopher suspirou de novo – Está presa, Anahí. 

Nada, nada bom.

Alfonso apertou Anahí nos braços, ainda com Anahí no ar, e ela ouviu ele rosnar, na defensiva. Christopher suspirou, deixando a cabeça cair pra trás. Se aquela história se espalhasse... Primeiro alguém cantando as informações, depois alguém do topo da pirâmide preso, todos iam começar a criar pânico. Anahí ergueu a sobrancelha pra Dulce, e Madison passou a mão, tirando o cabelo do rosto e sorrindo.

Madison: Você tem certeza? Digo... Você tem CERTEZA de que você quer essa mulher perto de você? – Perguntou, erguendo a sobrancelha, e Anahí riu.

Dulce: Absoluta. Está presa. – Confirmou, sorrindo.

A verdade era que não era nem pelo puro ódio que sentia por Anahí que a prendera; Mantê-la ali manteria Alexander Pierce por perto. Ele não a deixaria, e Dulce precisava de tempo.

Alfonso: Nem pensar. – Disse, com Anahí nos braços, como se aquilo fosse protegê-la. Ela sorriu, dando um beijinho no queixo dele.

Madison: Cale essa boca. – Rosnou, virando o rosto pra ele em uma ameaça.

Christopher: Qual a fiança? – Perguntou, prático.

Dulce: Não há fiança. – Com essa até Anahí recuou.

Anahí: Querendo compensar alguma coisa? – Perguntou, tranqüila.

Christopher: Você está sendo absurda. – Rosnou, se irritando.

Dulce: Que seja. – Ela caminhou, tranquilamente, até a porta e chamou um guarda – Por favor, apresente a Srta. Uckermann aos seus aposentos.

Alfonso: Depois de passar por cima de mim. – Disse, debochado, ainda com Anahí no braço.

Madison: Alfonso, cale a boca. – Pediu, suspirando.

Christopher: Escute. – Ele se virou pra Anahí e Alfonso, sério – Eu vou dar uns telefonemas, consigo um habeas corpus e a petição de fiança. Só me dê meia hora. – Anahí assentiu, e Alfonso rosnou – Quanto mais você dificultar, pior pra todos nós. Deixe ela, não é a primeira vez que vai presa, e eu preciso resolver isso pra sair daqui. 

Anahí: Está tudo bem. – Disse, se soltando dos braços dele e voltando ao chão – Vá com Madison. Converse com ela sobre o que decidimos sobre o casamento. Atualize ela, e quando terminar encontrarei vocês.

Carlos: Dulce, você já tem resultados sobre... – Ele parou vendo o alvoroço na sala.

Dulce: Isso aqui não é sala de visitas. Anahí, pra cela, os outros, pra fora. Eu tenho trabalho a fazer. – Anahí sorriu, olhando o chão, e ergueu o rosto, os olhos sendo duas pedras.

Anahí: Tente me dá ordens nesse tom outra vez e eu serei presa por agressão a autoridade. – Avisou, sorrindo – Vamos. – Disse, se virando pro guarda – E não encosta a mão em mim, eu sei andar só. – O guarda assentiu.

Anahí saiu com o guarda, Alfonso rebocado por Madison e Christopher já no telefone. Carlos se virou pra Dulce com uma indagação no rosto.

Dulce: É ele. – Disse, lívida – É ele, ele é Alexander Pierce. – Disse, com as mãos nos cabelos.

Dulce explicou tudo a Carlos, e por fim ele concordou com a teoria dela, se frustrando por não ter provas. Assim que se livrasse do problema ele sumiria novamente, era fato. Dulce saiu, cuspindo fogo, e ele saiu, caminhando. Parou na cela onde Anahí estava. Ela estava sentada, a cabeça encostada na parede, os braços cruzados na barriga, os olhos fechados. Havia retirado as luvas, que estavam na mesa a sua frente. Os cabelos estavam soltos a sua volta, parecia que ela havia estado alvoroçada, uma mecha caindo delicadamente sobre o rosto de marfim.

Anahí: Problemas, agente? – Perguntou, ainda de olhos fechados.

Carlos: Nenhum. – Respondeu, observando-a pela grade.

Anahí: Meu advogado voltou? – Perguntou, desencostando a cabeça da parede e abrindo os olhos de um azul água para olhá-lo.

Carlos: Não tão cedo. – Ela ergueu a sobrancelha delicada e ele deu as costas, saindo.