Fanfic: O Turista AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ação, Drama, Hot, Ponny

O silencio foi total. Os riscos daquilo não dar certo eram grandes, mas ninguém mais desistiria. Todos foram se aprontar em silencio, pensativos. Alfonso usaria terno, já Anahí iria com uma calça composta, feita de um linho leve, preto, e uma camisa cinza grafite, de botões, os cabelos soltos em cachos generosos, o rosto impecavelmente maquiado.

Alfonso: Sabe, você me fez uma pergunta uma vez, e eu nunca respondi. – Disse, vendo-a prender um pente de balas no cós da calça, ajeitando a blusa por cima.

Anahí: O que? – Perguntou, sorrindo de canto. Ele apanhou um braço dela. Ela não entendeu, até que ele apanhou seu pulso, o dedo alcançando a medalhinha que a mãe dela deu a ela. Ela sorriu, lembrando do primeiro encontro deles – Todos nós temos dois lados. Um bom, e um ruim. Um passado e um futuro. E devemos aceitar ambos os lados naqueles que amamos. – Lembrou. Ele sorriu.

Alfonso: Você me perguntou se eu seria capaz de aceitar. – Disse, girando a medalhinha entre os dedos, então ergueu os olhos, encarando-a. Viu Anahí se retrair minimamente ao encará-lo: Ele já se acostumara, ela sempre teria essa reação. Mesmo que fosse só por um segundo, só de relance, ela sempre se lembraria da filha ao encará-lo – A resposta é sim. Eu seria. – Disse, fazendo uma careta meio obvia e olhando pra si mesmo, o que fez ela rir. Ele havia aceitado. Havia deixado de ser Alfonso Herrera, médico, honesto e respeitado pra ser um ladrão, assassino e mentiroso, tudo por ela.

Anahí: Sorte a minha, não é? – Perguntou, beijando a mão dele que segurava seu pulso. Era a mão em que a aliança de casamento dos dois estava. 

Alfonso a abraçou forte, mantendo-a em seus braços como se não quisesse jamais ter que soltar. Anahí retribuiu, inalando fundo o perfume dele.

Anahí: Meio sua também. Do contrário você podia ainda estar no seu apartamento em Londres, trabalhando no hospital, sozinho... E lamentando a morte do seu cachorro. – Alfonso revirou os olhos e ela riu, divertida.

Alfonso: É, eu também amo você. – Disse, balançando a cabeça negativamente, e a beijou. Um beijo calmo, tranqüilo, que apaziguava a alma. Então houveram batidas na porta avisando que a hora havia chegado, e, após alguns preparativos, os dois saíram juntos.