Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

No dia seguinte Alfonso saiu cedo, pensando em alguma mentira não voltar pro plantão depois do almoço. Anahí ficou em casa. Pôs um cd pra tocar, fez a cama, catando as roupas dos dois que ficaram pelos cantos, passou o aspirador pela casa, preparou o almoço e foi pra reunião do condomínio. Todos respeitavam e até gostavam da senhora Herrera. Algumas mulheres puxavam papo com ela, falando sobre a gravidez, dando dicas. Ela simplesmente adorava isso. É claro que se alguém desconfiasse de quem ela era, isso iria tudo pro ralo. A reunião terminou as 10:30, e ela se pegou sem ter o que fazer em casa. Resolveu que faria uma torta. Colocou um casaco, contra o vento que fazia e saiu rumo a delicatessen, pra comprar alguns ingredientes que faltavam 

Funcionário: Posso ajudar? – Perguntou, vendo-a arrastar o carrinho – Deixe que eu empurro, Sra. Herrera. – A padaria era perto do prédio. Como ele gravara o nome dela ela não fazia idéia, mas ela adorara o respeito com seu estado. 

Anahí: Obrigada. – Disse, e ele passou pra trás dela, empurrando o carrinho. 

Anahí comprou poucas coisas, só o que faltava e uma bandejinha de brigadeiros, dera vontade. O funcionário ajudou a descarregar as compras e o dono da padaria o ofereceu pra levar pra ela, mas ela negou. 

Anahí: Não precisa, só deu uma sacola, e minha prédio é logo aqui. – Disse, abrindo a bandejinha de brigadeiros, apanhando um. – Muito obrigada, mesmo assim. – Disse, enquanto o senhor, aproximadamente 60 anos, o dono da padaria, colocava as coisas na sacola de papel. 

Senhor: Já sabem qual é o sexo do bebê? – Perguntou, simpático, tirando o troco. 

Anahí: Não não, eu e meu marido resolvemos esperar até que nasça pra saber. Surpresa. – Explicou. 

Senhor: Entendo. Aqui está. – Disse, passando o troco – Tem certeza que não quer ajuda? 

Anahí: Absoluta. – Disse, terminando de engolir o brigadeiro e apanhando a sacola – Obrigada. – Disse, simpática.

Porém a alegria de Anahí não durou o que era de normal, foi substituída pelo susto ao chegar na saída da loja. 

Carlos: Bom dia, Anahí. – Disse, caminhando até ela com as mãos dentro do bolso do sobretudo.

Anahí empedrou. Carlos não iria atrás dela levianamente; não eram amigos. Ela era Anahí Herrera, e ela tinha uma ficha criminal gigante lhe fazendo sombra. Se ele lhe desse ordem de prisão, seja lá pelo que fosse, ali, seus vizinhos veriam, todos falariam, e o sonho teria terminado. De qualquer forma ela respirou fundo, um dos braços segurando a sacola de papel e o outro tirando o cabelo do rosto.

Anahí: Agente. – Cumprimentou – A que devo a honra? 

Carlos: Preciso te fazer umas perguntas. – Disse, observando-a. Estava mais linda que nunca. Exceto pela barriga, que ele procurava não olhar. O rosto estava iluminado, corado, os cabelos tinham mais vida.

Anahí: Sobre...?

Carlos: Sobre um suposto acidente ocorrido com a minha parceira, Dulce María, há quase quatro meses atrás. – Anahí não deixou a expressão desmoronar. Ia responder, mas o dono da padaria vinha se aproximando, olhando estranho pros dois – Vou ter que pedir que me acompanhe.

Senhor: Algum problema, Sra. Herrera? – Perguntou, procurando ajudar, achando que Carlos estava incomodando.

Carlos tirou a mão do bolso e Anahí arregalou os olhos ao ver ele abrir a carteira do FBI. Porém, quando ele a ergueu ela levou a mão até a dele, detendo-o. Carlos teria reagido, mas era o primeiro toque que tinha da pele dela. Era tão macia! Mesmo estando fria, tanto pelo tempo, quanto pelo nervosismo, era suave, agradável como tocar algodão. 

Anahí: Nenhum, obrigada. – O dono da padaria assentiu e voltou pra dentro, olhando Carlos, desconfiado – Receio que teremos que continuar essa conversa no meu apartamento. – Disse, após soltá-lo.

Carlos: Onde alguém a seu mando provavelmente me espera armado. Não, nós vamos para a delegacia. – Respondeu, guardando a carteira. 

Anahí: Meu marido está trabalhando, eu estou só. De qualquer forma, deixei o fogão aceso. – Mentiu, pondo o cabelo atrás da orelha – Não vai querer causar um incêndio, não é? – Carlos a observou por um instante antes de responder. Ela era, resumidamente, fascinante.

Carlos: Eu estou acompanhado, Anahí. Se algo me acontecer, meus homens tem autorização para colocar o prédio onde você mora, especificamente no apartamento 805, no oitavo andar. – Disse, mostrando a ela que sabia exatamente onde ela estava levando-o.

Anahí: Não há nada esperando por você, eu estou só. – Repetiu, cada vez mais nervosa. Tinham que sair dali – Por favor.

E ele cedeu. O “por favor” dela fora tão doce! Os dois, para alivio de Anahí, saíram dali, rumando ao prédio dela. Passaram tranquilamente pelo portão, pegando o elevador e entrando em casa. Realmente não havia ninguém lá. Carlos estava satisfeito com a intimidade do momento, tanto que deixou ela livre. Ao entrarem no apartamento ela jogou as chaves sobre uma mesinha, fechando a porta assim que ele entrou, suspirando em seguida. Haviam três porta retratos na mesinha atrás de um dos sofás: Um de Anahí com um top de malhação e calça moletom, já grávida, e Alfonso beijando a barriga nua dela. No do meio ela sozinha, a foto só de rosto, sorrindo, radiante. A terceira ela vestindo uma camisa de Alfonso, deitada na barriga dele, sorrindo. Ele ria de algo. Carlos olhou em volta. A decoração era bem casal, várias fotos pela casa, primeiramente masculino mas com toques de mulher. Anahí sumiu na cozinha, largando a sacola e segundo ela apagando o fogão.

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