Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Anahí malhava em outro bairro, próximo ao centro. Fora o que engordara com a gravidez, passara muito tempo inativa, e não queria perder o ritmo. Rose adorava ver a mãe falhando. Nos primeiros meses ela só ficava no carrinho, quieta. Agora, mais grandinha, batia palmas e ria vendo Anahí correr na esteira. Anahí achava graça. Fizera todos os exercícios, não ficando direito na aula de Jump porque Rosalie caia em uma crise de riso toda vez que ela começava a saltar, o que lhe roubava a atenção. Desistiu quando tropeçou, distraída, quase caindo, e foi pra esteira. Carlos observava, despercebido, atrás de alguns equipamentos. Rose esperou, risonha.

Anahí: Você é o bebê que mais riu na história da humanidade, sabia disso? – Perguntou, andando rápido, quase correndo na esteira. Rosalie bateu as mãozinhas fechadas – Sim, você é. Venha aqui. – Anahí desacelerou a esteira e se abaixou, apanhando a filha.

Bastou pra menina ter um acessos de riso, correndo com a mãe, que fez quem estava por perto sorrir. Exceto Carlos, é claro. Ver o modo como Anahí adorava a menina lhe dava nojo. Anahí ergueu a filha nos braços, ainda correndo, e fez careta pra ela. Rose riu gostosamente, levando a mãozinha pra boca, as perninhas gordinhas balançando no ar, os olhos verdes atentos a tudo. Anahí riu, deliciada, e abraçou a filha, lhe dando um beijinho que alvoroçou os cabelos escuros, enquanto abaixava a velocidade da esteira de novo. Não muito depois dali as duas foram embora, depois de meio mundo dar tchau a Rose (a menina era popular na academia). Anahí tinha uma garrafinha de água na boca, uma toalha de rosto no pescoço enquanto empurrava o carrinho de volta pro carro. Rose observava, tranqüila. A mãe sorria pra ela, brincando. Então do nada começou a andar devagar, os olhos perdidos em alguma coisa. Parou de andar, o rosto fechado. Rose deu um gritinho.

Anahí: Preciosa da mamãe. – Disse, piscando pra filha, mas não sorria. Ela largou a mochila no chão, se abaixando como se fosse amarrar os sapatos. Tinha os olhos empedrados a frente, os ouvidos aguçados. Olhou Rose por um instante. Nem que morresse, tinha de protegê-la. Então respirou fundo, se preparando.

O ataque aconteceu depressa. Anahí se levantou, lançando a garrafinha de água (um cantil de metal), na direção de um dos oponentes, que estava atrás dela. Ele esquivou, e o cantil fez uma mossa em um dos carros do estacionamento, disparando o alarme. Alguém tentou tomar o carrinho de bebê e Anahí empurrou o carrinho, jogando-o pra um canto entre dois carros e enlaçou o pescoço do homem com a toalha de rosto, torcendo-a até que ouviu o osso se quebrando. Alguém atacou ela por trás e ela partiu pro braço, se desvencilhando e subindo no capô de um carro, bloqueando a entrada até onde Rose estava, chutando um rosto que não teve nem tempo de ver. Alguém a puxou e ela caiu de lado, batendo a costela no carro e ligando o alarme. Meses demais parada, sem nenhum exercício, sem nem treinar a deixaram em desvantagem, sem contar que ela era minoria vencida. Haviam homens por todos os cantos, tentando alcançar Rose, e a única defesa da menina era Anahí, que bloqueava o caminho. Anahí lutou até com as forças que não tinha pra se soltar, foi quando alguém gritou “NEVE”. Era o seu sinal. A ajuda chegara. Ela tentou correr pra filha, mas a pegaram no caminho, fazendo ela cair de barriga, ralando os braços e arranhando o queixo. Se livrou da pessoa a pontapés e se jogou até o carrinho da menina, que esperava, serena, apenas o cenho franzido pelo barulho dos alarmes.

A apanhou e se curvou no chão, fazendo uma concha em volta da menina, protegendo-a com seu corpo, e os tiros começaram. Anahí esperou. Alguém a puxou pelo ombro e ela cambaleou, empurrando a pessoa, mas essa logo caiu, um tiro na nuca. Após alguns instantes, silencio. Ela respirou fundo, tremula, e esperou. Logo um dos homens de Christopher a alcançou.  

XXXX: Tudo bem, senhora? – Perguntou, ajudando-a a se levantar. Outro fechava o carrinho de Rose, levando-o ao carro dela. Anahí olhou a filha, que tinha uma mãozinha levando a barra da blusa de Anahí pra blusa, os olhinhos inocentes.

Anahí: Tudo. – Disse, menosprezando seus ferimentos. Partira a sobrancelha também, mas enfim. Ela se levantou, olhando em volta. Havia corpos em todos os lados, e o alvoroço já se formava. Precisava sair dali. – Obrigado. – O homem assentiu e Anahí desviou rapidamente, entrando com Rose no banco do fundo. 

Um dos homens de Christopher já estava no volante, e assim que Anahí entrou, alguém do lado de fora fechou a porta e ele disparou para a rua, sumindo dali. Anahí não disse nada, apenas beijou a testa da filha, ninando-a, e havia uma certeza: Quem tinha feito isso ia pagar.  

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Ate amanhã ou sexta. 
beijos. 
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