Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Levaram Matt pro escritório do bar. Lá a musica não entrava, a temperatura estava regulada pelo ar condicionado, tudo era calmo. Anahí o ajudou a lavar a boca machucada, a lavar o rosto e a tomar um café forte, então deixou os dois a sós. Ele perdera a agressividade, mas tampouco queria olhar pra cara dela.

Matt: Maldito seja o dia em que eu coloquei os olhos em você. – Disse, parecendo enojado, e secando o rosto na toalha que Anahí lhe dera. Rebekah estava amparada na porta, de pé, e ele sentado em uma das cadeiras do escritório. O café estava afastando a bebedeira.

Rebekah: Matt, de verdade, não... – Tentou.

Matt: O que foi que eu te fiz, Rebekah? – Perguntou, exasperado, encarando-a. Os olhos dela se encheram d’agua – É porque eu sou pobre? Obviamente isso não é problema pra você. – Disse, apontando pra ela. Ela usava sapatos Jimmy Choo, pretos, jeans e uma blusa vermelho escuro Dolce & Gabanna, sem contar nos diamantes da pulseira e do anel. – Mentirosa. – Murmurou, desgostoso.

Rebekah: Meu irmão é rico. – Disse, e ele ergueu a sobrancelha.

Matt: Mais uma coisa que eu não sabia sobre você: Seu irmão psicopata. – Disse, debochado – Porque diabos trabalhava de empacotadora na porcaria da delicatessen se é rica?

Rebekah: Porque eu amo você, Matt. Eu larguei tudo o que eu tinha pra poder ficar com você. – Murmurou, a voz tremula.

Matt: Ah, foi mesmo? Me conte mais então sobre como você levou meu melhor amigo pra nossa cama! Foi por me amar? – Perguntou, irônico.

Rebekah: EU NÃO TRANSEI COM ELE, OK? – Desabafou, e Matt ergueu as sobrancelhas.

Matt: EU VI, REBEKAH! – Disse, se levantando. As lagrimas dela transbordaram, e ela soluçou – EU ENTREI LÁ E EU VI! NÃO TENTA NEGAR!

Rebekah: VOCÊ VIU STEVEN BEBADO, DORMINDO NA NOSSA CAMA! – Corrigiu.

Matt: É, OS DOIS NUS, VOCÊ ABRAÇADA COM ELE! – Cuspiu, furioso.

Rebekah: EU ARMEI AQUILO! EU EMBEBEDEI ELE, QUE DROGA! NÃO ACONTECEU NADA! – Disse, dando as costas – Eu nunca trai você. – Murmurou, secando o rosto.

Matt: É mentira. – Disse, cansado.

Rebekah: Acredite se quiser. – Rebateu. 

Matt: Porque armou pra mim então? – Pressionou. De repente ela não tinha mais como abafar aquilo; já fora forte o suficiente. 

Rebekah: Pra proteger você de quem eu sou. – Disse, se virando de novo – Pra que você pudesse viver a sua vida em paz. Era o único modo.

Matt: E quem você é? – Debochou.

Rebekah: Você não ligou o nome do meu irmão ao meu sobrenome ainda, não é? – Matt franziu o cenho. O sobrenome de solteira dela era Morgan. O irmão dela era Joseph (fora assim que Anahí o gritara). Joseph Morgan. Ah, meu Deus! Ela sorriu, desgostosa, ao ver o choque no nome dele – Eu sou uma ladra, Matt. Eu roubo pra mim tudo o que me parece atraente. É isso que eu e meu irmão fazemos, essa é a minha vida. Metade do mundo me quer morta, e estavam ameaçando você, com cartas. – Desabafou, um sorriso morto no rosto – Eram endereçadas a mim, e mostravam você no seu trabalho, enquanto alguém te apontava uma arma. E você nem via.

Matt: Você... – Ele respirou fundo – Porque você não me contou?

Rebekah: Você não acreditaria. Nem sequer me deixaria partir. Eu precisava do seu ódio pra manter você vivo, mesmo que isso me matasse a cada minuto. – Ele a encarava, lívido – Entretanto, anos de esforço e você me encontra em Chicago. – Disse, debochada – Eu nunca passei nem perto de casa, pra que você não pudesse me encontrar! Que diabo está fazendo aqui?

Matt: Estou de férias, e os rapazes... Eu não te devo satisfações. – Rebekah riu, balançando o rosto.

Rebekah: É claro que não. – Ela secou o rosto, se desamparando da porta – Vou te conseguir uma carona até onde quer que você esteja. Volte pra sua vida, Matt. Eu sinto muito. – Disse, dando as costas.

Matt: Rebekah, espere. – Ela o olhou, e ele hesitou um instante – Você não me traiu?

Rebekah: Nunca. – Disse, parecendo cansada. Ela levou a mão ao pescoço, puxando a corrente com o anel que ele lhe dera. Ele franziu o cenho olhando, e ela guardou de novo.

Matt: Você me ama. – Continuou, e ela assentiu.

Rebekah: Sinceramente, amo. – Disse, dando de ombros. Ele hesitou mais um momento, parecendo tentar engolir algo.

Matt: Tudo bem. – Disse, respirando fundo, como se quisesse tomar coragem.

Rebekah: Tudo bem? – Perguntou, erguendo a sobrancelha.

Matt: Posso fazer isso. – Ela sorriu de canto do modo como ele encheu o peito de ar, tentando parecer seguro.

Rebekah: Isso o que, Matthew? – Perguntou, paciente. Daria corda, deixaria ele falar. Queria aproveitar cada segundo que ainda tinha com ele.

Matt: Quem você é. Posso viver com isso. – Ele assentiu, olhando pro chão, e ergueu os olhos pra ela – Bekah, eu amo você. Eu não vivi os últimos anos, eu senti sua falta cada dia. Eu quero você de volta.

O choque de Rebekah foi indescritível. Matt, o Matt honesto, certinho, que pagava dizimo na igreja mesmo sem freqüentar, o Matt incapaz de machucar uma mosca, estava dizendo que aceitava quem ela era?

Rebekah: Como? – Perguntou, chocada, mas ele se manteve.

Matt: Eu quero você de volta. – Disse, e ela viu o brilho da resolução nos olhos dele. Precisava fazer algo.

Rebekah: Eu já matei pessoas. – Ela viu ele recuar. Ela queria abraçá-lo, dizer que era mentira, mas precisava protegê-lo de si mesma.

Matt: Muitas? – Perguntou, observando-a. Como podia ser possível?

Rebekah: Parei de contar depois dos 500. – Admitiu, o coração doendo. Viu o choque nos olhos ele.

Matt: Pessoas inocentes? – Perguntou, rouco.

Rebekah: Sim. Eu nunca me importei em quem a bala ia atingir, desde que eu conseguisse o que eu queria. – Respondeu 

Matt: Não pode ser verdade. – Disse, transtornado.

Rebekah: Eu só parei no seu posto de gasolina porque armaram pra mim. Tentaram sabotar meu carro, pra no meio de uma perseguição eu capotar. – Ela respirou fundo, se lembrando. Colocaram um objeto de metal, semelhante a uma navalha, na parte interior dos pneus traseiros dela. Conforme ela acelerasse, mais o objeto perfuraria o pneu, que explodiria logo, causando um acidente.

Matt: Você... – Interrompido.

Rebekah: Podia ser uma bomba. Eu ia deixar o carro lá, e ia sumir... Então eu você saiu da sua sala. Eu não quis que você morresse, então eu voltei. Fiz irem tirar o carro de lá. Você se lembra? – Matt se lembrou do modo como ela parara pra conversar com ele sobre o carro, e então haviam 4 homens lá pra rebocar o mesmo e ela foi embora de taxi.

Matt: Como você podia saber? – Perguntou, e ela sorriu.

Rebekah: Meu irmão é super protetor. Ele me ensinou e me criou pra ser uma das melhores. Senti que havia algo errado quando dei a partida no carro. Meu faro nunca falhou, Matt. – Disse, tranqüila.

Matt: Você não mata pessoas. – Disse, em negação. Rebekah revirou os olhos e tirou o revolver de um suporte pequeno, debaixo da calça e preso na bota. Ele recuou um passo – Não adianta, Bekah. 

Rebekah: O que eu tenho que fazer pra você acreditar em mim? – Perguntou, exasperada.

A resposta entrou pela porta. O barman, que supostamente passara mal, mas que na verdade estava bêbado, perdido por ai. Ele entrou na sala, rindo sozinho, então parou ao ver que tinha gente. A resolução veio na cabeça de Rebekah na hora: Engatilhou a arma e atirou três vezes; uma na garganta, uma no coração e uma na testa.