Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Anahí foi realmente transferida pro presídio. Não reclamou nem lamentou: Fez o que tivera de fazer. Ao chegar no presídio, recebeu suas novas roupas: Calça de cordão e camisa, ambos brancos. Ela olhou, parecendo consternada.

Anahí: Não posso vestir isso. – Murmurou, recusando as roupas. Anahí não vestia branco. Ela não vestia cor alguma que não sustentasse seu luto. Ia contra toda e qualquer convicção dela.

Carcereira: Como é? – Perguntou, achando graça.

Anahí: Não vou vestir isso. – Repetiu, convicta.

Carcereira: Posso perguntar porque não? – Perguntou, debochada.

Anahí: Eu estou de luto. – A carcereira riu, dando a volta pelo balcão e apanhando a muda de roupas.

Carcereira: Novidades: Seu luto acabou. Vamos, vá se trocar. – Disse, apanhando Anahí pelo braço.

No mesmo momento Anahí se soltou, com um movimento brusco. A outra avançou
pra ela, que se esquivou automaticamente. Isso durou por instantes, até que ela prendeu o braço da outra nas costas.

Anahí: Eu sempre estou de luto. – Disse, ressaltando o “sempre” – Tire isso de perto de mim. – Rosnou, empurrando a outra.

Então algo tocou o braço dela. O choque que o guarda lhe deu correu seu corpo, desarmando-a, e ela caiu de joelhos com um grunhido. A carcereira riu, se endireitando. Anahí respirou fundo, tremendo, tentando se recompor.

Carlos: O que aconteceu aqui? – Disse, parado na porta da sala. Ele olhou a carcereira e o guarda a tempo de ver a pequena arma de choque ser guardada. Então seu olhar foi pra Anahí – Anahí?

Anahí: Eu. Estou. De. Luto. – Rosnou, olhando o chão, tentando conter o tremor que o choque deixara nas mãos.

Carlos olhou a muda de roupas brancas e entendeu. Ela ainda mantinha o luto pela aberração morta. Anos depois, seguia com isso. Seguia de luto pela filha dele. Era repugnante. Ele não ia mimá-la. Atravessou a sala, apanhando a muda de roupas e a apanhou pelo braço, erguendo-a do chão. Notou como as pernas dela ainda estavam tremulas, mas ignorou.

Carlos: Não aqui. Vá se trocar. – Confirmou a ordem, e Anahí virou o rosto pálido para encará-lo.

* * *

Em casa, enquanto isso, o tumulto estava formado; Ian queria ir e buscar Anahí a força. Joseph e Christopher sabiam no que isso implicava, e discutiam algum modo de soltá-la. Rebekah estava espumando, e concordava com Ian. Madison e Alfonso apenas observavam o tumulto. Matt estava quieto. Candice buscava algo no computador.

Rebekah: É simplesmente UMA AFRONTA. Eu não sei o que estamos esperando, sinceramente! – Disse, erguendo as mãos.

Matt: Bekah... – Argumentou, em vão. 

Madison: Anahí não vai aceitar viver clandestinamente. Procurada pela policia, escondida. Se fosse uma opção, nós iríamos. – Disse. Era tanta gente falando ao mesmo tempo que havia um zunido. 

Candice: Curioso. – Murmurou, olhando o laptop.

Joseph: CALEM A BOCA! – Rugiu, e alguém derrubou uma panela. Christopher afundou o rosto nas mãos. Seria cômico se não fosse trágico – Pelo amor de Deus, eu vou enlouquecer! Disse, se jogando no sofá.

Rebekah: COMO pode se ter as digitais de uma pessoa que NÃO TEM digitais? – Argumentou, furiosa.

Candice: Do mesmo modo como se previu que a imprensa descobriria o caso e cercaria a delegacia. – Disse, olhando o laptop. O silencio se abateu na sala.

Alfonso: Não acompanhei. – Disse, se virando.

Candice: Pelo que eu ouvi enquanto vocês cacarejavam, Anahí foi transferida hoje por causa do tumulto em frente a delegacia. – Todos esperaram – Eu achei a transferência rápida demais. Eu conheço um cara que conhece um cara que conhece um cara que hackeia sistemas... E eu resolvi checar. – Disse, dando de ombros - O pedido da transferência de Anahí foi realizado horas antes dela ser presa. – Disse, virando o laptop. 

Alfonso: Ela estava comigo nesse horário. – Disse, com o cenho franzido – Dormindo, se eu não me engano. – Disse, se lembrando. – Como isso é possível?

O silencio se abateu sobre a sala. Até Matt, que era um civil, sabia o que aquilo significava. O silencio se rompeu com todos voltando a falar ao mesmo tempo; em revolta, novamente.

Rebekah: SUJEIRA! – Acusou, se levantando de novo.