Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Joseph viu Anahí abrir o celular, arrancando o chip. Ela colocou o mesmo no cinzeiro da mesa e tocou fogo com o isqueiro, deixando-o queimar. Ele se levantou, oferecendo a mão pra ela e a abraçou.

Joseph: Estou orgulhoso. – Disse, beijando a testa dela – Mas precisamos ir. Christopher não vai levar mais de uma hora pra rastrear você. Vamos deixar tudo o que você trouxe pra trás, e ai sim, longe daqui, vamos começar. Tudo bem?

Anahí pensou por um instante. Era disso que ela precisava. Um recomeço com alguém que ela não conhecesse, que não a tivesse visto na lama, alguém que não tivesse vivido tudo aquilo. Esse alguém, por algum milagre, lhe estendia a mão agora. 

Anahí: Tudo bem. – Respondeu, confiante, e era isso que ela ia fazer.

* * *

Anahí e Joseph partiram no jato dele 20 minutos depois; Christopher chegou ao lugar onde haviam estado 10 minutos depois da partida dos mesmos. Os seguiu até o aeroporto, mas não conseguiu deter o jatinho, nem extrair do responsável o destino do mesmo. O ódio pulsava em cada gota do sangue dele. Anahí estava doente, era compreensível, mas Joseph era baixo. E ele ia pagar.

O vôo foi tranqüilo, sem muito a dizer. Joseph deixou Anahí quieta pra pensar nos acontecimentos da ultima hora, e ela agradeceu mentalmente. Quer dizer que agora Alfonso estava preocupado com ela? Pelo amor de Deus. Os dois seguiram até Moscou, na Rússia. O carro em que estavam deu dezenas de voltas pela cidade, de modo que Anahí não sabia dizer onde exatamente onde estava... Mas a mansão era magnífica. As grades eram altas, o jardim era imenso, e a mansão em si era em estilo imperial, com torres imperiosas, tudo trabalhado nos mínimos detalhes. A cara de Joseph.

Joseph: Chegamos. – Disse, ao abrir a porta pra ela. Uma loirinha logo veio até ele, e Anahí interpretou que era sua assistente – Eu preciso de um médico, um nutricionista, um fisioterapeuta, um ginecologista, um dermatologista, um dentista, um estilista, uma manicure e um cabeleireiro. – Gesticulou, tentando se lembrar de mais alguma coisa - Traga Franco. Agora.

Anahí: Aqui é muito bonito. – Disse, encantada com a abobada alta do teto. Haviam esculturas ali, alguns anjos, tudo muito trabalhado. Havia um anjo espaços detalhados ao redor do teto (a sala era redonda), todos eles saindo da parede com um dedo esticado, como se quisesse alcançar aquele que estava a sua frente, a metros de distancia. As luzes davam um tom sereno de laranja a aquilo tudo. O teto era alto, amplo, e dava uma sensação de quietude.

Joseph: É ouro. – Confirmou, vendo o olhar dela, e ela assentiu. Imaginara. – E você me dizendo que já havia visto toda a beleza que o mundo tinha pra mostrar. Isso não é nada perto do que tenho pra você. – Garantiu, e ela ainda olhava a arquitetura. Era fascinante. – Venha, vou te levar ao seu quarto.

Anahí o seguiu, passando por corredores imensos, portas de madeira mogno, esculturas e quadros que ela sabia serem conquista de roubos dele. O chão era de mármore branco, as paredes alternavam entre o branco e o mogno. Ele abriu a porta de um dos quartos e ela entrou, observando. Havia uma cama de casal king size enorme, com um jogo de cama de linho cinza. As paredes eram brancas, havia um tapete vinho no chão, uma janela com cortinas e quatro poltrona da mesma cor. Uma penteadeira enorme, com um espelho e um banquinho acolchoado na frente e luminárias pra dar destaque a quem estivesse ali. Duas cômodas, dois criados mudos – um de cada lado da cama – com abajures de aparência delicada, feminina.

Joseph: Aqui é o closet. – Ele apontou pra uma porta que ficava em uma extremidade do quarto – E aqui o seu banheiro. – Apontou a outra porta. – Você não está muito falante hoje. Duvidas?

Anahí: Não tenho roupas. – Percebeu.

Joseph: Eu sei. Já chamei alguém pra cuidar disso. Essa é minha residência fixa, onde passo a maior parte do tempo. Acredito que vocês tenham tido uma também, apesar de não ter conseguido descobrir o lugar. – Anahí o olhou, se lembrando da mansão.

Anahí: Nós tínhamos um cachorro. – Se lembrou, se perguntando como sexta-feira estaria. Joseph sorriu.

Joseph: Tome um banho. – Disse, se aproximando – Chamei umas pessoas pra virem até aqui ver você. – Ela franziu o cenho – Não precisa se preocupar. Tome um banho e descanse. Quando eles chegarem, eu volto. Ok? – Ela assentiu e ele lhe beijou a testa, saindo e fechando a porta. Houve um “seu filho da mãe” do lado de fora, então risos. Ela não ligou.

Por banheiro Anahí descobriu um cômodo enorme, tudo em mármore e porcelana branca. Uma bancada com um espelho e lavabo, com uma nécessaire. Ela abriu e havia escova e pasta de dente, pente e escova de cabelo, sabonetes, desodorantes, absorventes, hidratantes... Ele pensara em tudo. O outro lado do lavabo havia uma toalha branca, felpuda. Anahí correu a mão pelo tecido, apenas por sentir... Queria que aquilo desse certo. Se empenharia e acreditaria. Queria voltar a ser o que era. Foi com esse pensamento que tomou um bom banho quente, com os sabonetes, óleos e sais que ele deixara. Saiu de lá se sentindo leve e perfumada. Como não tinha roupas (Jogara as que viera no lixo. Sentiu vontade e fez.), se enrolou numa toalha e soltou os cabelos. Enquanto penteava vários dos fios se quebraram e caíram, mas ela não ligou. O prendeu na polpa de sempre e saiu. Nos pés da cama havia um conjunto de lingerie, sutiã e calcinha, e um hobby de seda cobre escura, quase preta. Anahí não tirara o luto, ele sabia disso. Ela aceitou de bom grado e vestiu. Estranho, coube direitinho. Deixou a toalha no banheiro e passou a estudar o quarto. O closet era só um cômodo enorme cheio de cabides vazios, não havia muito pra ver. Vagou, indo parar na janela, admirando o jardim. Era realmente lindo. Não durou muito, logo ele bateu na porta.

Anahí: Entre. – Disse, saindo da janela e indo se sentar nos pés da cama. Era incrivelmente vazio.

Joseph: Trouxe umas pessoas para examinarem você. Sem bico. – Disse, vendo a cara dela, e ela riu de leve. – Melhor assim.