Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Anahí virou a noite analisando aquilo. Depois de tomar banho (quente, e com seus próprios produtos, já algum enviado de Deus mandara sua nécessaire pra ela), se vestir (sem precisar faxinar nada com a roupa, pra variar), jantar (um guarda levou o jantar dela até lá, sem que ela precisasse ir até o refeitório), ela se reservou a pensar sobre aquilo. Carlos, observando-a, interpretou aquilo novamente como tristeza. Só na cama, depois que as luzes se apagaram, no escuro, que ela conseguiu juntar as peças: De algum modo Carlos estava vendo a suposta briga, e pelo visto se afastar de Alfonso era a chave pra ser bem tratada ali. Foi por isso que ele fez aquilo. Naturalmente, no dia seguinte, quando ele foi visitá-la, ela estranhou.

Alfonso: Oi. – Disse, estreitando os olhos ao ver a mudança perceptível no estado dela.

Anahí: Oi. – Disse, se sentando do outro lado da mesa e não ao lado dele, como
costumavam fazer. Ele sorriu de canto; É claro que ela não ia decepcioná-lo.

Alfonso: Você entendeu, não foi? – Perguntou, a voz mínima, os lábios sem bater, apanhando a mão dela na mesa. Anahí fechou os olhos por um instante, sentindo o toque dele, e assentiu. – Então entende a razão pela qual eu não posso mais voltar aqui, não é? – Os olhos de Anahí se abriram em placa.

Anahí: O que? Não! – Disse, puxando a mão.

Alfonso: Calma. – Disse, segurando a mão que ela tentava puxar.

Anahí: Eu prefiro ser maltratada. – Disse, atordoada - Por favor, não me deixe aqui.

Alfonso: Anahí...

Anahí: Você não entende. Esse lugar me lembra o sanatório. – Alfonso retrocedeu – Guardas nos corredores e grades por toda a parte...

Ele não agüentou: Se levantou e a apanhou nos braços. Carlos não ia se importar uma vez que ele pretendia não voltar. Anahí o abraçou, enterrando a cabeça no peito dele e aspirando seu perfume como se a sala estivesse pegando fogo e aquele fosse o único lugar seguro pra respirar. Ele beijou o topo do cabelo dela, querendo pegá-la pela mão e 
levá-la pra longe dali, seja como fosse.

Alfonso: Tenha um pouco de paciência. Nós vamos tirar você daqui. – Disse, firme – Por bem
ou por mal. – Sussurrou, e Anahí sabia que deixá-la cumprir pena não era uma opção. Eles estavam esgotando todos os recursos legais que tinham antes de tocar fogo no lugar pra resgatá-la. 

Anahí: Eu troquei de quarto. – Murmurou, atualizando-o. Ele olhou pra frente, quieto – É uma sala fechada, porta cinza sem janela com uma grade preta e quadriculada na frente. 7ª porta, penúltimo corredor, ala leste. – Disse, descrevendo tudo o que se lembrava. Ele assentiu – Meu Deus, eu sinto tanto sua falta. – Disse, sentindo um toque de desespero perceptível saindo na voz.

Alfonso: Eu também. – Disse, beijando o cabelo dela de novo.

Anahí: Alfonso, não me deixe aqui. – Implorou de novo, e ele apanhou o rosto dela entre as mãos.

Alfonso:Tenha fé. – Pediu, e ela choramingou – Você não está só. Rebekah virá, e Madison... Joseph e Christopher quase moram aqui. Nós estamos com você.– Ela suspirou, encarando-o. Depois de alguns instantes avançou, sedenta, para beijá-lo... Mas ele a rejeitou – Me mande embora. – Sussurrou, quase imperceptivelmente.