Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

Anahí chorou quando ele foi embora. Chorou, se sentindo só de um modo que não conseguia suportar. Mais tarde recebeu outra confirmação da teoria: Um dos livros que Joseph mandara pra ajudá-la a matar o tempo finalmente fora liberado da revisão,  chegando a ela. Dias atrás ela mataria por isso, hoje ela não ligava. Alfonso seguiu todo o caminho pra casa calado, e chegando lá se trancou no quarto. Por outro lado, na sala, o tumulto seguia.

Christopher: As digitais são dela. Não é possível. – Disse, olhando alguns papeis. – A digital de Anahí estava ampliada nas fotos do isqueiro. Eram dela, inegavelmente. 

Joseph levantou, saindo da sala. Talvez Alfonso estivesse certo, e a melhor coisa a fazer fosse se trancar. Não sabia explicar isso. Estava começando a considerar a idéia da irmã de jogar isso pra cima e ir buscar Anahí a força. Sua cabeça doía.

Candice: Hey. – Disse, na porta do quarto, e ele se virou na defensiva – Você está bem?

Joseph: Sinceramente, eu pareço bem? – Perguntou, se sentando nos pés da cama e
afundando o rosto nas mãos. Se sentia miseravelmente mal ao saber que, nesse momento, Anahí estava presa. Se surpreendeu quando sentiu a mão dela em suas costas.

Candice: Sinto muito. – Murmurou, beijando o ombro dele.

Joseph: Sente? – Perguntou, debochado.

Candice: Ironia nunca combinou com você. – Condenou. Joseph sorriu, passando a mão no rosto. O silencio durou minutos, ela com a testa colada nas costas dele, até que ele virou o rosto pro lado, olhando-a.

Joseph: Você sabe que estava errada, não sabe? – Disse, e ela ergueu o rosto, encarando-o – Sabe que, pra pessoas como nós, ter filhos não é uma opção. – Completou.

Candice: Agora sei. Mas não me condene por alimentar o sonho mais simples que uma mulher pode ter. – Respondeu, encarando-o.

Joseph: Não condeno, mas você podia ter me ouvido em uma das 1.000 vezes em que eu tentei te demover. – Disse, obvio. 

Candice: Ninguém seria capaz de me demover. Eu tinha que vê-la, Joe. – Ele a observou – Tinha que viver isso pra acreditar. – Ele assentiu – Pena queo processo me custou você.

Os dois ficaram quietos, e Joseph bem queria torturá-la por mais tempo... Mas não tinha mais emocional pra isso. Não agora. Ele a apanhou pelo braço, trazendo-a pro seu colo e a abraçou. Candice sorriu, envolvendo-o nos braços e beijando a têmpora dele. 

Candice: Vai ficar tudo bem, você sabe. – Disse, ninando-o – Vamos resolver isso. Nós sempre resolvemos tudo. – Lembrou, e ele assentiu.

Joseph ergueu o rosto, encarando-a por um instante, então levou a mão até o cabelo dela, trazendo-a pra si e beijando-a. Candice sorriu, retribuindo o beijo, querendo acalentá-lo daquele peso que ele carregava, e feliz por tê-lo de novo. Foi um beijo doce, simples e intenso, com uma saudade de anos e carregado de preocupação mutua. Quando acabou os dois ficaram com as testas juntas, de olhos fechados, apenas aproveitando a sensação do momento, prolongando.

Candice: Obrigada. – Ele sorriu, de olhos fechados.

Joseph: Eu senti sua falta. – Disse, passando o nariz pelo dela.

Candice: Eu também. Todos os dias. – Disse, selando os lábios com os dele. Ele a puxou, prendendo-a prolongando aquilo, mas antes que se tornasse algo ela intercedeu – Venha, deite um pouco. Você precisa descansar. – Disse, saindo do colo dele e puxando-o para a cama. Joseph suspirou, frustrado– Teriam tempo depois. Agora ela precisava tirar aquele olhar 
atordoado do rosto dele, era tudo o que importava.

Joseph aceitou, querendo por tudo poder sumir por um instante, esquecer dos problemas, dessa situação inaceitável. Ela o abraçou, aninhando-o e ele ficou quieto ali, esperando por algum tipo de absolvição. Falando em absolvição, no presídio, Carlos debatia a pena de Anahí. Só que nem tudo pode sair como queremos.