Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Alfonso: Você não pode me acusar por isso. – Disse, incrédulo, apontando pra porta – Eu não tinha como adivinhar, nem como parar isso!

Christopher: Ela estava depressiva, precisava que você cuidasse dela. Você prometeu. – Lembrou, sorrindo de canto. A lagrima quase transbordou – Anahí é a filha que eu nunca vou ter. Ela era linda, ela era feliz do jeito dela, e ela era cheia de vida. Você chegou, você mudou tudo, então não deu certo, você a abandonou, e olhe só pra ela agora! – Rosnou, e a lagrima caiu pelo rosto pálido. Ele não a secou.

Madison: Querido, tudo bem. – Disse, tomando a frente. Alfonso tinha os olhos arregalados, as narinas infladas, como um animal acuado. Christopher, por sua vez, continuava com as mãos nos bolsos, o rosto e o olhar duros – Vai ficar tudo bem. Nós vamos resolver isso. – Disse, e secou a lagrima dele.

Christopher: Eu sei o que você vai fazer. Você vai dar as costas e vai embora. Ela vai ficar. Talvez ela nunca mais volte. Não parece muito justo, não é? – Perguntou, irônico – Mas não sou Deus pra culpar ou julgar você. Eu só pensava isso a muito tempo, e não estou acostumado a reprimir minhas opiniões . Você precisava ouvir. É isso. Desfrute a vista. – Disse, apontando pra janelinha.

Christopher deu as costas e saiu. Madison olhou Alfonso, como quem se desculpa, e seguiu o marido. Alfonso olhou a janelinha de novo, o cenho franzido. Não, ele não era culpado por aquilo. Ele tentou salvar Rosalie com a sua alma, assim como tentou manter o casamento... Mas era verdade, fora ele quem partira. Não, ele não ligara depois. Ele quisera distancia. Ele sabia que ela não estava bem, apesar de não imaginar que podiam chegar a esse ponto. O acesso de Anahí continuava dentro da sala, onde ela se batia contra a parede, aos prantos, como se quisesse arrombá-la. Era o mesmo de sempre – estava revivendo a morte da menina. Mas os impactos na parede acolchoadas eram fofos, e ela se desequilibrou, caindo sentada, começando a se debater contra a camisa de força. Depois de um tempo ficou caída no chão, ofegando, fraca. Alfonso assistiu tudo em silencio, até que ela adormeceu, derrotada, caída no chão mesmo. O ataque durou quase duas horas. Ele não fazia idéia de como fazer aquilo parar. Nunca havia se sentido mais perdido.

Alfonso quis, verdadeiramente, ficar, mas não conseguiu. Deu as costas e saiu dali, sabendo que não voltaria. Christopher não disse nenhuma palavra a mais. Ele ficaria diante daquela porta até que Anahí pudesse sair com ele, isso era o certo. Ele a salvara uma vez, podia fazer isso de novo, não é? Não é? Mas as semanas se passaram, se converteram em meses, e dia após dia era o mesmo. Ian se revezava com Christopher no hospital, como fosse preciso, mas nunca era. A verdade é que os dois tinham a esperança de que, do nada, como isso começou, ela recuperasse a sanidade. Alguém tinha que estar lá para abraçá-la e dizer “Graças a Deus, você voltou. Eu senti tanto sua falta!”. Não admitiam isso em voz alta, mas era o que esperavam. Era pelo que rezavam.