Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Alfonso: É o inferno. – Rosnou, frustrado.

Anahí: Perderemos a reserva, eu sei. – Disse, como se isso fosse o pior. Ele riu, e ela lhe beijou o rosto – Mas usei o tempo pra pensar em modo pra te compensar por isso... Só nós dois... No hotel. – Sussurrou, quase inaudível, e ele sorriu, pondo o cabelo dela atrás da orelha. Carlos encarava o chão, a pasta nas mãos, ódio correndo nas veias no lugar de sangue. Por mais baixo que ela falasse ele conseguia ouvir; se treinara pra isso. Ela queria agradá-lo, queria mimá-lo... Ela o amava. – Muito melhor que o restaurante. – Garantiu.

Alfonso: Então é melhor irmos logo. – Anahí riu, e Alfonso ergueu o rosto, o sorriso apaixonado sumindo dali – Com licença. – Disse, apanhando a pasta nas mãos de Carlos e enlaçando a mão com a de Anahí. 

Carlos não pode fazer nada, Christopher fizera seu trabalho impecavelmente e em tempo recorde: Os documentos batiam, ela estava livre. Alfonso balançou a pasta no ar, sorrindo, debochado, e deu as costas, levando Anahí, que quase flutuava, feliz como um pássaro ao lado dele. Carlos tinha ânsias de vomitar, tinha vontade de detê-la na cela só por saber que ele a tocaria com aquelas mãos sujas hoje a noite, que ela o amaria. Mas, para a alegria geral da nação, ele não podia fazer nada. Por enquanto.

***

Uma bomba é inofensiva até que alguém a acione. Uma dinamite não assusta até que alguém acenda o pavio. Mas basta uma faísca pra começar a destruição, um dominó caindo pra desencadear o caos. 

- EU NÃO VOU ME CASAR EM QUALQUER IGREJA! 

Madison: POIS CASE EM VEGAS, pra mim tanto faz! – Disse, jogando uma paleta com tecidos de diversas cores pra cima. Christopher, a salvo, longe da confusão, riu. Alfonso suspirou.

Alfonso: Vocês duas... – Pediu, cansado. Era todo dia isso, do amanhecer até a hora de ir dormir.

Madison: Mande sua mulher ser razoável. – Rebateu, saindo da sala.

Diamantes amarelos sobre a luz
E nós estamos lado a lado...
Quando a sua sobra cruza a minha
É o que basta para que eu ganhe vida.

Anahí: Eu acho esse modelo o mais bonitinho. – Disse, no dia seguinte, sentada com Madison, as duas com um tablet na mão.

Madison: Também achei. Fotos em convite de casamento é brega, parece que você está lembrando a pessoa quem é que está fazendo o convite. – Anahí riu, avaliando – Alfonso vai convidar alguém?

Anahí: Não pensei nisso. – Disse, olhando pra frente – Quero dizer, ele não teve contato com mais ninguém desde que veio pra cá, e que eu saiba os pais dele tem a saúde frágil pra uma viagem dessas.

Madison: E pra correr o risco de que alguém comece um tiroteio no meio da cerimônia. – Disse, e as duas riram.

Anahí: Gostaria de ver alguém experimentar. Ficamos com esse. – Decidiu, e Madison assentiu. 

É como me sinto que não posso negar
Mas eu tenho que deixar ir...
.
Semana depois... Estavam os quatro, Anahí, Alfonso, Madison e Christopher em uma das maiores catedrais de Paris. A igreja era simplesmente linda, o teto era super alto, com mosaicos feitos em cristal. As cadeiras eram feitas de uma madeira escura, lustrada, tudo era perfeito, impecável. Parecia que se você falasse ali dentro, por mais baixo que fosse, Deus ouviria.

Madison: Essa definitivamente não é qualquer igreja. – Mencionou, parada ao lado de Anahí, em um sussurro. As duas observavam a arquitetura meio abobalhadas com a perfeição, tudo ali parecia esculpido por anjos, as paredes de um branco impecável, a decoração com santos feitos em mármore, tudo impecável. 

Anahí: Vai ser aqui. Eu consigo ver. – Disse, sorrindo de canto, olhando o altar. Podia ver Alfonso parado no altar, de terno e gravata, esperando por ela.

Christopher: O bufê acabou de ligar. Confirmaram tudo como vocês pediram. – Disse, guardando o celular.

Anahí e Madison: Shhh! – Disseram, com uma careta, e Christopher fez uma careta.

Alfonso: Acaba de me passar algo. – Disse, sussurrando, se aproximando, com as mãos nos bolsos – Estamos em Paris... O padre vai querer celebrar a missa em Francês. Eu não sei falar francês. – Disse, olhando pra frente.

Anahí: Puta merda. – Suspirou.

Christopher: Anahí! – A outra arregalou os olhos, tapando a boca – Vamos sair daqui.

Minutos depois...

Christopher: Você não pode me pedir pra contrabandear um padre, pelo amor de Deus! – Disse, sentado em um café perto da igreja.

Anahí: Minha língua nativa é inglês. Alfonso é inglês. Ele fala inglês. Eu não posso me casar em francês! – Disse, exasperada.

Christopher: Anahí... Eu tenho passado o pente fino em todos os diamantes amarelos do continente, talvez mais longe, só porque você quer diamantes amarelos na sua decoração. – Disse, respirando fundo. Essa história de casamento já o estava enervando – Você não pode me pedir pra comprar as leis do vaticano!

Anahí: Então alguém ensine inglês ao padre daqui. – Disse, simples. 

Madison: Vamos resolver isso. – Disse, beijando o rosto do marido. Christopher suspirou, se afundando na cadeira, exausto.

Nós encontramos amor em um lugar sem esperança.
Nós encontramos amor em um lugar em esperança...

Madison: O quadril pode ficar um pouco mais justo. – Disse, observando.

Dias depois... Anahí estava parada em frente ao espelho... E parecia um anjo. Tinha os cabelos com duas mechas presas atrás, com um grampo com safiras. Usava o vestido de noiva, era a prova final. Era um tomara que caia, com detalhes em cetim e alguns pontos com renda. Anahí desenhara cada detalhe.

Anahí: Se apertar muito não vou conseguir respirar. – Disse, e a costureira experimentou, prendendo com um grampo. Anahí respirou fundo, testando – É, ficou ótimo.

Alfonso: Anahí, o cara da floricultura está aqui fora, eu não entendo o que ele fala mas ele repete muito seu nome e o de Madis... Oh, Deus. – Parou, empedrado na porta. Anahí se virou, estática, ele sorriu. Era a coisa mais linda em que ele já tinha visto os olhos... Até encontrar o olhar dela. Estava furioso.

Christopher: ALFONSO, PELO AMOR DE DEU... Já era. – Gemeu, parando na porta. Anahí ainda encarava Alfonso quando apanhou o vestido pelo decote, rasgando-o. Ela desatou a rasgar tudo, ficando de sutiã e calcinha. 

Alfonso: O que você está fazendo? – Perguntou, e Madison caiu em um choro histérico.

Christopher: O noivo não vê a noiva vestida antes do casamento, seu grande idiota. – Rosnou, furioso, indo acudir Madison, que soluçava. Anahí terminou de rasgar o vestido e saiu da redoma dele. A costureira estava empedrada, vendo sua obra de arte destruída, as rendas delicadas em frangalhos.

Alfonso: Desde quando você acredita em superstição? - Perguntou, incrédulo. Christopher apanhou Madison no colo, acalmando-a, quase que ninando.

Anahí: Desde o momento em que você me viu vestida! Que ótimo, agora eu tenho que começar do zero. – O choro de Madison se intensificou ao ouvir isso. – SAIAM DAQUI! – Disse, histérica, arrancando o grampo do cabelo.

Christopher: Mad? – Perguntou, preocupado. A outra respirou fundo e assentiu, saindo do colo dele.

Madison: Tudo bem, passou. – Disse, secando o rosto – Do começo. – Disse, olhando a costureira, que assentiu, lhe passando um lenço.

Brilha uma luz através de uma porta aberta
Amor e vida eu separarei
Dê meia volta, porque eu preciso mais de você.
Sinta as pulsações batendo em minha cabeça.

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