Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Anahí: Podemos? – Perguntou, voltando pra sala e Carlos se virou, vendo-a com as sapatilhas e com outro casaco, mais abrigado, cinza. 

Carlos: É claro. – Disse, apontando a porta. Anahí saiu tranquilamente.  

Ela não reparou que a blusa branca já não estava mais lá. Não estava mais em lugar algum da casa. Só daria falta dela dali há muito tempo, e acharia que tinha perdido. Alfonso saiu de uma operação as 12:30, pronto pra sair pra almoçar, e ligou o celular. Uma chamada perdida de Anahí e uma mensagem da mesma. Ele não se surpreendeu. Ela o atualizava se houvesse alguma novidade com o bebê. Colocou a mensagem pra tocar, tranqüilo, enquanto tirava o jaleco e o guardava. A voz de Anahí inundou a sala.

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“Diário do bebê, quinta-feira, 28 de Junho, 11:45 da manhã. 

O FBI apareceu aqui em casa. Estou presa. Procure Christopher e não entre em pânico.”

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Alfonso se imobilizara feito uma estatua, em choque com aquilo. Como é a história? 

***

Alfonso ligou pra Christopher espumando, enquanto dava a ré, saindo do hospital. O outro só disse que não podia falar agora, e deu um endereço. Como assim não podia falar? Alfonso ligou pra Anahí, mas chamou, chamou e caiu na caixa. Seguiu o endereço de Christopher e deu na porta de uma delegacia. Havia um rosnado no fundo do peito dele que não parava. Anahí sentira dores nas costas na noite anterior, não dormira direito. Ele ficara acordado com ela, oras massageando, oras brincando, conversando com ela, lhe fazendo companhia. Só conseguira cair no sono mesmo quando já ia amanhecer. E agora, ao invés de estar em casa descansando, prendiam ela? Entrou na delegacia espumando, e se bateu com Ian logo na porta. 

Ian: Calma. – Disse, vendo o estado do outro. 

Alfonso: Onde ela está? – Rosnou, sem paciência. 

Ian levou Alfonso por dentro da delegacia, que era enorme. Terminaram em um corredor na frente de um escritório de alguém que estava vazio. Christopher o encontrou lá. 

Alfonso: Perguntei por Anahí, não por Christopher. – Disse, debochado. – O que houve? 

Christopher: A estão acusando pela tentativa de assassinato de Dulce. – Disse, tranqüilo, com as mãos nos bolsos – As evidencias a indicam, então ela foi trazida pra cá até que apresente um álibi de onde estava na hora do crime. – Explicou. 

Alfonso: Christopher, não há álibi. – Disse, entrando em desespero. – Tudo bem. Calma. – Anahí não podia ficar presa. Em nenhuma possibilidade isso era certo. – Eu assumo, no lugar dela. 

Christopher: É o que? – Perguntou, erguendo a sobrancelha. 

Ian: Sempre tão tempestivo. – Disse, achando graça. Porque todos ali estavam tão calmos? Ninguém percebera a gravidade do problema? 

Alfonso: Vou confessar no lugar dela. Assim eu vou preso e ela sai. Vocês dão um jeito depois. – Disse, decidido. O objetivo agora era que ela fosse solta, a qualquer preço. 

Christopher: Não seja estúpido. Ela tem um álibi. – Disse, e Alfonso franziu o cenho - Ela esteve em uma clinica na manhã do dia do acidente de Dulce, com um obstetra, e por pura teimosia fez outra ultrassom, ainda não conseguindo ver o sexo do bebê. Saiu de lá, passou por umas lojas de roupa de bebê, e depois voltou pro hotel, onde se encontrou com você. Se lembra? – Explicou, lentamente, os olho sérios encarando Alfonso. 

Alfonso: Alguém da equipe de Dulce sobreviveu? – Perguntou, nervoso. Se alguém tivesse sobrevivido, podia dizer o que levou Dulce até o trem, confirmando que Anahí estava lá... 

Ian: Não. – Disse, calmo. 

Christopher: Eu mesmo fiz a contagem dos corpos, assisti a incineração e mandei que as cinzas fossem jogadas no mar. – Alfonso assentiu. Todos ali falavam em sussurros – Ela é a filha que eu não tive. Nenhum mal vai acontecer a ela enquanto eu puder evitar, acredite. – Tranquilizou. Alfonso respirou fundo. 

Alfonso: Como vocês chegaram aqui? – Perguntou, a cabeça cansada. Queria ter Anahí nos braços pra poder se acalmar. 

Ian: Um dos homens do meu sistema de segurança estava cuidando dela. Ela foi até a padaria, onde um agente a parou, então eu recebi o aviso e fiquei de quarentena. Ela o levou até em casa, permaneceu lá por 10 minutos, e saiu de novo, sendo levada no carro dele. Eu avisei a Christopher e viemos pra cá. – Resumiu – Não consegui falar com você, seu celular estava desligado. 

Christopher: Ian me avisou e eu vim pra cá. Ela estava dormindo quando eu cheguei. – Disse, com uma careta, se lembrando de Anahí sentada na cadeira, a cabeça amparada na parede, dormindo. O modo como Carlos velava o sono dela era meio estranho, agora que ele parou pra pensar. 

Alfonso: Ela não dormiu direito ontem. – Disse, passando a mão no cabelo.

Ian: Me poupe dos detalhes. – Disse, com uma careta. Christopher riu. 

Alfonso: Teve dor nas costas, imbecil. É normal nessa etapa da gravidez, o bebê está começando a pesar. – Disse, revirando os olhos. 

Christopher: Enfim. Me dê meia hora, no máximo, e ela sai daqui. Já entrei em contato com a clinica na França, pedindo um atestado assinado pelo medico e os vídeos da câmera de segurança da clinica na hora em que ela esteve lá. – Christopher falava isso de modo tão seguro que Alfonso tinha que se lembrar que era tudo forjado – O atestado vem via fax, sim, isso ainda existe, e os vídeos por email. 

Alfonso: Dulce a acusou? – Perguntou, a voz quase imperceptível. 

Ian: Digamos que Dulce não está em estado de acusar ninguém por agora, e nem vai estar tão cedo. – Disse, procurando graça. 

Alfonso: E se um dia ela tiver? – Insistiu. 

Christopher: Anahí tem um álibi.- Lembrou. 

Alfonso: Eu quero vê-la. – Disse, decidido. 

Christopher: Eu ia oferecer assim que você se acalmasse. – Disse, dando as costas e voltando a andar. 

Alfonso respirou fundo, procurando de acalmar, acompanhando os dois. Não haviam brechas, ia dar tudo certo. Não, Anahí estava grávida, e estava naquele buraco sujo, isso não era certo. Christopher o guiou pelos corredores e parou na frente de uma cela, que surpreendentemente estava aberta. Lá havia uma mesa, duas cadeiras... E mais nada. Estava vazia. Alfonso olhou Christopher, procurando por uma resposta, mas o outro também estava confuso.

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Ate mais. 
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