Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Alfonso precisou passar por uma revista exaustiva, onde só lhe deixaram com a 
roupa do corpo. Seguiu por um longo corredor, até uma das ultimas portas, que deu para uma sala vazia, apenas com uma cama simples no canto e uma mesa com uma garrafa d’agua e um copo. Porém nada disso lhe chamou a atenção. Anahí esperava, encostada na parede. O choque o tomou. Ela tinha o cabelo preso em uma poupa frouxa, pela falta de elástico ou prendedor, o rosto limpo de maquiagem, e vestia uma roupa imunda,  embora parecesse limpa. O choque foi cortado pelo sorriso que ela deu ao vê-lo, se atirando em seu pescoço. Ele retribuiu o beijo, mas não conseguiu se focar.

Anahí: O que foi? – Perguntou, nos lábios dele. Alfonso parecia angustiado.

Alfonso: É isso que lhe dão pra vestir aqui? – Perguntou, apanhando a barra da  camisa dela. Parecia ter sido branco um dia, mas mal se percebia agora.

Anahí: Ah, isso? – Perguntou, olhando a blusa – Bom, eu nunca tirei o luto por Rose. Quando cheguei aqui tentei argumentar isso, mas parece que me eletrocutar era mais fácil que me ouvir... Então eu dei meu jeito. – Disse, dando de ombros, e ele franziu o cenho – Sai esfregando a roupa em tudo quanto era canto, tirando o pó, e estamos aqui. – Ele suspirou.

Alfonso: É absurdo você se vestir desse jeito. – Disse, desgostoso.

Anahí: Posso tirar, se você quiser. – Disse, sorrindo, beijando-o novamente.

Alfonso suspirou e a agarrou pela cintura, apertando-a, e Anahí sorriu quando ele avançou sob sua boca em um beijo agressivo, quase raivoso. Dentre o torpor, o tédio e a indignação dos últimos dias, isso era o paraíso. Anahí não tivera muito problema com as outras detentas; a primeira que procurou graça terminou com a cara pressionada no chão pelo pé de Anahí, e as outras entenderam que não se aproximar era melhor. Assim, não havia muito o que fazer, até Carlos aparecer hoje mais cedo, falando dessa possibilidade e parecendo ansioso para que ela o negasse. Os dois se bateram com a mesa e ela riu, o riso fazendo-o sorrir... E lembrá-lo do porque ele estava ali. Anahí o encarou por um instante, sorrindo, e ele acariciou o rosto dela. Passava a língua no dente. Estranho, não era um habito dele. Então ele a beijou de novo, e algo veio pra boca de Anahí. Algo mínimo... Um papel. Ele beijou a testa dela e esperou. Anahí apanhou o papel da boca e o abriu. Era um bilhete, a caligrafia era mínima.

“Brigue comigo.”
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Anahí ergueu o rosto, o olhar pensativo, tentando entender mas ele apenas sorriu. Ela levou o papel mínimo até a boca, esmagando-o com a língua e engolindo-o, ainda pensativa, mas não conseguiu chegar a uma conclusão. Ele esperava. Ela ergueu os olhos, encarando-o, e respirou fundo. Seja lá o que fosse, que seja, então.