Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Alfonso: EU VOU MATAR VOCÊ, VOU FAZER ISSO COM AS MINHAS MÃOS, ABRA ESSA PORTA, ANAHÍ! – Rugiu, se lançando contra a porta, que tremia.

Anahí: Alfonso, por favor. – Disse, parada no outro canto do quarto, olhando a porta. Aquilo não ia segurar muito tempo.

Christopher: Alfonso, chega. – Disse, olhando a estrutura da porta, que tremia.

Alfonso: Só vai chegar quando colocar as mãos nela, ABRA A PORTA! – Com o pontapé que recebeu a porta ficou decididamente bamba.

Anahí: Christopher, faça alguma coisa. – Pediu, hesitante.

Alfonso: EU VOU ARROMBAR ISSO! – Avisou, e como se fosse pra confirmar o que dizia, tomou impulso, se batendo com a porta. Uma vez... Duas... E a fechadura cedeu. Anahí gritou, correndo pra dentro da suíte e se fechando lá.

Alfonso ia atrás dela quando quatro mãos o apanharam pelos braços. Ele se esquivou, se debatendo, mas parou no chão. Madison passou pra cima dele com uma seringa, que a encarou, raivoso e confuso.

Madison: É só uma picada. – Prometeu, sorrindo, irônica. Alfonso sentiu a fisgada do tranqüilizante no braço que Christopher segurava. Então todos o largaram, muito tranquilamente.

Alfonso pulou do chão e partiu pra dentro do quarto, sabendo que não tinha tempo. Anahí, que observava a cena pela frestinha da porta, não teve tempo pra fechar de novo. Ele a apanhou pelo braço, puxando-a pra fora do banheiro com brutalidade.

Alfonso: Eu devia matar você! – Rosnou, e os braços dela doíam horrivelmente com as sacudidas que levava – VOCÊ ENLOUQUECEU? QUANTAS VEZES EU DISSE QUE AQUILO NÃO PODIA ACONTECER?

Anahí: Shhh, acabou, já passou. – Disse, tentando acalmá-lo.

Alfonso: PODIA NÃO TER ACABADO! VOCÊ PODIA ESTAR MORTA! – A visão de Alfonso escureceu, como uma lâmpada que apaga e acende. Merda.

Anahí: Está tudo bem agora. Nós estamos bem. – Disse, conseguindo se soltar das mãos dele. Alfonso pressionou os olhos, cambaleando. – Já acabou.

Alfonso: Tire as mãos de mim. – Disse, empurrando ela com brutalidade. Então caiu.

Alfonso passou horas apagado. Quando acordou a bagunça feita por ele havia sido controlada, a porta arrumada, ele estava na cama, com a cabeça no colo de Anahí. Ele se retraiu, se afastando dela.

Alfonso: Saia de perto de mim. – Rosnou, se sentindo tonto.

Anahí: Não seja assim. – Pediu, acariciando-o.

Alfonso: Saia! – Ordenou, firme. Ele rolou pra fora do colo dela, que suspirou, frustrada.

Anahí: Eu trouxe um café. – Disse, apontando uma caneca fumegante na cômoda.

Alfonso: Saia daqui, Anahí. – Disse, desprezando-a totalmente. Anahí se retraiu com a rejeição, mas respirou fundo.

Anahí: Pelo menos tome o café. – Pediu, e ela se levantou da cama.

Mas ele adormeceu de novo. Nas próximas horas ele vagueou entre um sono sem sonhos, proporcionado pelo tranqüilizante, e uma superfície turva. Só veio realmente acordar depois de anoitecer. Pelo silencio soube que todos tinham saído. Se espreguiçou, se sentando, e olhou o café. Frio. Ia se levantar até que viu. Anahí ficara, sentara no chão, do lado da cama, toda encolhidinha, escondida da vista mas perto dele, sem nunca abandoná-lo. Caiu no sono sentada no chão duro, encostada na cama. Ele suspirou, passando a mão no cabelo. Deus, o que faria com Anahí?

Ele se levantou, ignorando-a a inicio. Foi ao banheiro, escovou os dentes, lavou o rosto e a nuca, meio grogue pelo sono prolongado ainda. Saiu, levou o café frio pra cozinha, onde o jogou fora e se serviu de um quente. Todos haviam saído. Quando voltou ao quarto ela estava no mesmo lugar, encolhida no soalho frio, dormindo. Ele suspirou, se abaixando e a apanhou no colo, pondo-a na cama. Anahí acordou de imediato. 

Alfonso: Não comece. – Cortou.

Anahí: Comece você então. – Disse, se sentando. Alfonso não disse nada – Ok, me desculpa! Eu não sabia que você ia ficar bravo assim, não tinha como adivinhar! – Ele suspirou.

Alfonso: Nem agora você entende. Não é o caso de ter me aborrecido. – Disse, se sentando na cama – Eu sou seu marido, Anahí. Você não pode me fazer de idiota desse jeito, isso tem que parar. – Ele estava se irritando de novo.

Anahí: Não houve nada. – Lembrou, tentando acalmá-lo.

Alfonso: Houve tudo! Fora você ter me enganado descaradamente... Anahí, eu podia ter falhado. Eu podia ter demorado. Podia ter me apavorado, não havia garantia! – Disse, parando pra respirar fundo – Você podia estar morta agora e seria minha culpa.

Anahí: Mas eu não estou. Já acabou. – Tentou.

Alfonso: NÃO ACABOU! Pensa no contrário. Pensa em mim, no seu lugar. – Propôs, e ela parou – Pense em mim sendo baleado enquanto você assistia, impotente. – Anahí fez uma careta. – Agora você entendeu.

Levou um instante até Anahí se recuperar. Por um momento ela pode ver ele cair, sangrando, e a culpa era dela. Esse era o problema: Não dava pra lidar.

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