Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Dias depois...

Alfonso: Ei. – Disse, entrando na sala. Anahí, que jurava já sentir a barriga, mesmo só com um mês de gravidez, se virou pra olhá-lo. – Consegui minha readmissão em Londres.

Anahí: Fácil assim? – Ele assentiu – Ninguém morreu? – Alfonso riu.

Alfonso: Tudo depende de quem você conhece. Justifiquei que tive problemas familiares, de força maior, blábláblá, e eles reconsideraram minha deserção. Tentarei montar uma escala onde eu não fique mais de 24 horas fora de casa, assim não vou perder muito em casa. – Disse, abraçando-a, e ela sorriu. O cérebro de Anahí avisava que havia algo errado que ela devia ter notado. Clique. 

Anahí: Depende de quem você conhece. – Repetiu, olhando pra frente, e ele fez uma careta – Quem você conhece, Alfonso? – Perguntou, se virando.

Alfonso: Nada interessante. – Garantiu. O humor de Anahí já não era muito bom no normal, agora grávida ela estava impossível. Não deu outra.

Anahí: Foi aquela vagabunda que vimos quando você me levou lá, não foi? A que quase te comeu com os olhos? – Perguntou, saindo dos braços dele, já irritada. – Não minta pra mim.

Alfonso: Tá, foi ela. – Anahí arregalou os olhos – Ela só ajudou.

Anahí: Você não vai. – Disse, se afastando dele, andando pela sala. – Vai encontrar outro hospital ou... Que se dane, você nem precisa trabalhar!

Alfonso: Mas eu quero. – Disse, direto – Não vou ficar em casa a vida toda sem ver nada.

Anahí: E eu não vou ficar em casa grávida, gorda, inchada, enquanto você trabalha no hospital com aquela piranha. – Impôs.

Ian: Crianças, briguem depois. Temos problemas. – Anahí e Alfonso olharam – Onde está Christopher? MADISON! – Gritou, nos pés da escada.

Anahí: Se for aquela história do padrinho de novo, Deus me ajude, mas eu coloco esse hotel abaixo. – Avisou, em um rosnado.

Ian: Não é isso. CHRISTOPHER! – Anahí e Alfonso repararam que Ian estava realmente sério; Sem piadas ou ironias. Isso apagou a vela da briga.

Christopher: Pare de gritar, Madison estava com dor de cabeça, acabei de fazê-la dormir. – Rosnou, vindo pra sala. Tinha a cara e a roupa amassadas, como se estivesse dormindo a pouco também. – O que houve?

Ian: Diga do começo. – Disse, ao celular, e o colocou em cima da mesa.

Uma voz de homem vinha do celular. Ian continuava sério, o que levava Alfonso a ficar na defensiva. A voz no celular começou a falar, mas era tão inacreditável que Christopher precisou se amparar nas costas do sofá, o rosto trancado.

XXXX:... Eles vêem o bebê como uma promessa de continuidade do clã Pierce. Eles... Eles decidiram impedir isso. É uma ameaça muito grande. – Disse, em voz baixa.

Alfonso: Impedir “isso”? – Repetiu, incrédulo.

Christopher: Eles querem interromper a gravidez. – Anahí não disse nada, mas estava pálida, o rosto fechado, segurando a barriga.

XXXX: A informação que eu tive foi de que alguém do alto escalão intercedeu pela proteção de Anahí, logo ela não deve ser machucada ou atacada no procedimento. – Completou.

Ian: Vão tentar envenená-la. – Concluiu.

XXXX: Não envenená-la – Envenenar a criança. Todos sabe e ficou claro que Anahí deve sair disso ilesa. Assim que pude, vim avisar. Ela não deve comer nada sem saber o quem preparou, nada de restaurantes, nada de nada. 

Christopher: Quem está liderando a operação? – Perguntou, duro.

XXXX: Dulce María. – Respondeu, e um riso, meio que rosnado, saiu da garganta de Anahí – A ordem de retirada é imediata, eles podem agir a qualquer momento, e ela está acompanhando de perto. – Houve um barulho do outro lado da linha – Preciso ir. Tem alguém vindo. – E a ligação caiu.

O silencio dominou a sala. A boca de Alfonso estava amarga de raiva. Desde quando o FBI criava operações pra matar crianças? Independente de quem fosse filho, um ser inocente? 

Christopher: Muito bem. Eu cozinho a partir de agora. – Disse, passando a mão no cabelo.

Ian: Eu vou viajar. Vocês vão a Londres e eu vou pra algum lugar longe, Argentina talvez, e crio algum tipo de tumulto lá. Ela vai ter que dar um tempo, e enquanto isso pensamos em um modo...

Anahí: Não. – Interrompeu, e os três a olharam.

Alfonso: Não? Estamos tentando proteger você, e você diz ‘não’? – Perguntou, incrédulo.

Anahí: Não vai adiantar, ela não vai parar. – Disse, obvia, então um sorriso nasceu no canto do seu rosto. Arrepiava os cabelos da nuca de Alfonso. – Deixe ela vir.