Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Após alguns minutos assim Anahí abriu os olhos azuis, agora dilatados. Não soltara a força nem um instante, ignorando a dor lancinante como se ela não existisse. Mas agora era diferente. Alfonso viu e viu a movimentação também, sorrindo em seguida. Teve que deter o ombro dela, segurando-a no lugar, mas ela não o encarou, tremendo pela força que fazia e pela dor... Gritando no final. Mas os dois não consideraram o grito. Consideraram o choro de bebê que tomou conta da sala de parto. Anahí desabou, ofegando e soluçando em seu choro, mas Alfonso ria, enchendo-a de beijos. O medico cortou o cordão umbilical do bebê, enrolando-o em uma toalha branca e uma enfermeira o levou, deixando o medico fazer a remoção da placenta. Anahí acompanhou o riso de Alfonso alguns segundos depois, entrando em um misto de riso e choro. Ele também chorou. Parecia que seu mundo estava preso ao bolinho branco que esperneava, indignado, no canto da sala.  Anahí só parou de sorrir quando viu nas mãos de quem o bebê estava. Ergueu a sobrancelha pra ele, de cara fechada, e ele revirou os olhos.

Alfonso: Anahí... – Suspirou. O olhar dela era uma exigência.

Anahí: Agora. – Rosnou, e ele sorriu, deixando-a, indo até o canto da sala tomar o bebê das mãos da medica. 

Alguns instantes depois ele voltou, com o bolinho branco no braço. A luz forte que estivera em cima de Anahí fora apagada; o parto terminara. Ela se descobriu exausta, mas não ia apagar tão fácil. O bolinho ainda chorava, mais conformadamente, mas chorava. Era mais um choramingo. Alfonso entregou o bebê a ela, que caiu no choro de novo.

Anahí: É cabeludinho. – Disse, passando o dedo na cabecinha do bebê. Mesmo todo grudado pelo sangue, a penugem de cabelo escuro era evidente. Levara o cabelo do pai, quase preto. O bebê, curiosamente, parou de choramingar um instante ao ouvir a voz de Anahí. Alfonso tinha um sorriso de orelha a orelha – Você lembra da minha voz, meu amor? – Perguntou, passando o dedo pelo queixo do bebê. A criança continuou quieta. 

Alfonso: Fantástico. – Disse, vendo o bebê quieto com a voz dela.

Anahí: Ei. – Disse, se lembrando de algo, e ela olhou. Mas ela não o encarou. Desdobrou a manta branca, e o olhar dele se tornou tão curioso quanto o dela. – Menina. – Disse, olhando a filha, encantada. Alfonso caiu em lagrimas. Não conhecia esse sentimento, mas sabia que não podia controlá-lo. – Olha pra mamãe, meu amor. – Pediu, ansiosa, olhando a menina... Mas é claro, a bebê não atendeu. Apenas agarrou o dedo da mãe, levando-o a boquinha. Não tinha força, mas Anahí se fez mole pra ser guiada pela bebê – Oh. – Fungou, sentindo a gengiva mole, sem dentes da menina em seu dedo. Alfonso riu.

Alfonso: Ela tem fome. – Anahí olhou, então imediatamente levou a mão ao roupão do hospital. Ele a parou, e ela o encarou, confusa. Tinha leite, os dois sabiam. – Primeiro ela precisa ser cuidada. Depois come. Me dê ela. – Pediu, e Anahí ergueu a sobrancelha, revoltada.- Vamos, não seja egoísta, você segurou o tempo todo.

Anahí: É, eu pari ela também. – Alfinetou. 

Alfonso: Me deixa segurar. – Pediu, mas ela não deu. – Vamos lá! – Os dois pararam por um instante, então riram. Anahí passou a menina com cuidado pra ele. – Oi, amor. – Disse, todo mole. A menina se aconchegou ao calor, tranqüila – Não demoro. – Disse e ela assentiu, se permitindo relaxar. Alfonso sumiu com a menina, e enfermeiras vieram atender Anahí.  

As enfermeiras cuidaram de Anahí, banhando-a, livrando-a do roupão ensangüentado e ela foi transferida para o apartamento de novo. Refez a trança no cabelo, exausta, e se recostou na cama. Porque Alfonso estava demorando tanto? Algumas enfermeiras voltaram ao quarto, checando a pressão de Anahí. Ela não tinha aparelho nenhum preso ao corpo. Então a medica, “namorada” de Alfonso , entrou, conversando com algumas enfermeiras, dando orientações. Quando ela se virou, Anahí, antigamente exausta, tinha a sobrancelha erguida.

Medica: Autorizei que trouxessem alimentação para você. Vamos monitorizar sua pressão arterial pelas próximas... – Interrompida.

Anahí: Eu estou bem. – Cortou, com a sobrancelha erguida – Aproveite minha debilidade pra continuar saudável: Não toque em mim, esqueça meu marido e não toque na minha filha. – Avisou, séria, os olhos ameaçadores. A medica ergueu as sobrancelhas, parecendo pensar se respondia ou não e saiu. Anahí relaxou na cama. 

Na recepção...

Christopher: Ian, pare de andar, pelo sangue de Cristo. – Pediu, afundando o rosto nas mãos. Estava preocupado, já fazia tempo que Anahí entrara,

Katherine: Ele não vai parar. Deixa ele. – Disse, largada na cadeira, balançando o pé e olhando-o.

Ian: Então faremos um belo jantar no jardim e você não será convidado. – Disse, como se estivesse tendo uma conversação com alguém. Ian falava sozinho quando estava nervoso. Até gesticulava – Seu grande... Alfonso! – Disse, saindo de seus devaneio, e todo mundo se levantou, Madison quase derrubando o copo de café que tinha em mãos.

Alfonso: É uma menina. – Disse, sorrindo, e os cumprimentos começaram, junto com as felicitações.

Christopher: E Anahí?! – Perguntou, levantando a voz pra ser ouvido.

Alfonso: Está bem, está descansando. – Garantiu e Christopher riu, se juntando a comemoração.

Tudo estava bem.  

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só avisando, vou postar 6 capitulos hoje porque fiquei sem postar 2 dias.