Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Dias depois, Dulce María passara a conhecer o significado aplicado da palavra inferno. Tinha fome, tinha sede, tinha câimbras, tinha machucados, queimaduras e cortes por todo o lado. A mascara só lhe era retirada do rosto quando ela estava prestes a 
asfixiar. Os machucados eram tratados, e ela recebia o mínimo de água possível: Apenas o suficiente para que pudesse se curar, e Anahí pudesse continuar com seu sadismo. 

Anahí: Seus coleguinhas não me fizeram nem cócegas. – Avisou, entrando na sala, em relação a batida que o FBI dera no prédio atrás dela. Os seguranças de Joseph levaram Dulce pra um alçapão dentro do armário de sapatos do closet, e ela ficou lá ouvindo tudo, até que eles foram embora – Sabe, pra quem faz tanta pose, vocês deviam ser treinados melhor. – Dulce revirou os olhos.

O celular de Anahí vibrou e ela o apanhou no bolso, olhando a mensagem. Com a outra mão apanhou um isqueiro no bolso. Dulce viu ela abrir a tampa do isqueiro com uma mão, usando a outra pra discar um numero no iPhone, então Anahí levou a chama até a orelha dela, posicionando-a embaixo. Dulce se debateu na cadeira, tentando se afastar, sem conseguir. Anahí pôs o celular na orelha, observando o fogo consumindo a
carne, até que o sangue começou a gotejar.

Anahí: Oi. Tranqüilo, pode falar. – Ela fez uma careta. Os gritos de Dulce não deixavam ela escutar nada – Dá pra fazer silencio? – Perguntou, mas só o que houve em resposta foram gritos abafados pela mascara. Anahí afastou o isqueiro e os gritos se tornaram soluços agonizantes, porém mais baixos – Ok, fala agora.

Anahí se sentou, apanhando um alicate de unhas, ouvindo o que Christopher lhe dizia. O esquema para o roubo da Mona Lisa estava avançando a pleno vapor. Dulce soluçava, agonizada com a dor na orelha, mas Anahí ignorou, cutucando o canto da unha. 

Anahí: Vocês entrarem pelo lobby não dá muito na cara? – Perguntou, distraída.

Christopher: Não se Ian e Katherine estiverem cobrindo a entrada dos fundos. Nós somos a distração a inicio. – Explicou.

Anahí: Entendo. – Ela pensou um instante – A saída seria por qual via?

A conversa levou quase meia hora. Dulce em geral ouvia tudo, absorvendo, na esperança de se fosse resgatada dali, levar aquele plano por água abaixo. Mas agora não ouvia nada. Tudo o que podia sentir era a dor absurda na orelha, tão forte que sua orelha chegava a zunir, a visão se tingindo com pontos pretos. Não soube que rumo a conversa tomou, mas ouviu a hora em que mexeram na porta. O coração dela disparou, na esperança, e ela continuou fazendo barulho, encobertando quem quer que fosse. Anahí ria no celular, a sínica. 

Anahí: Fale com Joseph, peça pra ele me ligar quanto tiver uma posição. – Disse, brincando com o alicate. – É tedioso ficar em casa enquanto podia estar no meio de tudo. – Lamentou.

Christopher: Quanto tempo mais você pretende continuar com isso?

Anahí: Ah, algum tempo. Estamos nos divertindo aqui. – Disse, maldosa, olhando o sangue que ainda escorria pela orelha mutilada. Então ergueu a sobrancelha – Tem alguém aqui. – Murmurou, se sentando direito.

Christopher: Pensei que Joseph tinha cercado a casa. – Disse, alerta.

Anahí: E cercou. Falo com você depois. – Ela largou o celular no sofá, se levantando já com a pistola na mão.