Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Joseph: Desculpe?

Anahí: Você errou? – Perguntou, tão surpresa que chegava a ser engraçado. 

Joseph: É claro que não. – Ele apontou pro teto, onde a bala tinha chegado. – O que você disse?

Anahí: Matou Rosalie, que era um bebê, um ser inocente, porque não me mataria? É ridículo. – Dispensou, e ele pareceu indignado com alguma coisa, incrédulo. Ele baixou a câmera.

Joseph: Anahí... Eu não matei sua filha. – Disse, lentamente, exasperado. Anahí franziu o cenho. O que?

Anahí: Olhe, não vou dizer que está tudo bem, mas só me mate e ficamos ok, tá? – Dispensou.

Joseph: Não matei sua filha, pelo amor de Deus! Eu não sou nenhum monstro, era só um bebê. – Disse, exasperado. Anahí se contraiu na cadeira. Feridas antigas estavam sendo rasgadas e doía demais. – Vai completamente contra os meus votos. Porque você acredita que fui eu?

Anahí: Você estava lá no dia em que aconteceu. No hospital. Christopher viu. – Disse, com o cenho franzido.

Joseph: Porque um amigo levou um tiro e estava morrendo. – Completou – Vi vocês lá, mas não eram meu alvo. – Dispensou. Anahí ofegou com a dor que a tomava, desconsolada. A paz que sentira sumiu completamente.

Anahí: Por favor, pare. – Pediu, de cabeça baixa – Só atire, grave seu vídeo e termine com isso. Eu imploro.

Joseph sinceramente não tinha reação. Fora a injustiça, ele realmente não queria matá-la. Anahí viu ele se ajoelhar na sua frente, o cenho franzido, a arma de lado.

Joseph: Sei que fui um cretino com você, mas por favor, acredite: Eu não matei a sua filha. – Disse, e Anahí ofegou.

Anahí: Tudo bem. – Disse, respirando fundo – Eu acredito. Pode me matar agora.

Candice: Joseph? – Perguntou, parando na porta, observando a cena – O que aconteceu aqui? – Disse, se aproximando.

Joseph: Não vou matá-la. – Disse, se levantando e desligando a câmera.

Candice: O que? – Perguntou, escandalizada.

Anahí: Porque não? – Emendou, com um toque de desespero.

Candice: Depois de todo o trabalho que você nos fez passar pra capturá-la? – Perguntou, se irritando.

Joseph: Se eu soltá-la, ela vai se matar. – Disse a si mesmo, observando Anahí. Essa o encarava, possessa de ódio – Você fica. – Decidiu.

Candice: Eu vou embora. – Joseph e Anahí olharam – Tô cansada de você fazendo o que bem entende, cansada! Vou embora, não estou brincando.

Joseph: Não vou matá-la. – Disse, decidido, largando a câmera. 

Anahí: Por favor. – Pediu, mas ele ignorou.

Candice: Adeus. – Ela deu as costas e saiu. Ele suspirou.

Anahí: Você é sádico? – Ele franziu o cenho – Olhe pra mim. Não tenho valor algum. – Ele sorriu, apanhando uma chave na gaveta.

Joseph: Há uma beleza irresistível em uma causa perdida. – Brincou, se abaixando pra abrir a algema. 

Anahí: Estou falando sério. Não quero mais isso. Eu já estou morta por dentro, não pode ver? – Perguntou, atormentada.

Joseph: Vamos esperar alguns dias, pra a corte do chip poder cicatrizar, e eu vou te mostrar que não. Até lá, você fica sobre meus cuidados. – Ele a ajudou a se levantar.

Anahí: Vai me obrigar? – Perguntou, de repente de sentindo cansada.

Joseph: Posso fazer isso, mas não. Você está quase desmoronando. – Observou, pondo o cabelo dela atrás da orelha – Só durma, e quando sarar vou te mostrar algo.

Anahí queria contestar, mas de repente estava tão cansada... Que apagou. Ele sorriu, amparando-a nos braços. Nos dias que se seguiram foi assim, ela passou a maior parte do tempo exausta, no quarto que ele lhe dera. Christopher ainda não dera sua falta. No quinto dia o medico veio vê-la e os quatro pequeninos pontos foram removidos. Na mesma tarde Joseph, fazendo mistério, a colocou num carro e partiram. Ela se sentia tão triste... Subiram o morro, o sol estava fraco. Lá em cima ele parou pra conversar com uma pessoa e ela se aproximou do penhasco, observando o nada lá embaixo, o vento fustigando-lhe o rosto. Nem viu quando ele voltou.

Joseph: Pule. – Disse, olhando-a, e ela se virou – Você estava considerando isso. Vamos, pule. Não é o que quer fazer? – Gesticulou.

Anahí olhou pra baixo. A queda provavelmente seria horrível, mas por fim acabaria. Ela o encarou. Ele estava blefando, e sorria de canto. Ela ia mostrar a ele. Deu um passo pra trás e ele sorriu, esperando. Ela se virou, olhando o vazio e respirou fundo. Então, dando mais um passo pra frente se atirou, entrando em queda livre em direção ao nada.

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