Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Alfonso não conseguiu reanimar Rosalie. Anahí entrou em um estado de transe entre o pânico e a histeria, e Christopher atropelou um homem em uma sinaleira, cortando nas ruas de Londres até chegar no hospital. Era o hospital que Alfonso trabalhava, por ser mais perto e por ser um dos melhores da cidade. Alfonso disparou pra dentro do hospital com a menina no colo, mas Anahí não conseguiu acompanhar, pelo pé quebrado: Caiu. Uma vez no chão o choro que a estava fazendo tremer veio a tona.

Christopher: Ei. – Disse, se abaixando. Anahí tinha uma mão no cabelo, tirando-o do rosto, e mal conseguia respirar. Estava toda suja de fuligem, haviam raladuras e queimaduras por toda a parte – Vai ficar tudo bem.

Anahí: Minha filha, Christopher. Minha Rose. – Conseguiu murmurar, se encolhendo, e Christopher a abraçou. Madison, que subira com Alfonso, voltou até a porta e viu a cena. Não teve coragem de descer. Temera esse momento desde que Anahí decidira ter um filho, e não saberia o que dizer – Eu falhei. Eles alcançaram meu bebê. 

Christopher: Vai dar tudo certo. – Disse, embalando ela – Só foi... É muita coisa pra um bebê. Olhe só pra você, que é adulta, e mal se mantém de pé. Alfonso vai cuidar dela, e isso vai acabar. 

Anahí: Porque ela não acordou? – Perguntou, tremula, agarrada na camisa dele. Os soluços não tinham intervalo.

Christopher: Eu não sei, eu não entendo disso. Me perdoe. – Disse, com o coração apertado.

Do outro lado da rua, Dulce assistia a derrota de Anahí com um sorriso no rosto, dentro de um carro parado em um beco do lado do hospital. Era tão doce que fazia ela suspirar. Então alguém abriu a porta do carro e o braço dela foi puxado com força, arrastando-a pra fora do veiculo. Uma mão se fechou em volta do pescoço dela e os olhos de Carlos só tinham fúria ao olhá-la.

Carlos: O que. Você. Fez? – Rosnou, apertando a mão.

Dulce: Não toquei nela. – Disse, rouca, tentando puxar a mão dele.

Carlos: Olhe só pra ela. – Disse, apontando o estado de Anahí, toda suja, toda rasgada, toda ferida. – Pra mim ela foi tocada. Eu sou seu superior e você agiu pelas minhas costas. – Acusou, o rosto vermelho em fúria.

Dulce: Carlos, eu alcancei a menina. – Avisou, com o fio de voz que restava, e ele recuou. A observou por um instante, os olhos pensativos, então a largou. Dulce cambaleou, tossindo.

Carlos: A matou? – Perguntou, olhando Anahí, que parara de chorar, e agora era carregada por Christopher pra dentro do hospital.

Dulce: Não tenho certeza ainda. – Disse, mas sorria.

No hospital... Alfonso ter trabalhado lá ajudou e muito. Todos eram seus colegas e Rose foi prontamente atendida. Ele pôde acompanhar tudo. No final a menina foi parar em uma incubadora, toda monitorizada e no oxigênio. Exames foram feitos imediatamente, então só restava esperar. Alfonso saiu da CTI arrasado. Como aquilo acontecera?

Cintia: Alfonso? – Perguntou, vendo o estado do outro – O que houve?

Alfonso: Minha filha, Cintia. – Suspirou. Ela o observou – Houve um... Incêndio no meu prédio. Minha esposa e eu tiramos ela de lá o mais rápido possível, mas ela não reage. Eu preciso de ajuda. – Admitiu, derrotado.

Cintia: Lamento, mas eu não. – Ele ergueu as sobrancelhas – No dia em que sua filha nasceu, sua mulher me ameaçou de morte caso eu tocasse nela. Pois muito bem. – Disse, dando de ombros – Boa sorte.

Alfonso: É o que? – Perguntou, exasperado, vendo a outra se afastar – É... Pelo amor de Deus, é um bebê! Isso é negligencia! 

Cintia: Na verdade, não. Eu não sou a pediatra do plantão, só estou no apoio hoje. Sua filha foi atendida, negligencia seria se eu fosse a única opção dela e me negasse. – Corrigiu – Boa sorte, Alfonso. – Desejou de novo, saindo.

Alfonso voltou pra recepção. Lá Anahí o fogueteou com perguntas. Queria ver Rose. Queria que a menina abrisse os olhos e sorrisse pra ela, como sempre fazia. Queria ouvir a vozinha inocente tentando formar a palavra “mamãe” de novo. Alfonso não tinha muitas respostas. Queria que Cintia ajudasse, ela era uma das melhores do ramo, mas realmente não era obrigada. 

Anahí: Onde eu a encontro? – Perguntou, se levantando. Não chorava mais, mas o rosto não tinha vida. O pé inchara horrivelmente.

Alfonso: Caçar briga não vai resolver. – Descartou.

Anahí: Onde, Alfonso? – Insistiu.

Alfonso indicou a sala e Anahí insistiu em ir sozinha. A dor do pé era lancinante. Doía no normal, e quando ela pisava era o inferno na terra. Mas nada era pior que a dor que sentia no coração. Então ela foi e parou do lado de fora da sala da medica, batendo na porta. Recebeu um “entre” como resposta. Cintia analisava dois raios X, sentada em sua mesa, com a cabeça baixa. Quando ergueu o rosto, o que viu parado na porta da sala a assustou. Anahí tinha os cabelos desgrenhados, o rosto machucado, assim como os braços, usava um short e blusa de moletom agora surrados, toda suja de fuligem, e havia algo absurdamente errado com seu pé direito, e os pés descalços tinham cortes. Não tinha cor no rosto, e os olhos não tinham vida. Ela se levantou, em defesa, mas Anahí não avançou.

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Ai gente, vamos sofrer um pouco