Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Alfonso: É sempre assim. – Anahí o encarou – Você parece ter mudado. Você faz promessas. Eu acredito, e eu faço minha parte. Então você dá pra trás. – Disse, a fúria contida na voz. 

Anahí: Dá pra trás? Perdão, mas o que foi que eu te prometi? – Perguntou, malévola – Oh, eu lembro: “Me ajude com Dulce, e quando terminar eu vou transar com você até semana que vem.” – Lembrou – Cheguei aqui na sexta de manhã. Hoje é segunda. Já é semana que vem. Eu cumpri minha palavra.

Alfonso: Oh, Deus a abençoe. Não seja sínica, Anahí. – Acusou. Anahí revirou os olhos, apanhando o sobretudo.

Anahí: Pense o que preferir. – Disse, vestindo o sobretudo. As chaves do carro balançaram no bolso – Eu não te devo mais nada.

Anahí viu Alfonso avançar e pensou que ele fosse agredi-la, mas ele agarrou a blusa dela, puxando-a com impulso. Rasgou do decote do peito até a aba, abrindo-a em duas e se afastou, cruzando os braços. Anahí o olhou, aturdida.

Anahí: Parabéns. – Disse, debochada.

Alfonso: Assim você para de se vestir e conversa como gente. – Rebateu. Ele respirou fundo Anahí... Nós não somos mais crianças. Eu não vou implorar por você, nem me humilhar, mas sinceramente: Como você acha que vai levar a vida agora?

Anahí: Eu não sei. – Disse, como se fosse insignificante.

Alfonso: Você me ama. – Assinalou.

Anahí: Amo. – Respondeu, prontamente.

Alfonso: Então...?

Anahí: Então que por causa desse amor eu joguei tudo o que eu tinha pra cima, Alfonso. – Disse, tirando o sobretudo – O resultado? Eu. Perdi. Tudo. – Disse, se prendendo as palavras – Eu não vou arriscar de novo. Eu vou voltar a minha vida normal. Eu sou boa nisso.

Alfonso: Claro. Com Ian, se arriscando em tiroteios, vivendo por nada. – Alfinetou.

Anahí: É, ALFONSO, VIVENDO POR NADA! – Disse, abrindo os braços – EU ERA FUTIL E VAZIA, MAS EU ERA FELIZ!

Alfonso: VOCÊ É FELIZ COMIGO! – Rugiu de volta, furioso – DIGA O QUE QUISER, MAS
TODA A SUA ALEGRIA INFANTIL NÃO É NADA COMPARADO COM A FELICIDADE QUE 
EU DEI A VOCÊ!

Anahí: NADA COMPARADO COM A DOR QUE EU SENTI AO PERDER ISSO TAMBÉM! – Rebateu, a voz falhando pelo grito – NEM AS LEMBRANÇAS ME SOBRARAM, E AS QUE VOLTARAM FOI PRA ME ASSOMBRAR! VOCÊ NÃO ESTAVA LÁ, ALFONSO, VOCÊ NÃO VIU!

Alfonso: NÃO ESTAVA PORQUE EU IA ENLOQUECER SE VISSE VOCÊ AMARRADA EM UMA CAMISA DE FORÇA! PORQUE EU TE AMAVA DEMAIS PRA SUPORTAR ISSO! – Anahí recuou, ofegando como um animal acuado – EU TAMBÉM PERDI MINHA FILHA, ANAHÍ! MEU CASAMENTO TAMBÉM ACABOU! FUI COVARDE E ERREI, QUANTAS VEZES VOU SER CULPADO POR ISSO?

Anahí: Ninguém está te culpando por nada. – Disse, respirando fundo. Ela tirou o casaco e a camisa rasgada, largando-a no chão – Só não me peça pra viver tudo aquilo outra vez. – Disse, parecendo cansada, vestindo o casaco de volta.

Alfonso: É isso? Medo? – Perguntou, se aproximando. Ela recuou.

Anahí: Eu chamo de auto preservação. – Disse, vestindo o sobretudo e abotoando-o – Com Joseph, com Ian, ou com qualquer pessoa que eu não ame, eu vou estar segura. Com você eu estou sempre correndo riscos, Alfonso. Eu já me arrisquei demais. Chega.

Ele se aproximou mais, e não deu tempo dela recuar; Ele a apanhou nos braços e a beijou. Anahí não teve força o suficiente pra afastá-lo: Tocou o rosto dele, acariciando-o e retribuiu com todo o amor que sentia. Seria o beijo de despedida, afinal, porque assim que acabasse ela fugiria. Só que, quando acabou, ele a manteve presa, segurando-a pelos braços. Anahí sorriu.