Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny
Quando Dulce acordou não tinha noção do tempo ou de mais nada. O vento batia forte em seu rosto, ela estava amarrada em uma cadeira, e respirava pela boca; o nariz se obstruira com o sangue. Ela olhou em volta. Era um vagão vazio, de madeira, como os antigos que carregavam lenha, e tinha a porta aberta, dando pras arvores que passavam. Anahí estava encostada na porta, a mão distraidamente acariciando a barriga. Se virou e o azul dos seus olhos dela pareciam duas pedras de gelo.
Dulce: Você nunca mais vai sair da cadeia por isso. – Avisou, a voz fanha – Eu vou pedir sua pena de morte. Pra você e a aberração que você carrega. – Rosnou.
Anahí: Eu tive paciência com você tanto tempo. – Disse, de braços cruzados, o vento levando os cabelos do rosto. Sua voz era assustadoramente calma. – Ignorei sua perseguição, achei até graça. Mas me responda, pelo amor de Deus, você não tem pelo que viver? – Perguntou, levemente curiosa – Nem um pingo de amor próprio?
Dulce: Continue. – Disse, sorrindo.
Anahí: Devo te avisar, pra inicio de conversa, que as escutas que estavam em você a essa hora estão no fundo de um rio pelo qual passamos. – Dulce ergueu a sobrancelha – O do sutiã e o que estava entre os cabelos. – O olhar de Dulce desmoronou.
Dulce: Não preciso das escutas. Você me agrediu. Acabou. – Disse, ainda tranqüila.
Anahí: Prove. – Disse, tranqüila, e balançou os dedos. Os havia queimado na noite anterior. Sem digitais.
Dulce: Eu tenho quase um exercito me cobrindo. – Disse, debochada. – Esse trem está cheio deles.
Anahí: Eu tenho Alexander Pierce. – Disse, tranqüila, se encostando na parede perto da porta do vagão. Dulce olhou, cobiçosa. Um solavanco, um balanço mal calculado e ela cairia do trem... – Seus homens estão mortos. Todos eles. Tomamos o trem. – Disse, debochada.
Dulce: Não é possível. – Murmurou, procurando algum sinal de blefe. – Ele está aqui? – Anahí riu.
Anahí: Nah. Você é arraia pequena, eu nem sei porque eu me coloquei nisso. Algum estagiário do sistema poderia tê-lo feito com facilidade. Mas não existe capricho meu que eles não atendam. – Disse, dando de ombros.
Dulce: Hilário. – Respondeu, irônica.
Anahí: Em uma situação normal eu faria com que os corpos fossem devolvidos para as famílias e blábláblá. – Disse, gesticulando com a mão – Mas toda e qualquer pessoa que se envolve em uma sujeira desse tamanho não merece qualquer consideração. – Avisou.
Dulce: Você falando de sujeira? – Perguntou, debochada.
Anahí: Em toda a minha história eu matei pessoas por mim mesma. O sangue sempre esteve literalmente em minhas mãos, e creio que haja certo mérito nisso. – Disse, andando até a cadeira onde Dulce estava amarrada. Ela se abaixou, se amparando nos braços da cadeira, encarando a outra com os olhos transbordando desprezo – Como você chegou até aqui? Envenenando seus superiores? – Alfinetou.
Dulce: Não é o método mais digno, mas foi o único que me restou. – Rosnou.
Anahí: Se rebelasse contra quem tentou me proteger e viesse até mim, me enfrentar como mulher. – Rebateu, no mesmo momento – Mas envenenar uma garrafa de água... Envenenar uma criança inocente, Dulce María, não se envergonha?
Dulce: Nada que venha de você é inocente. – Respondeu, tranqüila, como se não estivesse em evidente desvantagem – A criatura que você plantou dentro de si é um monstro.
A porrada que Dulce recebeu no rosto foi tão forte que a cadeira, que era de rodinhas, correu pro lado. O sangue começou a brotar do nariz dela novamente, caindo pra blusa. Anahí apanhou o braço da cadeira, mantendo-a no lugar, e seu rosto estava branco de raiva.
Anahí: Agora me escute bem, porque eu não sou conhecida pela minha paciência. – Disse, segurando a cadeira – Nunca mais pense no meu filho. Não pense nele, não fale nele, não mencione ele. Você não é digna disso. Se você quer viver, vai se esquecer dele nesse exato momento. – Avisou, séria.
Dulce: Porque não me mata de uma vez e encerra essa palhaçada? – Perguntou, interessada.
Anahí: Assim como você recebeu ordens de não me machucar, eu fui aconselhada a não matar você. – Disse, largando a cadeira e cruzando os braços – Apesar da alternativa ser tentadora. – Murmurou pra si mesma, olhando Dulce, os olhos distantes. – Na verdade, quero fazer isso. – Mencionou.
Dulce: Alguém do seu lado tentou me proteger? – Perguntou, achando graça, e isso arrancou Anahí de seus pensamentos, fazendo-a rir.
Anahí: Não a você, sua imbecil. Sua vida vale, para mim e para os meus, menos que a de um inseto. – Esclareceu – Mas, pelo amor de Deus, eu estou grávida. – Lembrou – Entrei em uma dieta de assassinatos. Estou me abstendo. A energia é meio forte pra um bebê. – Dulce revirou os olhos com o deboche. Anahí não diria porque a aconselharam a não matá-la.
Dulce: Então você supõe que eu vou desistir da aberração que você cria porque? Porque a mamãe do ano pediu? – Anahí sorriu.
Anahí: Eu não peço, Dulce María. Eu dou ordens. – Corrigiu, tranqüila.
Tanto Dulce quanto Anahí notaram que o trem estava perdendo a velocidade enquanto falavam. Anahí olhou pra porta do vagão aberta, dando para as arvores que passavam, e observou alguma coisa.
Dulce: Cansei do seu jogo. Vai fazer o que, me forçar a obedecer? – Anahí ainda olhava pro lado de fora.
Anahí: Sei como é, a conversa está ótima, mas eu cansei da sua cara. – Disse, voltando pra Dulce e empurrando a cadeira dela até a porta do vagão, na borda do trem. A cadeira vacilou pro lado de fora, mas Anahí a segurou por trás.
Dulce: Pensei ter ouvido que não ia me matar. – Disse, a boca seca, olhando o limite do trem. Anahí se abaixou de modo que sua boca ficasse perto do ouvido de Dulce, olhando pra frente enquanto falava.
Anahí: Não tenho a intenção de matá-la. Deixá-la aleijada, incapaz, ou talvez em coma sim, mas não matá-la. Bom, se você morrer, já é com você. – Esclareceu e Dulce revirou os olhos, o estomago revirado enquanto via as arvores passarem. – Memorize minha voz, pro caso de você sobreviver: Esqueça o meu filho. Esqueça o meu marido, esqueça a minha família. Me esqueça. Eu não vou ser tão piedosa e gentil se houver uma próxima vez.
Quando o trem alcançou a metade de sua curva (O que fizera a velocidade diminuir um pouco) Anahí soltou a cadeira, empurrando-a com o pé, atirando Dulce do trem em movimento em direção as arvores. Não viu o momento do impacto, mas ouviu o grito agudo e o barulho do primeiro tombo, talvez o momento em que a cadeira quebrou quando ela se chocou com as arvores. Anahí apenas tirou o cabelo do rosto, apanhando o Iphone e voltando pro compartimento aquecido do trem. Digitou uma breve mensagem em resposta as ligações perdidas dele. “Done. I’m going home.” (pronto. Estou indo pra casa). E foi só isso.
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É isso.
Comentem se não eu vou ficar sem postar por um bom tempo. :)
Bye.
Besos ♥
Autor(a): ardillabicolor
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 288
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maria_cecilia Postado em 08/01/2015 - 01:12:41
rsrs [WEB] Entre el Amor y El Odio - AYA http://fanfics.com.br/fanfic/41683/web-entre-el-amor-y-el-odio-aya-ponny Gente eu estou postando essa web,ela não é minha mais é muito boa, espero que gostem.
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maria_cecilia Postado em 08/01/2015 - 01:12:20
essa web é perfeitA
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anahivida Postado em 21/12/2014 - 17:24:12
ahhh tudo perfeito, acompanhei a história desde o começo só não acompanhei o final por causa da faculdade... mas terminei agora amei tuuuuuudo, só queria saber como terminou o roubo. parabensss *_*
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carol9829aya9829 Postado em 20/12/2014 - 19:04:35
aiii que saudades dessa web :( to lendo tuuuuudode novo #amonos \o/
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franmarmentini Postado em 20/12/2014 - 18:24:06
Ameiiiiiiiiiiii muito essa fic* vou sentir saudades.
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carol9829aya9829 Postado em 15/12/2014 - 22:10:54
acabou??? buaaaaaa essa web deveria ser eterna :( o final ficou meio subentendido né eu quero acreditar q tudo deu certo e eles viveram felizes para sempre *.* ah vou ler tudo de novo e de novo e de novo pq essa vale a pena ver de novo sim :) nos vemos nas outras fics sua linda \o/
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edlacamila Postado em 14/12/2014 - 12:49:47
Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao mds oq vai ser de mim sem essa fic.???????????? :'( Ainnnnnn nn to bem :/ Ainnnnnnnnnnn preciso de mais :'( #luto foi pfto so fica a dúvida de cm foi o roubo :/ Ainnnnn quero mais :'(
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carol9829aya9829 Postado em 11/12/2014 - 23:25:34
Brendinha querida eu disse q não ia ficar apressando pedindo posts massss já fazem oito dias flor cade tu??? não nos abandone
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franmarmentini Postado em 09/12/2014 - 11:32:35
que pena que eles não vão mais ter filhos :/ to triste que tá acabando...
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franmarmentini Postado em 09/12/2014 - 11:13:05
*.*