Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Dias depois... Tudo parecia meio nublado, como quando você acorda de um sonho mas ainda não está totalmente consciente. Anahí se endireitou, olhando a bancada a sua frente. Haviam mamadeiras em uma panela no fogo, esterilizando, e ela tinha uma com suco na mão. A tampa era rosa. Ela largou a mamadeira como quem toma um choque; a tampa soltou e o suco de goiaba escorreu pela bancada, em um rosa doentio. Anahí conhecia aquela cozinha. Conhecia aquela casa. Conhecia aquela mamadeira...

Rosalie: Mamãe! – Chamou, batendo na mesinha da cadeirinha alta onde estava sentada.

Anahí se virou de imediato, uma das mãos alcançando o faqueiro da bancada imediatamente... Mas era só Rosalie. Rosalie, o seu bebê, os olhinhos verdes inocentes, cabeludinha como sempre, a pele pálida, inocente. Só sua Rosalie. Anahí levou as mãos a raiz dos cabelos, tremula, recuando e se batendo na bancada.

Anahí: Rose. – Disse, olhando a menina na defensiva. 

Rosalie: Ose. – Repetiu, pondo a mãozinha no peito. Estava aprendendo a identificar as pessoas, e sabia que ela era Rose.

Anahí: Rose. Rose, ah, meu Deus. – Disse, já em lagrimas, soltando a filha da cadeirinha e apanhando-a no braço – Meu neném. – Murmurou, beijando os cabelos da filha.

Rosalie: Mamãe. – Protestou contra o aperto.

Anahí: Sou eu, meu amor, sou eu. – Disse, cega pelas lagrimas – Vou ser sempre eu. Eu nunca mais vou deixar você. Me deixe ver você. – Disse, pondo a menina sentada na cadeirinha. Rosalie a olhou, sem entender, mas sorrindo.

Alfonso: Olha quem chegou. – Disse, com uma caixa enorme de boneca, com uma fita rosa. Os olhos da menina brilharam sob o presente, ignorando Anahí completamente. Anahí riu.

Anahí: Alfonso. – Repreendeu, rindo do interesse da menina e secando o rosto.

Alfonso: Porque está chorando? – Perguntou, preocupado, enquanto Rose tentava rasgar o embrulho com as mãozinhas desajeitadas. 

Anahí: Cebola. – Dispensou, e Alfonso franziu o cenho. – A boneca é maior que ela. – Repreendeu.

Alfonso: Parece que ela não se importa. – Disse, ajudando a menina com o embrulho. Rosalie deu um gritinho, animada.

Anahí sorriu, mas de repente um fedor de queimado a atingiu. Ela virou o rosto pra onde as mamadeiras estavam na água, e então a cozinha estava em chamas. Anahí se virou imediatamente, em pânico, os braços buscando Rosalie, mas no lugar da menina estava a boneca que Alfonso trouxera. O próprio Alfonso sumira. O fogo consumia o plástico da boneca, fazendo o rosto se distorcer... O calor era insuportável, e a fumaça...

Segurança: Senhora... Senhora! – Chamou, tentando acordá-la. Anahí gritava a plenos pulmões, retorcida na cama, as mãos em garras no lençol. Haviam mais dois seguranças armados na porta; entraram correndo ao ouvir os gritos.

Anahí: NÃO! – Gritou, abrindo os olhos. As lagrimas correram por seu rosto enquanto ela se situava e ela se sentou, dobrando os joelhos e levando as mãos aos cabelos, se balançando. Seu peito tremia por um choro afogado.