Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

A organização para o ataque a Mona Lisa retomou seu prumo, a plenos vapores. Imagine isso como uma felicidade tortuosa. Anahí e Alfonso voltaram ao chalé, para esperar o julgamento de Carlos, que aconteceu dali a um mês. Sexta-feira adorou reaver os donos, fez uma festa sem tamanho, abanando o rabo e pulando em Alfonso. Anahí riu  gostosamente quando o cachorro conseguiu desequilibrar e derrubar o dono.

Alfonso a puxou pelas pernas, levando-a ao chão também, e os dois se beijaram, entre risos, tentando se esquivar das lambidas do cachorro. Robert e Kristen voltaram a Espanha, Rebekah voltou a se focar em Matt, Candice e Joseph estavam naquela adorável fase de lua de mel, já Christopher e Joseph eram só mapas e planilhas. Um mês depois o julgamento ocorreu: Carlos foi condenado a pena vitalícia em um hospício, sendo diagnosticado mentalmente incapaz de responder por seus atos.

Alfonso: Não gosto disso. – Disse, ao estacionar na frente do hospício. Anahí tinha uma expressão vazia no rosto, sem sentimentos.

Anahí: Não vou demorar. – Disse, saindo do carro. Ele a puxou de volta, encarando-a.

Alfonso: Sabe que eu vou estar bem atrás de você, não sabe? – Anahí sorriu.

Anahí: Eu amo você. – Disse, se esticando para beijá-lo. 

Anahí passou encolhida pela recepção, como se não quisesse encostar em nada. Se anunciou, recebeu um crachá, e foi conduzida até a área onde os pacientes tomavam banho de sol. Aquele lugar causava nojo a ela, porque ela já fora aquilo. Ela se via em cada camisa de força, em cada grade de contenção, em cada olhar perdido. Carlos estava em uma cadeira de balanço, isolado, olhando o nada, parecendo simples com as roupas brancas do hospício. 

Carlos: Você está linda. – Disse, ao sentir Anahí em suas costas.

Anahí: Não tem como saber. – Cortou. Ela sentia o olhar de Alfonso em suas costas, queimando sua nuca.

Carlos: Você sempre está. – Disse, com um sorriso de canto no rosto.

Anahí fez a volta pela cadeira, encarando-o, e ele sorriu ao vê-la, como se provasse que tinha razão. Anahí o estudou por minutos. Não sabia direito o que sentia. Nojo, principalmente.

Anahí: Eu matei Dulce María. – Disse, os olhos azuis insondáveis. Carlos riu.

Carlos: Ah, eu sei. – Disse, observando-a como se nunca tivesse visto algo assim – Você a torturou por semanas e depois tocou fogo nela viva. Isso porque ela tocou fogo na doce Rosalie, anos atrás. – O olhar de Anahí endureceu.

Anahí: Ninguém tocou fogo em Rosalie. Nunca mais repita isso. – Disse, dura. Cada osso que ela quebrou, cada gota derramada servira pra isso. Sua filha jamais se queimara, de modo algum.

Carlos: Nunca melhorou? – Anahí ergueu a sobrancelha, se abraçando. Usava jeans e uma camiseta roxa, bem escura – A dor pela morte dela?

Anahí: Nem por um segundo. – Dispensou, fria – Se sabe que fui eu, porque assumiu a culpa?

Carlos: Eles iam matar Anahí. Isso não podia acontecer, de modo algum. Isso nunca. – Disse, parecendo atordoado. Anahí franziu o cenho, notando que ele não tinha mais ciência de com quem estava falando. Então olhou pra ela de novo e sorriu – Você está bonita. – Repetiu, débil. 

Anahí: Anahí vai matar você se descobrir que teve um dedo seu naquela ação. – Lembrou, os olhos sombrios.

Carlos: Eu sei. Ela é impiedosa. – Ele sorriu, acariciando a palavra como se fosse um elogio – Mas não fui eu. Dulce fez tudo sozinha. Sozinha, sozinha... – Repetiu – Você tocaria fogo em mim também? – Perguntou, achando a idéia engraçada.

Anahí: Assistiria as chamas levarem até seu ultimo grito. – Ele sorriu, como se ela lhe dissesse coisas agradáveis.

Carlos: Impiedosa. – Assinalou, satisfeito.

Anahí: Não sei porque insisti em vir aqui, não há mais nada. – Disse, se abraçando de novo – Adeus, agente. – Disse, recuando, e saiu sem olhar pra trás. Alfonso a esperava, parado na porta de saída.

Carlos: Você está tão bonita... – Repetiu, os olhos vidrados a frente.